Nestas eleições, dois projetos se apresentam no segundo turno, ambos enganosos para a população a meu ver e sentir. De um lado, Fernando Haddad (PT) e, de outro, Jair Bolsonaro (PSL).
Haddad é a continuidade de um governo autoritário, arrogante, que instalou uma organização deliquente no poder. Fez uma lei chamada de antiterrorismo para reprimir os movimentos sociais. Transformou o governo federal num balcão de negócios, posicionou-se a favor dos banqueiros e do capital especulativo e pagou cerca de R$ 500 bilhões por ano de juros da dívida pública, retirando dinheiro de investimentos sociais e mantendo um vergonhoso IDH no país. Fez a alegria das empreiteiras e transformou a corrupção numa aliada para se manter no poder, além de colocar apaniguados para sugar fundos de pensão e retirar dinheiro do FGTS a fundo perdido. Praticou um estelionato eleitoral mexendo nos direitos dos trabalhadores. Aliou-se ao que há de pior na política brasileira, como Michel Temer, Romeró Jucá e outras figuras carimbadas do atraso. Não tem meu voto.
Bolsonaro é um político medíocre, deputado sem produção legislativa, machista, preconceituoso e bufão. Foi corrupto na medida em que pôde ser corrupto, com recebimento de auxílio-moradia tendo imóvel em Brasília, funcionária fantasma e ocultação de patrimônio, de R$ 2,6 milhões em bens, perante a Justiça Eleitoral, enriquecimento ilícito dele e de sua família. Além disso, defende a tortura e o governo militar, que foi um regime serviçal dos Estados Unidos, criando uma das maiores dívidas externas do mundo. Vai transformar o meio ambiente de todos num negócio lucrativo para poucos. Seu ministeriável Onix Lorenzoni (Dem-RS) recebeu dinheiro ilícito da JBS. Séculos antes de Bolsonaro, Gregório de Matos Guerra já havia definido sua espécie: "A cada canto um grande conselheiro / Que nos quer governar cabana e vinha / Não sabem governar sua cozinha / E podem governar o mundo inteiro". Bolsonaro é um produto das elites brasileiras, que ele finge combater. Não merece crédito.
O PT é mais do mesmo, Bolsonaro é o macaco na loja de louças. Voto nulo. Quando duas estradas levam à masmorra, é melhor arriscar o próprio caminho.
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* O povo brasileiro vai ter que se organizar e lutar contra o tacanho Jair Bolsonaro
* Lula vai ter que cumprir a pena
* Dilma Rousseff (PT-MG) não conseguiu se eleger senadora em Minas Gerais
* Darcísio Perondi (PMDB-RS) não foi reeleito deputado federal
* Yeda Crusius (PSDB-RS) não foi reeleita deputada federal
* Eunício Oliveira (PMDB-CE) não foi reeleito senador
* Vários ministros de Temer não foram reeleitos e poderão ser alvos da Lava Jato
* Diza Gonzaga (PSB-RS), defensora da Lei Seca, não foi eleita para deputada federal
* Beto Albuquerque (PSB-RS), defensor da Lei Seca, não foi eleito senador
* Geraldo Alckmin (PSDB-SP) chegou ao ocaso
* A petista enrustida Marina Silva morreu na praia de novo
Vamos acompanhando...
“Apostas de Renato não deram certo
Decidido a poupar os titulares para priorizar a Libertadores, Renato Gaúcho apostou em algumas peças que não deram certo. Acabou colocando no segundo tempo Everton, mas pouco surtiu efeito.” (Uol Esporte)
Como diz a sabedoria popular, o jogo só termina quando acaba. Como o jogo Grêmio e Fluminense se encaminhava para o empate, o pessoal do Uol resolveu fazer a resenha do jogo antes de ele terminar, talvez para não pegar trânsito. Deu no que deu. A entrada de Éverton surtiu sim muito efeito e ele fez um dos gols mais bonitos do ano, levando o Tricolor dos Pampas para uma posição privilegiada na tabela. Se tivessem visto o jogo Gremio e Estudiantes, em agosto, teriam esperado até o apito final agora. Como se diz no Sul, “não tá morto quem peleia”.
Há alguns dias, fui almoçar no Restaurante Expresso Lanches (Vigário José Inácio, 635, Porto Alegre-RS, fone 3228-7236) e vendo que o estabelecimento usa canudos de plásticos, questionei o garçom sobre o emprego desse material poluente que está sendo uma desgraça para os animais marinhos nos oceanos. O diálogo foi neste sentido:
— Vocês precisam parar de usar esses canudos de plástico, pois poluem o meio ambiente e prejudicam os animais nos oceanos.
Ele deu de ombros e respondeu:
— Tem tanta coisa que polui, tanta coisa para se preocupar.
Eu respondi que era preciso começar por algo para mudar. Ele fez um ar de indiferença. A alienação é a normalidade, infelizmente, a irracionalidade impera.
A julgar pelas pesquisas de opinião, opinião temos pouca e temos muito achismos. Achismos de gente que constrói realidades e verdades particulares. Que entende o que quiser entender, que adota pontos de vista terceirizados, que é tão ativo na vida pública como um boneco de mola, se mexendo como um biruta de estacionamento.
Ao pretear o olho da gateada, como se diz no Rio Grande do Sul, candidatos como Alvaro Dias, Cabo Daciolo, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Henrique Meirelles e Marina Silva parecem já poder fazer outras programações para o segundo turno. Em maior ou menor grau, estão comprometidos com o status quo e pouco ou nada têm a acrescentar ao panorama político do país, com medidas que possam significar um rompimento efetivo com a desigualdade econômica do país. Afinal, silenciam sobre sobre muitas coisas, como o pagamento da dívida pública, que consome metade do orçamento da União, quando não são puxadinhos do PT.
Na reta final dos cavalinhos da política, vão se distanciando Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). O cinismo e o autoritarismo vão às urnas para trazer mais do mesmo. O primeiro, para reeditar o desastre de um governo que fez a alegria dos banqueiros e das elites, bem como do capital especulativo. O segundo para reeditar um governo personalista, de meia dúzia de palavras de ordens esvaziadas e anacrônicas, como se Deus-Pátria-Família fosse algo que gerasse mais empregos e colocasse comida na mesa. Pelo contrário, a ditadura militar só aumentou a dívida externa e o empobrecimento do país. O milagre econômico deixou uma conta salgada.
Eu não estou preocupado com Pátria coisa nenhuma. “Pátria” é um condomínio em que ricos cobram seus boletos dos pobres. Não sei realmente o que vem pela frente, mas acho que os eleitores desses dois senhores deveriam votar em um estádio de futebol, como torcedores que são. Desde a Antiga Grécia, a filosofia tenta reagir aos mitos. Luta inglória quando a racionalidade tira férias prolongadas ou se ausenta para sempre.
Em tempo: eu voto Vera Lúcia (PSTU), 16.
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