"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Meu Diário
30/01/2013 17h30
EU TENHO UM BROCHE DE CUBA

Eu tenho um broche de Cuba

Que é divisa de esperança

Vejo avanços e desvios

E um povo que quer mudança

Socialismo e liberdade
 
É um sonho que não se amansa.
 

Publicado por Landro Oviedo
em 30/01/2013 às 17h30
 
28/01/2013 03h17
O EDITORIAL MAIS TRISTE DA MINHA VIDA
     Há cerca de uma década como editorialista do Correio do Povo, nunca pensei que iria escrever sobre algo tão desolador para nosso povo e para nossa gente. A tristeza e o pesar são intensos. Às famílias dos jovens, nossas condolências. Sei que seus dias nunca mais serão os mesmos, mas quero acreditar que sempre haverá um cantinho nesses clãs para relembrar aqueles momentos de convívio que ficaram na lembrança. A todos os parentes e amigos, minha esperança de que encontrem algum meio para lidar com ausências tão doloridas. Abaixo, reproduzo o editorial, que representa o pesar do jornal por esse episódio lamentável sob todos os aspectos.
 
O Rio Grande e o Brasil de luto
    Desde a madrugada deste domingo, o luto de uma tragédia sem precedentes trouxe pesar e consternação para o Rio Grande do Sul e o Brasil, repercutindo no mundo inteiro. Em Santa Maria, mais de 200 jovens morreram por conta de um incêndio numa boate da cidade, fato que também resultou em ferimentos em mais de uma centena, com muitas vítimas ainda correndo risco de morte.
    Não há, na cronologia do Estado e do Brasil, registro de uma situação que se possa ter como assemelhada ao ocorrido, pelo grande número de mortos e feridos e porque envolve jovens com todo um futuro pela frente, cujo único objetivo era ter um pouco de diversão num sábado à noite. Grande parte deles era estudantes de graduação ou de cursos técnicos e todos tinham uma grande contribuição a dar para o país e para o Estado, além, é claro, de serem fonte de alegria para seus amigos e familiares. De repente, como num castelo de cartas, tudo se esvai e todo um projeto de vida desmorona.
    Em meio a todo esse contexto de perda, resta agora criar uma rede de solidariedade para dar apoio aos familiares, que tiveram suas vidas marcadas para sempre com a dor da perda. Igualmente é preciso verificar as causas desse trágico acontecimento para garantir que algo assim nunca mais volte a ocorrer. Urge entender a dinâmica dos acontecimentos que levaram a esse desfecho a fim de realizar operações preventivas em lugares públicos que precisem atender normas de segurança.
    O Rio Grande do Sul, certamente, não mais poderá esquecer o domingo do dia 27 de janeiro de 2013. Lições devem ser tiradas desse episódio para que casos como esse, uma vez que não podem ser remediados, sejam relegados ao pretérito, embora o vazio deixado pelos entes queridos jamais possa ser preenchido. As lembranças deixadas pelos que se foram devem ser o fomento de uma nova era em que o respeito pela vida seja colocado sempre em primeiro lugar, para o bem de todos.  

 

Este é o editorial que eu preferia nunca ter escrito

(27.1.2013, Porto Alegre-RS)

Publicado por Landro Oviedo
em 28/01/2013 às 03h17
 
22/01/2013 19h29
OS INCORRIGÍVEIS TROTSKISTAS

    Depois de muitos anos, reencontrei meu amigo e parceiro de canções Pedro Munhoz. Colocando a conversa em dia, ele me contou que uma das suas atividades por diversos países foi participar de shows em defesa da libertação dos presos cubanos detidos nos Estados Unidos, acusados de terrorismo. Eu disse a ele que apreciava muito essa iniciativa e que achava muito legal se essa defesa da liberação fosse estendida aos presos políticos em Cuba. Aí o Pedro Munhoz não se aguentou e desabafou:
- Ah, assim não dá! Vocês, trotskistas, sempre querem estragar tudo.

 

Foto

Leon Trótski

Publicado por Landro Oviedo
em 22/01/2013 às 19h29
 
22/01/2013 13h08
OS GRINGOS DA SERRA EM ITAQUI

Vinham os gringos da Serra

Pro quartel, me lembro ainda

Mexiam com Itaqui

Era esperada a vinda

Gostavam de melancia

E rapadura com Mirinda.

 

Publicado por Landro Oviedo
em 22/01/2013 às 13h08
 
21/01/2013 12h57
COM SÉRGIO JACARÉ - SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NA SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA

    O escritor Sérgio Jacaré (Luiz Sérgio Metz) foi um meteoro luminoso na constelação literária do Rio Grande do Sul. Escrevia muito, com densidade e domínio semântico, a ponto de a linguagem ordinária se transfigurar em seu texto. Tratava com propriedade temas da cultura gauchesca e rio-grandense. Escreveu um livro sobre Aureliano de Figueiredo Pinto, um livro de contos e a novela "Assim na terra". Foi um grande amigo que eu tive. Essa foto eu retirei de um vídeo de uma sessão de autógrafos que realizei na Secretaria Municipal da Cultura, em 1995. São suas últimas imagens e permanecem inéditas. Divido com os amigos.

Foto

Sérgio Jacaré, talento que o Rio Grande do Sul perdeu muito cedo

Publicado por Landro Oviedo
em 21/01/2013 às 12h57
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