No dia 20.7.2018, sexta-feira, aos 93 anos, faleceu em Itaqui minha tia-bisavó Naida Soares Cruz, viúva do meu tio-bisavô materno Jango Pereira da Cruz. Trabalhou em área rural no interior do município e depois veio para a cidade, onde se estabeleceu próximo da Praça das Cafifas. Em sua casa, aonde íamos frequentemente, passamos parte da infância e fomos frequentemente ajudados por ela numa época em que toda a ajuda era bem-vinda e a dela nunca faltou, seja em forma de uma palavra amiga, seja como mantimentos que nos mitigava as carências da mesa de cardápio humilde. Minha vó, sua sobrinha que nos legou seu direito de chamá-la de "Tia Naida", sempre encontrou nela um esteio de amor e de incentivo para todas as agruras de sua vida difícil e totalmente dedicada à família. Morava sozinha, pois os filhos que adotou tomaram outros caminhos. Há alguns anos, ficou praticamente inviável para ela continuar em sua modesta e aconchegante casa por conta de suas limitações físicas e então foi preciso encontrar um lugar adequado para que pudesse passar o tempo que lhe restaria de vida. Foi aí que a Beatriz Pereira Tavares, nossa amiga dos tempos em que circundávamos a Tia Naida com o alvoroço da adolescência, assumiu a tarefa de cuidar dela de forma abnegada. Seu endereço passou a ser o Lar São José, onde tiramos esta foto. A instituição lhe deu tudo o que ela precisava para um cotidiano digno e todo o apoio para que continuasse a desfrutar de uma boa qualidade de vida. Na sexta-feira, cercada de amigos e parentes, empreendeu seu rumo para sua morada definitiva. Agradeço a todos os que dedicaram um tempo para enaltecer sua memória e acompanhar suas exéquias. Também quero agradecer à minha família, que se fez presente e pôde, mais uma vez, ratificar que todos nós compartilhamos a mesma saudade e trazemos nossos olhos marejados de gratidão. Obrigado, Tia Naida, por tudo!