"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Leia nesta edição - Número 9 - Setembro/2012:
- Tropa petista tentou calar redes sociais, mas se deu mal
- Concursos públicos: manipulações e fraudes atrasam a vida de quem se dedica ao estudo
- Caderno de notas ("Enem", "Educação", "RPVs", "Governichos")
- De novo nas páginas policiais / Detran-RS patrocina Operação Gatunada Segura
- Uma polêmica memorável / Razão e compaixão na obra de Alcides Maya
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A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) deve estar muito entediada em Brasília, com tempo sobrando e falta de opções de lazer ou de atividades produtivas. Está investindo contra o acordo ortográfico, uma das poucas coisas que está funcionando bem no país, com adesão da imprensa, editoras, escolas, instituições, etc. Quer mais seis anos para que entre em vigor em definitivo. Nada a ver. Senadora, não é mais fácil a senhora estudar as novas regras?
Estude, senadora, estude. Faça como nós fizemos.
Para os amigos que apreciam meu trabalho, vai aí um linque para assistir ao programa Diversidade, de 28.8.2012, da TV Ulbra, Porto Alegre. Na pauta, bonsai (com Vinícius), eventos (com o produtor Sérgio Ávila) e língua portuguesa. Bom proveito...
Para ver e ouvir, clique abaixo:
http://www3.olhar.tv.br//diversidade/programa-dia-280812-video_6e1360c5f.html
As leis do Congresso Nacional empalam o povo com o mastro da bandeira da legalidade.
O Detran-RS é a melhor expressão do governo de Tarso Genro: midiático, inoperante e desorganizado. Agora, vê-se também que não é só isso. Emana das páginas policiais da imprensa sua cumplicidade com o crime, com o furto dentro dos veículos, para ser mais exato.
O jornal Zero Hora, em sua edição de 19.8.2012, trouxe uma matéria especial em que os repórteres Francisco Amorim e Humberto Trezzi e o fotógrafo Ronaldo Bernardi flagraram automóveis sendo depenados dentro do pátio de um depósito credenciado pelo Detran, em Porto Alegre. Em uma campana que revitaliza o jornalismo investigativo, eles registraram a retirada ilegal de peças como um tacógrafo e os cilindros de GNV. Na linguagem popular, vestir a camiseta é, figuradamente, se associar de forma voluntária aos propósitos de uma empresa ou agremiação. No caso, um dos ladrões vestia a camiseta do Detran, o que mostra que ele estava engajado nas atividades dessa autarquia notadamente corrupta.
Após a reportagem, o lenhador-presidente do Detran-RS, Alessandro Barcellos, mostrou-se surpreso com os fatos descritos na reportagem e anunciou "severas medidas". Fez papel de consorte traído, quando, na verdade, ele é pago pelo Erário para administrar, para saber o que acontece no órgão que dirige. Ao dizer que não sabia, das duas uma: ou é incompetente ou é cúmplice das falcatruas. Em direito, quando alguém ocupa um cargo de responsabilidade, diz-se que ele sabe o que acontece em sua volta ou deveria saber. Em qualquer dos casos, ele deve responder por isso. Esse é o argumento que explica por que Lula deveria ter se sentado no banco dos réus no julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Não é possível conceber que, em plena era da tecnologia, esses depósitos de veículos, com seus guinchos privados, criados para explorar o contribuinte, não tenham um sistema de vigilância adequado para prevenir furtos. As denúncias dos motoristas dão conta de que é corriqueiro esse tipo de delito, com apenas a ponta do iceberg sendo desnudada pela reportagem. Contudo, o governo estadual e o Detran preferem apostar que sua omissão e condescendência com o crime não serão descobertas. É uma aposta temerária, arriscada, ignóbil, asquerosa, que pode se virar contra a banca.
Atropelado pelas revelações, o presidente do Detran-RS colocou sua tropa de choque na rua e anunciou processo administrativo contra o depósito SOS Esteio. Foi pessoalmente levar a notificação de interdição. Tenta montar um jogo de cena para não ser defenestrado pelo governador, que acoberta os desmandos do órgão desde que isso não respingue na sua imagem. Em seu teatro sofrível, encontrou-se com uma das vítimas para pedir desculpas. Deveria era pedir para sair.
O cartunista Iotti ironizou os desserviços do Detran (ZH, 20.8.2012)
Clique no linque abaixo e leia a matéria do jornal sobre os furtos no Detran:
