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Genial. Essa saíu no Correio do Povo de sábado, 6.7.2013. A foto é de Paulo Nunes.
Jovens satirizam com “tropa de nhoque” em ato de praças da BM
Em frente ao Piratini, grupo pediu a não criminalização dos movimentos sociais
Um grupo de jovens, pertencentes aos movimentos sociais, esteve na Praça da Matriz, durante a manifestação dos praças da Brigada Militar, na tarde desta sexta-feira. Com muito humor, o grupo parodiou o que seria uma ação do Choque da BM.
Escudos de papelão, onde estava escrito “nhoque”, eles se perfilaram em frente ao Palácio Piratini, como se tivessem defendendo o prédio. Por um megafone, um dos integrantes pediu para que os policiais militares não criminalizassem os movimentos sociais.
Tropa de nhoque se posicionou em frente ao Palácio Piratini
Sinto-me cada vez mais pressionada pela digitalização nociva da informação, por sua atraente e persuasiva aparência. Digo isso por que percebo que o nosso inseparável amigo livro ganha novos designs, aplicativos e afins com a ingênua intenção de acessibilidade e praticidade. É o que chamamos agora de "livro digital". E não apenas o livro, mas outros meios informativos como revistas e jornais estão encaminhando-se para a digitalização total da informação.
São fantásticas conquistas como essa e confesso que realmente trazem consigo praticidade e não possuem problemas relacionados à conservação física. Mas não posso negar que esse fato causa-me espanto e extrema preocupação. Seria esse o fim de arquivos históricos e dos museus? Seria esse o fim da valorização da memória cultural impressa? Pois não conseguiria imaginar daqui a 100 anos um tablet com um arquivo de um livro desta época presente em um museu. Em havendo, seria memorável. E quanto a pesquisas acadêmicas? Podemos encontrar tudo no "Mr. Google"? Certamente que não. Pesquisar um autor, por exemplo, requer muito mais que ler sobre sua vida e obra. Tocar seus objetos e ver seus manuscritos pode nos trazer informações que um arquivo digital jamais poderia. A caligrafia do autor expressa em seus escritos e o cheiro de seus objetos nos imerge em seu universo de tal maneira que seria impossível compará-la a qualquer tecnologia que ouse tentar fazer isso.
Essa digitalização não atinge apenas a informação, mas atinge também a cultura, a história e, por que não dizer, a memória de cada um de nós. Temo pela digitalização da opinião. Digo isso porque certamente na falta da pesquisa acadêmica nos arquivos históricos, o pesquisador será levado a interpretar a opinião da opinião. Não estou dizendo que a informação digitalizada é invalida, mas sim que nem tudo pode ser registrado na escrita.
Nossas lembranças não são digitais e tampouco programáveis. Somos reais, de carne e osso, assim como nossa trajetória coletiva. E ela não é contada apenas textualmente, mas está impressa no que escrevemos e no que fazemos. Sendo assim, aos queridos leitores, peço que guardem esse jornal impresso. Daqui a anos, ele também nos ajudará a contar nossa história.
Acadêmica de Letras na PUC-RS
Artigo publicado no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, em 4 de julho de 2013.
Eu fui escrever uma estrofe
E encontrei fechada a porta
Me faltou mentalidade
E a rima se fez de morta
Só me sobrou forçar a barra
Já que não pude dar "vorta".
A rima é uma corda bamba
BASTÃO E BASTILHA. Muito tocante essa foto. A luta é feita por várias gerações, que se unem na passagem do bastão dos ideais, como numa corrida contra os tempos injustos e desiguais. São as idas e vindas desses bastões que fazem cair as bastilhas cotidianas em que as classes dominantes querem aprisionar o povo. Essa geração fez sua parte, a minha manteve acesa a chama das mudanças e a de agora está cumprindo com seu papel de levar o sonho adiante. Boas batalhas para todos. Parabéns, Fabiane, por publicá-la.
Os sonhos não ficam velhos, ficam apenas dormidos