Assim, é possível concluir que maioria das mulheres presas, que compõem o sistema carcerário feminino brasileiro, são jovens, negras, solteiras e com grau de escolaridade de ensino fundamental incompleto. ("Mulheres invisíveis", p. 27)
Por intermédio da minha colega professora Vera Lúcia Freitag, também doutoranda, recebi autografado o livro "Mulheres invisíveis", de autoria da minha colega advogada Caroline Taffarel Stefanello, publicado pela Nova Práxis Editorial. A obra trata da questão do encarceramento feminino, com um contexto de péssimas condições para o cumprimento da pena dada a omissão do poder público e a falta de interesse efetivo na ressocialização. Ela ressalta as especificidades que envolvem a reclusão feminina — veja-se o caso da maternidade no cárcere — e lança o desafio da superação desse grave problema, para o que faz-se premente o engajamento da sociedade para tornar essas mulheres visíveis no resgate de sua cidadania. Já estou lendo e recomendo a leitura. Agradeço à autora por lançar subsídios para um debate tão fundamental e imprescindível.