Neste domingo, 8.10.2017, o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, publica uma matéria especial sobre o tráfico de animais, o terceiro pior comércio ilícito, só perdendo para armas e drogas. São 32 milhões de seres retirados por ano da natureza. De cada dez animais traficados, só um sobrevive. Esses e outros dados ilustram uma triste matéria que mostra que vivemos em uma sociedade doente, com um capitalismo que só aprofunda a miséria e a barbárie. Pior é que o próprio sistema ilude, com fórmulas neoliberais e partidos tradicionais, prometendo resolver os problemas que a própria elite cria. É como se o assassino pudesse prometer à família a ressurreição da vítima.
A partir desta reportagem, assinada pela minha colega Simone Schmidt, escrevi o editorial da segunda-feira (foto). A maneira como a dita civilização trata os animais e os segmentos vulneráveis mostra bem que estamos longe da sanidade social e da justiça mínima para garantir uma parca felicidade neste mundo complexo. Decididamente, um mundo dominado pelo capital não é um bom hábitat para a fauna e a flora.