Numa promoção conjunta entre a Academia Rio-Grandense de Letras (presidida por Sérgio Augusto Pereira de Borja), o Centro de Pesquisas Literárias (Cipel, presidido por Hilda Hübnes Flores) e o Memorial do Judiciário do RS (coordenado pelo desembargador José Carlos Teixeira Giorgis), no Palácio da Justiça, realizou-se nesta terça-feira, dia 6.8.2013, às 17h, dentro do ciclo "O autor e o Livro" uma palestra para tratar da relação de Porto Alegre com a Revolução Farroupilha e com outros temas como a imigração e a sobreposição de culturas. O escritor inicialmente convidado, Walter Galvani, por motivo de doença, não pode comparecer e o tema foi abordado pelo jornalista William Keffer, pelo professor e advogado Landro Oviedo e pelo professor Moacyr Flores, doutor em história e também organizador do seminário, juntamente com a professora Hilda Hübner Flores.
   No debate, afloraram vários assuntos, como a resistência de Porto Alegre aos farrapos, tema abordado por Wiliam Keffer. Landro Oviedo tratou da dicotomia cultural e econômica que envolve o estado na relação entre as chamadas zonas coloniais e a zona da campanha, onde surgiu o gaúcho. Por sua vez, o professor Moacyr Flores enfocou a questão do gaúcho como um mito construído culturalmente para dar um tipo representativo do Rio Grande do Sul, em detrimento de outras culturas.
   Ao final, foi aberto um espaço para perguntas das pessoas que assistiram ao debate. Apesar da sentida ausência do escritor e jornalista Walter Galvani, a atividade foi considerada positiva por todos os presentes. Diante de um tema controverso, a pluralidade foi a tônica de um saudável encontro de ideias sobre a história e a cultura dos gaúchos.

Foto: Da esquerda para a direita, William Keffer, Moacyr Flores e Landro Oviedo

Jornal Nossa Época, Itaqui-RS (10.8.2013)

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