A Leon Trotsky parece amoldar-se perfeitamente aquela máxima de Ernest Hemingway no livro "O Velho e o Mar": “Um homem pode ser destruído, jamais derrotado”. Ele enfrentou a burocracia soviética e sua perseguição implacável, não arrefecendo em nenhum segundo na sua luta contra o carniceiro Stálin. Perdeu a vida, perdeu poder, mas não perdeu a dignidade, a honra e a moral revolucionária. Quando o frio assassino stalinista o golpeou, em 20 de agosto de 1940, no México, atestou que suas ideias estavam mais vivas do que nunca, pois os canalhas precisaram aplicar a receita fatal contra um homem que lhes desnudava os verdadeiros propósitos escusos perante o mundo. Seu legado é sua luta implacável contra todos os algozes do cotidiano, de todos os matizes, mesmo os dos discursos enviesados, de verborragia pseudoesquerdista.
Trotsky morreu em 21 de agosto. A ele, a lembrança de todos os lutadores por um mundo melhor, mais justo e mais fraterno. São 72 anos de uma nova estrela que brilha na constelação dos sonhos limpos.
Leon Trotsky: ousadia para reinventar a história