O meu amigo Carlos Roberto da Costa Leite, pesquisador e coordenador de imprensa do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa (Musecom), de Porto Alegre-RS, escreveu um alentado e primoroso artigo sobre o escritor Lima Barreto, um dos poucos que, ao longo da história do Brasil, fez literatura de combate e disseminou ideias contrárias ao sistema de poder dominante. Não sei se João Cândido, o líder perseguido da Revolta da Chibata (1910), chegou a conhecer Lima Barreto e a conviver com ele, uma vez que foram contemporâneos, mas ambos deram, cada um a seu modo e luta, uma importante contribuição para contestar os alicerces elitistas e excludentes sobre os quais foi construída a República Velha.
Negro, discriminado, culto e genial, Lima Barreto abalou as estruturas carcomidas da época, desvelando as mazelas de um sistema em que os privilégios vindos do Império se mantinham intocados e os barões de café ainda ditavam as regras do poder. Sua escrita era um sopro de renovação num meio em que tudo estava preordenado para beneficiar os de sempre. Viveu contra a corrente e os grilhões e seu nome hoje é sinônimo de persistência no embate com as injustiças sociais.
O articulista foi muito feliz em realizar esse resgate. Agradecemos todos os que amamos a verdade e a coragem dos renitentes. Obrigado, Beto.
Para ler o artigo, clique abaixo. Bom aprendizado.
http://www.portalafricas.com.br/v1/na-fronteira-da-genialidade-e-da-loucura-lima-barreto-1881-1922/