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Landro Oviedo
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Meu Diário
24/03/2018 06h27
O ANÚNCIO BURLESCO DE TEMER

     Ainda não é oficial, mas o presidente Michel Temer anunciou publicamente que deverá concorrer ao pleito deste ano. Em privado, diversas pessoas do seu entorno já vinham admitindo sua disposição de submeter às urnas o seu nome para continuar à frente do governo federal. Agora, o fato novo é que ele mesmo afirmou isso a uma revista de circulação nacional, deixando clara sua intenção com todas as letras.
     Ao dar tais declarações, o presidente contraria suas próprias palavras e desdiz tudo o que vinha dando a entender até agora, notadamente a parte referente ao fato de que não ser candidato lhe propiciaria mais independência para realizar as tarefas que o cargo lhe exigia, inclusive as malfadadas reformas. Por não ter interesses eleitorais, estaria acima de quizilas cotidianas dos integrantes de sua base aliada e mesmo de interesses menores atribuídos aos que lhe fazem oposição. Para justificar sua repentina guinada, ele alega que tem feito um bom governo e que seria uma covardia não defender suas realizações, interpretação que é do seu direito, mas que parece não estar em consonância com o sentimento das ruas, pois vários institutos de pesquisas o vêm apontando como o presidente mais impopular da era republicana. 
     Resta agora esperar os próximos passos para ver se a candidatura do presidente, ex-vice de Dilma Rousseff, será oficializada. Sabe-se que alguns dos seus apoiadores e aliados também já estão colocados como pré-candidatos e não se sabe como sua nova postura irá repercutir no seu estafe, principalmente no momento da formação de um novo ministério. Sabe-se também que Temer, caso esteja fora do governo, poderá ter retomadas contra si as investigações criminais ora paradas no Supremo Tribunal Federal (STF) por terem sido barradas pelo Congresso Nacional. É por isso que se torna relevante observar os próximos passos de um candidato em potencial, embora ainda com pouco potencial como candidato. Corrupto como Lula, vai também tentar se salvar da prisão por meio de um cargo que hoje é seu, mas cujo exercício está com os dias contados.

Publicado por Landro Oviedo
em 24/03/2018 às 06h27
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