"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
O poeta e compositor Gilberto Carvalho está lançando sua obra com poemas sobre o vinho, essa bebida que inebria as almas sensitivas e traz ao coração as mais cálidas sensações. Em anexo ao livro "De vinho e vida", vem um CD com os poemas recitados pelo próprio autor. Para quem não sabe, Gilberto Carvalho é um dos autores da música "Negro da Gaita", musicada por Airton Pimentel e interpretada por César Passarinho em uma memorável Califórnia da Canção Nativa. Somente esse fato já mostra o papel pioneiro de um artista que fez parte de uma geração que inovou ao configurar uma fisionomia própria para a música gaúcha, com temas bem elaborados e de peculiar tessitura estética, unindo o universal e o regional.
A obra "De vinho e vida" terá lançamento nesta quinta-feira, dia 29 de agosto, às 20h, na Assembleia Legislativa do RS. Com o frio de agosto a se entranhar dentro da gente, é um tempo propício para dar vazão ao mundo das vivências capitaneados por um bom vinho. Com poemas, então, melhor ainda. "Brinlemos" à vida e à poesia, portanto, pois o momento é único e o vinho nos ajuda a conservá-lo na pipa da memória e do sentimento.
Os amores, as leituras e os vinhos são o fermento da vida
O meu amigo Cláudio Knierim, durante uma reunião da Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas, alertou para os riscos de acidentes e incêndios no Parque da Harmonia durante o acampamento da gauchada. Usou a expressão “favelão gaudério” para exemplificar o improviso com que tudo estava sendo feito, apontando até a falta de hidrantes e a impossibilidade de uma operação de combate a um eventual sinistro. Pronto, foi o que bastou para que ele virasse alvo fácil dos cetegistas e da imprensa. Mas razão é algo que o amadorismo encobre e que os fatos descortinam.
Pois bem, agora todo essa desordem da implantação do acampamento veio à tona. As pessoas estão lá trabalhando sem nenhuma norma de segurança, desrespeitando as leis trabalhistas e o resultado não se fez esperar. Um trabalhador que estava montando um dos piquetes caiu de uma escada e teve o braço decepado por uma serra elétrica. Por pouco não perdeu a vida. E agora, gauchada policialesca? Não é tudo mesmo feito na base do empirismo? O Cláudio Knierim não tem nenhum embasamento? Por acaso suas edificações estão observando algum regulamento ou regulamento só serve para criar uma cultura oficial para o Rio Grande do Sul? Acho que suas mentes brilhantes não tratam de artigos somenos e de varejo. Agora foi um braço de um membro da arraia miúda. Mas vocês têm um desfile, uma ostentação, uma recriação artificial do passado para ordenar. O caos subjacente não pode ser apontado, muito menos nomeado. Cláudio Knierim deu aos membros do MTG a figura de linguagem trocada. Usou uma comparação enquanto eles esperavam, no máximo, um eufemismo bem comportado.
Entenda o caso lendo a notícia. Clique abaixo.
Velho pisante povoeiro
Memória que repercute
No Itaqui, ao te calçar
Tinha a força de um mamute
Não teve asas na infância
Quem nunca usou um Kichute.
Kichute: sucesso absoluto entre a gurizada
Essas fotos abaixo são do arquivo de Marco Caselani, (falta precisar se de 1986 ou de 1987, tentarei fazer isso consultando meus arquivos), quando criamos, com o Marco e outros companheiros, o DCE FAPA/FAPCCA (Faculdades Porto-Alegrenses) e desenvolvemos, além da luta pela melhoria do ensino e de outras bandeiras gerais, como as defendidas pela esquerda para a Assembleia Constituinte, uma forte mobilização pela qualificação do transporte coletivo, que defendíamos público e acessível para todos. Várias pessoas participaram desse movimento, que levamos para fora da faculdade, como era o perfil da nossa gestão, pregando a unidade com os setores progressistas e populares da sociedade. Não por acaso, o nome da nossa chapa quando concorreu era "Pra sair desse aperto". Os serviços prestados pelas empresas Nortran e VAP na época do prefeito Alceu Collares (PDT) eram simplesmente vexatórios para a população e os estudantes. Com nossa intervenção, foram colocados mais carros, a comunidade do Morro Santana ganhou o direito de ter uma tabela para fiscalizar os horários e houve mudança de itinerários para beneficiar os moradores. Fizemos parte de uma resistência social que nos era anterior e acreditamos todos que os últimos capítulos ainda não foram escritos. A luta continua.
Aqui estou eu discursando na Esquina Democrática em Porto Alegre. Não pareço muito empolgado, mas, creiam-me, estava feliz pela mobilização. Atrás de mim, de azul, o ex-vereador José Alvarenga.
O estudantes da FAPA/FAPCCA foram em peso ao ato público...
...e participaram de uma passeata pelo Centro. Ah, a FAPA fica num bairro bem afastado, o que mostra a disposição de luta dos participantes. A primeira foto mostra um adesivo da campanha do DCE para melhorar o transporte coletivo.
Leia nesta edição - Número 19 - Agosto de 2013
- Porto Alegre: restaurante popular fecha e fica tudo por isso mesmo
- Desarmamento: os gaúchos e o maior NÃO
- Caderno de Notas ("'INFLAÇÃO'", “DADOS PESSOAIS", “HERÓI ITAQUIENSE", “GALVANI")
- Maria Felipa de Oliveira / Uma heroína negra das lutas da Independência
- Direitos autorais / Proposta de PL em prol dos compositores
Para ler, clique em
http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/4431918.pdf
Anúncio: Curso Básico de Português
Contato: landrooviedo@uol.com.br
