De gaúchos e charruas
De boleadeiras e de pealos
O partido de Marina
É a virgem de ocasião
Flerta com os capitalistas
Em mais de uma posição
Dá mas não beija na boca
E só casa na eleição.
DOS ITALIANOS
Eu devo aos italianos
Essa herança que palpita
De polenta, pão e vinho
E uma bondade infinita
Que vi no céu de oceano
Dos olhos da mi'a vó Rita.
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Recorte de um fim de tarde
Centelha que não se esvai
Gerações trocam segredos
Num gesto que vem e vai
Até o final dos tempos
Quero matear com meu pai.
Minha tetravó charrua
Se amanunciou com um caudilho
Amálgama de um rastilho
De sangue e de descendência
Sou auto de uma querência
E dolência de uma raça
Um tempo que me perpassa
Nessa cantiga pungente
Ode à primitiva gente
E maior dor não me há
Que ouvir Cenair Maicá
Com versos de Silva Rillo
No meu olhar, que afunilo
As Missões ainda estão lá.
Para ouvir, clique abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=XJHGpg0AHi8
Apparício Silva Rillo, autor da letra