Parabéns à nossa terra pela passagem de mais um ano. Leia um texto de saudação abaixo.
Entrevistado, Sebastião Melo (MDB), eleito prefeito de Porto Alegre, afirmou com todas as letras que não faria nenhum loteamento em seu governo. A declaração não teve validade nem sequer de uma semana. Já está tentando acomodar a filha do deputado federal bolsonarista Bibo Nunes. O Melo escreve e o Sebastião apaga.
Os amantes do esporte tiveram uma notícia trágica nesta quarta-feira, a morte do genial jogador argentino Diego Armando Maradona, multivencedor no futebol e um ídolo do povo argentino ao lado de Evita Perón, Juan Manuel Fangio, Carlos Gardel, Jorge Luis Borges, Quino, entre outros. De origem humilde, encontrou no seu ofício de futebolista um meio de ascender socialmente. Tornou-se mundialmente conhecido e sua trajetória inspirou milhões de jovens em todo o mundo no que tange a buscar seus sonhos, apesar de toda as adversidades. Mesmo quando enfrentou problemas de ordem pessoal, nunca deixou de receber o incentivo dos seus compatriotas para superar as adversidades.
Seus lances geniais ficarão na história e na memória afetiva de todos os que puderam apreciar sua arte, sua grandeza técnica e sua habilidade incontestável. Um desses momentos inesquecíveis ocorreu na Copa do Mundo de 1986, quando a Argentina ganhou da Inglaterra e, em um dos gols, driblou metade do time adversário e marcou um gol antológico. Sempre contou com a admiração dos brasileiros e seu amor à sua terra, seu patriotismo, serviu de inspiração para todos por buscar aquilo que é melhor para sua gente, principalmente para os mais humildes. Como ser humano, mostrou-se passível de erros e de acertos. Agora, como personagem imortal, terá sua obra e seu legado aferidos pelo tempo que a tudo aclara e redimensiona.
(Texto escrito para o editorial do jornal Correio do Povo de 26.11.2020)
Nesta terça-feira, uma notícia rasgou meu cotidiano com o punhal da dor e da saudade. Meu amigo, companheiro de lutas, camarada, meu parceiro Jair Domingos Gaiardo, faleceu em Passo Fundo, após um período de internação num hospital.
Ao longo da minha vida, tenho conhecido pessoas especiais, abnegadas, solidárias e militantes por uma sociedade menos injusta e mais igualitária. O Jair é uma delas. Conhecemo-nos há décadas, quando morei em Passo Fundo. Pouco nos vemos nos últimos anos, mas a presença física não é imprescindível quando se partilham os mesmos ideais. E as redes sociais vieram para amenizar as distâncias.
Lutador incansável, o Jair Gaiardo fez parte de todos os movimentos sociais e manifestações significativas num período recente de Passo Fundo, do RS e do Brasil. Fui assessor de imprensa do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e pude conviver com ele, que tinha um diálogo respeitoso e intenso com a categoria. Seu jeito gentil era cativante.
Nesta hora de dor, solidarizo-me com sua família na figura da esposa Marilise Gaiardo.
Companheiro, Jair Gaiardo, presente! A luta continua! Essa é a melhor homenagem que podemos e devemos fazer em tua memória.
Muitos conhecidos meus, que antes eram abertamente pró-Bolsonaro (até vinham na minha página pronunciar alguns impropérios e estultices), agora estão mais quietos do que galo na chuva diante das frequentes crises de insanidades do presidente escolhido por eles. Parece que aquele afã reacionário arrefeceu, mas está lá, guardado no lado direito do peito. E, claro, está latente, mas de vez em quando aflora de maneira desavergonhada.
O episódio do assassinato do cidadão negro Beto Freitas, no Carrefour, é um exemplo dessa incontida vontade de exercer o cinismo e a falsificação dos acontecimentos. Baseado num histórico da vítima, que tem alguns registros policiais, tentam justificar a atrocidade, como se a desproporção no uso da força e da violência assassina pudesse ter razão retroativa em fatos menores. Nem o Carrefour, que lamentou a morte e considerou as manifestações legítimas, chegou a esse nível de análise primária e cruel, desprovida de bom senso e eivada de falácias.
Esse é o modo bolsonarista de ser desumano, mentiroso e sacripanta. Esses meus conhecidos espalham sua mediocridade com mentiras predefinidas pelas redes sociais. O perigo dos idiotas é que eles tentam transformar seu idiotismo em virtude moral e em valores que os unem na sua saga de rebanho.