POEMA DE NOVO ANO (2018)
Moderada porção de futuro
Pequeno "puxadinho" de tempo
Tu chegas para iludir
Cativando para ser cativado
A ninguém é dado te ignorar
Salvo os que dormitam nas masmorras
Que não pisam em estrelas nem levitam
Ou os que têm fome e sede seculares
Tu vens, trarás contigo a felicidade
Ou ela ficará para as calendas gregas?
Cumprirá tuas promessas para todos
Ou apenas para quem não precisa delas?
Desde tempos imemoriais
O tempo precisou ser memorial
Lapso das nossas finitudes
Ordenação do caos na faina bruta
Em breve, já escorres por entre as esperanças
Dessa gente que não tem de seu
Senão um pouco de ilusão verdadeira
Na parca alegria dos humildes
Tu te descerras feito incógnita
Que já nasce desvelada
Viagem por lugares comuns
Com o prazer e a dor como guias
Ano novo, novo ano
Paixão que nasce para ser amizade
Nada que estará em ti já não está em nós
Mas mistificar é preciso na vida imprecisa
Sê bem-vindo, entra por nossos dias
Não te vás antes nem depois
Trazemos o fado de esquecer e de lembrar
O que já não podemos ter nem perder.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 27/12/2017
Alterado em 27/12/2017