"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Meu Diário
03/01/2018 22h37
"COMO DOIS E DOIS" (FERREIRA GULLAR)

Como dois e dois são quatro 
Sei que a vida vale a pena 
Embora o pão seja caro 
E a liberdade pequena 
Como teus olhos são claros 
E a tua pele, morena 
como é azul o oceano 
E a lagoa, serena 

Como um tempo de alegria 
Por trás do terror me acena 
E a noite carrega o dia 
No seu colo de açucena 

Sei que dois e dois são quatro 
Sei que a vida vale a pena 
Mesmo que o pão seja caro 
E a liberdade pequena.

Publicado por Landro Oviedo
em 03/01/2018 às 22h37
 
01/01/2018 17h32
"NINGUÉM ME VENHA DAR VIDA" (CECÍLIA MEIRELES)

Ninguém me venha dar vida, 
que estou morrendo de amor, 
que estou feliz de morrer, 
que não tenho mal nem dor, 
que estou de sonho ferida, 
que não me quero curar, 
que estou deixando de ser 
e não me quero encontrar, 
que estou dentro de um navio 
que sei que vai naufragar, 
já não falo e ainda sorrio, 
porque está perto de mim 
o dono verde do mar 
que busquei desde o começo, 
e estava apenas no fim. 

Corações, por que chorais? 
Preparai meu arremesso 
para as algas e os corais. 

Fim ditoso, hora feliz: 
guardai meu amor sem preço, 
que só quis a quem não quis. 

Cecília Meireles, in "Poemas" (1947)

Publicado por Landro Oviedo
em 01/01/2018 às 17h32
 
01/01/2018 16h55
PARA EU FAZER X PARA MIM FAZER...

     E pensar que essa moça foi execrada nas redes sociais em razão de uma frase absolutamente correta do ponto de vista gramatical. Isso sim é praticar injustiça pelos próprios erros.

Publicado por Landro Oviedo
em 01/01/2018 às 16h55
 
25/12/2017 17h28
QUE OS DE BAIXO SE ERGAM!

QUE OS DE BAIXO SE ERGAM!

Publicado por Landro Oviedo
em 25/12/2017 às 17h28
 
19/12/2017 23h30
CARTA DE TEMER (AGORA COMENTADA) A ELIO GASPARI

Do presidente Michel Temer, chegou a seguinte carta:
    “Prezado jornalista Elio Gaspari,
    Meu governo nunca mentiu ou vendeu ilusões sobre a reforma da Previdência - uma questão de Estado, e não de governo -, pela qual pessoalmente me empenhei durante todo o ano de 2017 e continuarei me empenhando em 2018. (Isso é o que ele faz o tempo todo, culpando os trabalhadores pelo suposto déficit na Previdência, mas sem falar nas isenções, nos desvios para o caixa único e no fato de que uma CPI no Senado mostrou que a Previdência é superavitária.)
    Mas não cabe ao Executivo, e sim ao Legislativo, decidir quando e como essa reforma constitucional será votada. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou o início da votação para 19 de fevereiro. Nunca neguei essa possibilidade. Na última quarta-feira, 13/12, afirmei publicamente: ‘Nós não sabemos se vamos votar a proposta agora, porque temos de ver o número de votos’. (Se não cabe ao Executivo, por que está comprando deputados?)
    Já estive no comando da Câmara dos Deputados e aprendi que se contam os votos e se confere o placar, sempre volátil, até a última hora. Não se perdem facilmente nem a perseverança nem a esperança. Para ajudar a garantir, antes do recesso parlamentar, 308 votos ou mais, conversei com deputados, senadores, governadores, prefeitos, líderes partidários, empresários, ruralistas, sindicalistas, economistas - enfim, tentei ampliar ao máximo o diálogo em favor da reforma da Previdência. (O diálogo é um acordo em que os trabalhadores entram com a cabeça e Temer com a corda.)
    Todo o meu esforço de mobilização nessa reta final era factível e absolutamente genuíno. Com a Previdência aprovada, o que ocorrerá em breve, 2018 será um ano de ainda mais confiança na nossa economia, depois de termos avançado em 2017 numa agenda reformista e modernizante. Vencemos ainda uma profunda recessão. Estão aí inflação e juros baixos recordes, recuperação dos empregos, dos investimentos, da produção e do consumo. (A economia continua estagnada e os juros baixos são porque não há consumo, a população não tem salário nem emprego e, portanto, não consome, diminuindo a demanda.)
     Nenhum “governo fraco” conseguiria em apenas 18 meses tais resultados. Aliás, antes de 17 de maio - quando emergiram os primeiros sinais das inescrupulosas urdiduras conspiratórias que viriam a ser expostas contra a Presidência da República -, havíamos acabado de aprovar uma ambiciosa proposta na Comissão Especial da Câmara. ("Inescrupulosas urdiduras conspiratórias": Temer beira o escárnio ao dizer que conspiraram contra ele quando ele conspirou contra o povo, recebendo os membros da sua organização criminosa no meio da noite, à sorrelfa, e marcando para receber malas de dinheiro.)
    Dado o meu comprometimento com a reforma da Previdência, é muito fácil atribuir a mim, como parte da imprensa vem fazendo, o desgaste político por insistir numa discussão aparentemente ingrata. Mas sei que é minha obrigação fazer isso. Não posso ser presidente da República sem me sentir responsável pelo futuro do Brasil e dos brasileiros. (Será que Temer pensa mesmo que fala por um povo que o odeia e sabe que ele é seu maior inimigo hoje? Ou pensa que o povo brasileiro são os banqueiros e os empresários que o apoiam?)
     Boa parte do nosso povo começa a entender a extensão do problema e a apoiar a reforma. Confio que os deputados federais, nessas férias, vão perceber isso. Digo mais: estamos diante de algo que exige a responsabilidade de todos os partidos - e não só daqueles que apoiam o governo. ("Boa parte do povo?": Só se for o seu 1% das pesquisas.)
    A proposta consensual que aguarda exame do Congresso prevê economia de cerca R$ 600 bilhões em uma década; assim será possível dar algum fôlego ao sistema e manter investimentos na área social. A emenda iguala a aposentadoria do setor privado e público, extinguindo privilégios, e salvaguarda a imensa maioria que recebe até dois salários mínimos, os trabalhadores rurais e os que dependem dos benefícios assistenciais. (O governo de Temer paga R$ 500 bilhões POR ANO só de juros de uma dívida pública que o povo não fez e ele quer economizar R$ 600 bilhões EM UMA DÉCADA. Tá de brincadeira, né? Em relação aos privilégios, ele se aposentou cedo (55 anos) e ganha mais de R$ 40 mil. Tá de brincadeira de novo, né?)
    Continuarei na minha pregação em defesa da Previdência. Estamos tratando não do meu governo, insisto, mas do Brasil de 2019 em diante - da qualidade do futuro imediato dos brasileiros. (Temer, no seu cinismo, fala em país como se ele fosse de todos e não de refém de uma elite inescrupulosa à qual ele presta serviços tipificados no Código Penal.)
Atenciosamente, (maldosamente)
Michel Temer.”

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Publicado por Landro Oviedo
em 19/12/2017 às 23h30
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