Eu teria alguns motivos para criticar a Rádio Liberdade, como o fato de deixar de ser FM para ser AM, o que implica menor qualidade de som, bem como o fato de veicular com insistência músicas que considero de baixa qualidade, como “Querência amada” e “E é disso que o velho gosta”. Sempre torci pela rádio, mesmo quando estava com uma gestão que a transformou num reduto dos grupos Tchês, uma verdadeira deturpação da música gaúcha. Meu sentimento de apreço vem desde a época do meu acesso aos seus estúdios, que ficavam em Viamão, veiculando com 0,5 quilowatts. Representa um marco na cultura musical do RS por levar o cancioneiro gaúcho para a FM, até então inacessível.
Mas agora reconheço que a programação, de um modo geral, está muito boa e autêntica. Tenho um bom acervo de música rio-grandense no meu escritório e em casa. Mas, ultimamente, quando sintonizo a rádio, fico satisfeito e acabo nem colocando meus CDs e DVDs. Ainda bem. Reconheço que a rádio continua imprescindível. Tomara que continue assim. Entre acertos e erros, o saldo é favorável para nossa cultura