Comissão da Verdade homenageia militares perseguidos pela ditadura de 1964
O tenente-coronel da Aeronáutica Alfeu de Alcântara Monteiro, assassinado na Base Aérea de Canoas (RS) no dia 4 de abril de 1964, foi homenageado hoje (7) pela Comissão da Verdade de São Paulo Rubens Paiva. De acordo com a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), o oficial foi morto por arma de fogo ao resistir à prisão determinada pelo seu posicionamento contrário ao golpe militar de 1964. A contestação de militares ao regime e a perseguição que sofreram das Forças Armadas foi o tema da audiência.
A homenagem incluiu a exibição de uma reportagem relembrando a trajetória do militar. Segundo o acervo da CEMDP, ele participou na linha de frente do movimento pela legalidade, liderada pelo governador gaúcho Leonel Brizola e pelo comandante do 3º Exército, general Machado Lopes, em Porto Alegre. O grupo resistiu à intervenção militar que tentou impedir a posse do vice-presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros, em setembro de 1961. Alfeu foi um dos responsáveis por impedir que caças decolassem da Base Aérea de Canoas para bombardear o Palácio Piratini, sede da resistência legalista, desobedecendo ordens superiores.
(Fonte: Agência Brasil, 7.4.2014)