Estudiosos e admiradores do trabalho de Manoelito de Ornellas se reuniram na terça-feira (3/12) em um painel promovido pelo Memorial do Judiciário do RS. O evento celebrou os 110 anos do escritor.
Um dos destaques foi a exposição de mais de 20 obras e arquivos históricos de Manoelito, entre eles edições raras dos livros “Tradições e Símbolos” e “Gaúchos e Beduínos”. Também foi exposto no evento um manuscrito original do escritor.
A abertura do seminário foi feita pelo Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, Coordenador do Memorial do Judiciário, e pelo Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Miguel Frederico do Espírito Santo.
Em seguida, o professor Fausto José Leitão Domingues iniciou o painel, fazendo um panorama da obra do autor. Fugindo dos formalismos estéticos, mergulhou nesses caminhos sem prevenções, preconceitos ou demasias. Trazia consigo apenas o cunho de sua autenticidade, interior, em que abundavam o humanismo e a generosidade, ressaltou. A doutora em literatura Maria Alice da Silva Braga continuou o panorama, comentando o livro “Terra Xucra”. A professora é autora da dissertação de mestrado “Manoelito de Ornellas: um esboço do escritor” e da tese de doutorado “Mormaço, de Manoelito de Ornellas: análise das rasuras”. O professor de português Landro Oviedo foi o mediador do evento.
Manoelito de Ornellas
Manoelito foi redator-chefe do jornal A Federação, diretor da Biblioteca Pública do Estado e Presidente da Associação Rio-grandense de Imprensa – ARI. Também foi professor de Literatura Hispano-Americana e Cultura Ibérica na URGS, entre outras atividades que exerceu. Escreveu diversas obras de cunho sociológico, entre elas “Gaúchos e Beduínos”, considerada um dos principais livros de sociologia no Brasil. Foi patrono da 17ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Fonte do texto: Assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça-RS.
Hilda Flores, José Carlos Teixeira Giórgis e Miguel Frederico do Espírito Santo
Maria Alice Braga, Landro Oviedo e Fausto José Leitão Domingues
Landro Oviedo, Lília Pinto de Ornellas (filha) e Dilema Oviedo
Foto de Manoelito de Ornellas em sua mesa de trabalho (1964). Fonte: Zero Hora