Aquela máxima da religião positivista de que os vivos são cada vez mais governados pelos mortos foi totalmente desvirtuada no depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro. Não obstante as conversas entre os membros da OAS para preparar o tríplex para Lula, ele afirmou ter desinteresse no apartamento e que tudo era coisa de Marisa Letícia. Sobrou para a finada.
Mas uma parte primorosa do depoimento de 10.5.2017 ocorreu quando ele afirmou que desconhecia a corrupção na Petrobras. Como assim, senhor ex-presidente? O senhor governa um país, nomeia corruptos que dão um desfalque numa empresa estatal e não tem responsabilidade por isso? Dinheiro que faltou na educação, na saúde, no saneamento, na segurança pública.
Agora vêm os delatores João Santana e Mônica Moura afirmando que Lula e Dilma sabiam do caixa 2 e que Dilma usufruía desse dinheiro, inclusive para despesas pessoais. Dinheiro furtado do povo brasileiro. E não adianta dizer que as acusações vêm de delatores, que, inclusive, eram informados previamente das operações da Polícia Federal, pois eles faziam parte da casa e cozinha de Lula e de Dilma. Viviam vidas de nababos com recursos públicos. E agora o que eles falam não vale mais? Eles sabem o que os brasileiros nunca souberam, embora pagando a conta.
Em relação a Michel Temer, o esquema de corrupção continua intocado. A chapa Dilma-Temer concorreu com os mesmos compromissos de manter a corrupção e a dilapidação do patrimônio público. Não é à toa que Michel Temer quer fazer a reforma da Previdência, que iniciou com Lula. A compra de votos no Congresso continua sendo a mesma prática nefasta de sempre. Fora Temer, cadeia para Lula e Dilma. Criminosos devem ser punidos, sejam de que espectro político eles forem e independentemente de qual organização criminosa façam parte. Impunidade não!