Meu amigo cantor, colega advogado, músico, poeta e apreciador de sonetos clássicos, além de parceiro dos bons embates verbais e do trago no Bar do Beto, o João de Almeida Neto está angariando inscritos no seu canal do YouTube para poder realizar uma apresentação nessa mídia (também denominada como live), o que será permitido assim que ele chegar ao seu primeiro milhar de escritos. O melhor é que não custa nada, o que já é uma boa notícia nestes tempos de pandemia. Para se inscrever, clique abaixo. Bom proveito!
https://www.youtube.com/channel/UCcyxIQO7lSSMnRd2_qr98MQ/videos
Quero agradecer ao meu amigo João Bosco Ayala Rodrigues, meu colega professor, o CD “Flor e Truco”, com trabalhos musicais compostos em parceria com os letristas José Carlos Batista de Deus e Eduardo Muñoz. As melodias são interpretadas por grandes nomes do nativismo, como Luis Marenco, Angelo Franco, Robledo Martins, Cristiano Quevedo, Fabiano Bacchieri, Rainieri Sphor, Xirú Antunes, Nilton Ferreira.
Guaíba, berço da Revolução Farroupilha, está de parabéns por ter por perto esse trio que faz uma arte gaúcha de fundamento.
Para dividir com os meus parcos e valentes leitores, coloco a seguir todas faixas e linque para que possam apreciar este trabalho de excelência deste grupo qualificado e bueno demais. Para encerrar este tópico, lhes digo:
Aquele que joga um truco
Sabe a importância da flor
Quem tem tentos se habilita
Quem não tem tenta o amor
A vida é uma falta envido
Que retruca o jogador
Vamos às faixas do CD:
https://www.youtube.com/watch?v=K0Wd4hR6yhQ&list=OLAK5uy_m-1Yb7ZxLwBnxifBswQO87wL0DZjqoxH0
1) Na perna do freio – Por Luis Marenco
2) Quando o poncho bota culo – Por Angelo Franco
3) Quando o sorriso se apaga – Por Robledo Martins
4) O par do estribo – Por Cristiano Quevedo e Fabiano Bacchieri
5) De canto e tropa - Por Rainieri Sphor e recitado de Xirú Antunes
6) Flor e truco – Por Angelo Franco
7) De ideia gasta – Por Nilton Ferreira
8) Cavalo na soga – Por Luis Marenco
9) De tropa e canto – Por Robledo Martins
10) Por uma sombra no povo - Por Rainieri Sphor
11) O gosto – Por Robledo Martins
12) Compasso tropeiro – Por Fabiano Bacchieri e Rainieri Sphor
13) Romance de campo – Por Nilton Ferreira
14) Vocação – Por Angelo Franco
Não é de hoje que o Grupo RBS faz um jornalismo de adulação. Agora, seu colunista e editor Tulio Milman reservou, no dia 11.6.2020, um espaço nobre de sua coluna no jornal Zero Hora, mais precisamente a abertura de página, para elogiar a medida de Jair Bolsonaro conhecida como auxílio emergencial de R$ 600. Ora, é público e notório que o presidente era contra esse pagamento e o aceitou, contrariado, propondo apenas R$ 200. O valor só aumentou durante a tramitação na Câmara e no Senado. Mais: Bolsonaro era tão contra qualquer tipo de ajuda que mandou a MP 927 ao Congresso propondo a suspensão do contrato do trabalho em até quatro meses sem pagamento de SALÁRIO.
Chamar esse valor de "um dos maiores programas de distribuição de renda do planeta", que foi fixado a contragosto pelo governo federal, é praticar um jornalismo chapa-branca que está mais para a publicidade do que para uma tentativa séria de opinar com base nos fatos. Desse jeito, a Zero Hora já pode editar um manual de “jornalismo” a ser usado pela Secom, com muitas hipérboles, eufemismos e tergiversações, bem ao gosto do clã bolsonarista.
Grande clássico da música gaúcha gravado pelo grupo Almôndegas, em 1975. Aprecie, relembre, compartilhe. O músico André Lucena revisita, com o seu costumeiro talento, esta canção de pura rebeldia, lindas metáforas e linha melódica diferenciada. Para ouvir, ver e se emocionar, clique abaixo:
Há pouco vi dona terça
Com discrição cotidiana
Na humildade de ser
Mais um dia da semana
Lhe sussurrei um bom-dia
Assim “no mas” num aceno
Acho que nem disse nada
Ou resmungou: “Mais ou menos”
Comentam na vizinhança
Que não tem sorte esta dona
Que não achou companhia
Foi ficando solteirona
Se queixa que até seu nome
Não tem fama nem prestígio
Ninguém combina pra terça
Fazer farras com os amigos
Segunda é dia do “pega”
Falar nos gols do seu time
De pôr despacho na esquina
Ou se começar um regime
Quarta é dia do sofá
Do romance e da bailanta
Ou de campear um pelego
Pra um achego na percanta
A quinta chega distinta
Com ares de balzaquiana
Convida as com mais de trinta
Pra arrasar o fim de semana
Sexta é aquele furdunço
Cada maula vagabundo
Contando as horas do dia
Pra se atirar pelo mundo
Sábado já foi dia santo
De meditação e fé
Agora é trago e fumaça
Macho tenteando “muié”
Domingo era pro descanso
Missa e almoço em família
Hoje é grito e futebol
E arrastão de quadrilha
Dona terça fecha a cortina
Seu dia nada se faz
Terça é o dia do nada
E nada é nada “no mas”
Ela não tem pretensão
Da alegria ou do pranto
De ser dia de protesto
De se tornar dia santo
Dona terça, minha senhora
Nós somos assim também
Na terça ninguém nos liga
Nem ligamos pra ninguém
Mas quem sabe a sorte intente
Na mandala ventureira
Que eu diga: “Mudou minha vida”
No teu dia, terça feira!
Folhinhas do calendário
Brincam de filosofia
Está escrito, terça-feira
Amanhã será outro dia!