Mudar faz parte do ser humano. O próprio filósofo grego Heráclito de Éfeso, um dos mais importantes pensadores pré-socráticos, já dizia que um homem nunca passa duas vezes no mesmo rio, primeiro porque não será o mesmo homem nem o rio será o mesmo.
Todavia, quando se muda copiando algo que outrem já faz, ainda que com ligeiras modificações, é de de bom tom, é de uma bem-vinda honestidade intelectual, mostrar que se está seguindo um formato que já existe, que não se está inventando a roda. A RBS parece não concordar com isso.
O tradicional Jornal do Almoço, apresentado pela jornalista Cristina Ranzolin, mudou sua forma de apresentação. Agora tem a condução de Cristina como âncora e apresenta uma bancada para debater as notícias, com participações de repórteres sobre os temas debatidos. Isso é novo?
Não, isso não é novo. Isso é formatação que já existe e o exemplo mais conhecido é o Jornal da Cultura, que tem sempre um duo de convidados para debater as notícias que são apresentadas, com um âncora que conduz o programa jornalístico e visualizações no "telão". Se fosse na academia, isso seria considerado plágio. A "novidade" da RBS já nasce com aquele déjà vu que denuncia uma esperteza rasa sendo apresentada como inovação e méritos próprios.