Jair Bolsonaro, um poltrão despreparado, nem assumiu ainda o cargo de presidente da República e já está mostrando que sua prioridade não é o interesse da população, mas o do seu grupo e dos setores corporativos que o apoiam. O cancelamento do Programa Mais Médicos vai deixar cerca de 24 milhões de brasileiros sem assistência médica. Num país que tem uma população de 207 milhões de habitantes e uma categoria de 430 mil médicos, é evidente que o número existente, concentrado nas grandes cidades, não vai dar conta das demandas. O Conselho Federal de Medicina quer fazer reserva de mercado sem ocupar o mercado. Com isso, o acesso ao SUS vai ser uma miragem e a opção será apenas viajar para pagar pelo atendimento. Quem não tiver dinheiro, vai penar no seu município e terá apenas de esperar a degradação diária da sua saúde.
O governo Bolsonaro nem começou, mas seu pacote de maldades já está aberto. É importante que se diga que, infelizmente, ainda está longe o dia em que o Brasil vai ter um governo digno para uma população que trabalha em média cinco meses por ano somente para pagar tributos. Em tempo: é vazio aquele argumento pobre de que criticar Bolsonaro é apoiar o PT. Bolsonaro e o PT se criticam para disfarçar, mas estiveram juntos no Congresso. A corrupção do PT foi no atacado e a de Bolsonaro no varejo (até agora). Ambos se merecem.