Eu tenho um broche de Cuba
Que é divisa de esperança
Vejo avanços e desvios
E um povo que quer mudança
Este é o editorial que eu preferia nunca ter escrito
(27.1.2013, Porto Alegre-RS)
Depois de muitos anos, reencontrei meu amigo e parceiro de canções Pedro Munhoz. Colocando a conversa em dia, ele me contou que uma das suas atividades por diversos países foi participar de shows em defesa da libertação dos presos cubanos detidos nos Estados Unidos, acusados de terrorismo. Eu disse a ele que apreciava muito essa iniciativa e que achava muito legal se essa defesa da liberação fosse estendida aos presos políticos em Cuba. Aí o Pedro Munhoz não se aguentou e desabafou:
- Ah, assim não dá! Vocês, trotskistas, sempre querem estragar tudo.
Leon Trótski
Vinham os gringos da Serra
Pro quartel, me lembro ainda
Mexiam com Itaqui
Era esperada a vinda
Gostavam de melancia
E rapadura com Mirinda.
O escritor Sérgio Jacaré (Luiz Sérgio Metz) foi um meteoro luminoso na constelação literária do Rio Grande do Sul. Escrevia muito, com densidade e domínio semântico, a ponto de a linguagem ordinária se transfigurar em seu texto. Tratava com propriedade temas da cultura gauchesca e rio-grandense. Escreveu um livro sobre Aureliano de Figueiredo Pinto, um livro de contos e a novela "Assim na terra". Foi um grande amigo que eu tive. Essa foto eu retirei de um vídeo de uma sessão de autógrafos que realizei na Secretaria Municipal da Cultura, em 1995. São suas últimas imagens e permanecem inéditas. Divido com os amigos.
Sérgio Jacaré, talento que o Rio Grande do Sul perdeu muito cedo