O bom polemista terça armas no atacado e distribui gentilezas no varejo.
Quando lancei meu primeiro livro de poesias, passei uma noite sem dormir esperando o que sairia no Correio do Povo no dia do lançamento em Passo Fundo. O meu amigo e padrinho Joaquim Moncks havia enviado um release para o Jayme Copstein. Nessa época, eu acabara de completar o curso técnico de redator na Escola Estadual Cecy Leite Costa e não sabia se estava ou não com um pé no jornalismo, porque não havia espaço para exercer. Posteriormente, até acabaria trabalhando um curto período no jornal O Nacional, veículo passo-fundense fundado pelo grande jornalista Múcio de Castro.
Anos depois, após cursar Letras, quando então já havia publicado meus primeiros textos no antológico jornal RS, do genial Sérgio Jockymann, por mediação do meu amigaço escritor Arnaldo Campos, surgiu uma oportunidade de trabalhar na revisão de textos do Correio do Povo. Desde então, já fui revisor, professor de português na redação, coorganizador de oficinas de jornalismo e editorialista, função que passei a exercer com muita honra por suceder próceres do jornalismo gaúcho, como Amir Domingues e Manoel Braga Gastal. Se tenho algo de inusitado a dizer é o fato de que, em períodos intermitentes, já trabalhei dez vezes no jornal, duas como freelancer e oito com registro formal. Deve ser um recorde.
Ao ver o jornal completar 124 anos e ter outra vez o privilégio de escrever mais um editorial registrando tal passagem, sinto-me grato por esta oportunidade que a vida me deu. Também fico lisonjeado por ter um espaço onde escrevi tantos artigos sobre cultura, linguagem, literatura e história, com ênfase na produção gaúcha, e incentivei múltiplas iniciativas culturais.
O Correio do Povo é uma casa onde fiz a minha trajetória de vida, onde pude exercer meu ofício com a satisfação que todo trabalhador deveria ter no seu cotidiano. E com a sensação de ser bem acolhido.
Espero que eu possa compartilhar com vocês outro texto como este quando o Correio do Povo completar outros 124 anos de existência. Quanto às datas dos fatos referidos anteriormente, vocês podem me consultar em privado que é bem capaz de eu enviá-las.
Foto: Pedro Dreher
"A cada vez que um corrupto ou um poderoso forem molestados neste país, o Supremo Tribunal Federal (STF) estará lá, firme, seguro, determinado, para defendê-lo. Não abriremos mão desse compromisso que assumimos perante as elites do Brasil."
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros, que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes la mujer que yo amo
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día, grillos y canarios
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con el las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montanas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro al bueno tan lejos del malo
Cuando miro al fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es mi mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Para ouvir esta canção com a autora, clique abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=w67-hlaUSIs
Entre Itaqui e Uruguaiana
Tive uma infância fagueira
E essa felicidade
Eu trouxe pra vida inteira
Proteger nossas crianças
É um dever de primeira.