"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Meu Diário
20/01/2013 15h40
SAIU O MEGALUPA 13 - JANEIRO-FEVEREIRO/2013

Jornal Megalupa - Para ler, clique acima, em E-books, na aba verde.


 Leia nesta edição - Número 13 - Janeiro-fevereiro/2013:
* O consumidor, esse trouxa preferido das empresas
* Parques e monumentos só serão preservados caso sejam cercados e fechados à noite
* Caderno de notas ("Dá com uma mão...", "...Tira com a outra", "Idosos", "Prêmio preto")
* Arrecadação segura / Números mostram: Lei Seca é só arrecadatória
* Cem anos de "Lendas do Sul" / O Anguera

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Contato: landrooviedo@uol.com.br, (51) 4100-0040 (TIM)

Publicado por Landro Oviedo
em 20/01/2013 às 15h40
 
19/01/2013 18h53
"PÃO DE BICO" - SÓ LÁ EM ITAQUI MESMO

Velha iguaria campeira
Com água na boca eu fico
Sempre na mesa do povo
Seja do pobre ou do rico
Primazia do Itaqui
Vos falo do pão de bico.

* A foto do pão de bico é da itaquiense Lara Isadora Rodrigues

Publicado por Landro Oviedo
em 19/01/2013 às 18h53
 
18/01/2013 02h34
EM MEMÓRIA DE MARA FLORES

    Já fazia mais de uma década que eu não via a Mara Flores. Farmacêutica, bioquímica, esforçada, linda, cativante e apaixonada pela vida. Eu não sei em que escaninho das mudanças de residência eu coloquei o telefone dela e nunca mais encontrei. Mas como a vida continua, fui deixando esse dever de casa para fazer a qualquer momento, como se eu tivera todo o tempo do mundo. Nesta quinta-feira, por algum desígnio dos deuses da memória, o fone da Mara me sobreveio inteiro, intacto, nominal e numerativo.
Imediatamente liguei, com o número redivivo, como se eu houvera ligado na véspera. Vi que não era a voz da Mara, de uma outra pessoa: “Quem é?”, “Eu sou o Landro, amigo da Mara, ela está?”, “Tu não sabias? Ela morreu há um ano, em janeiro”, “Quem está falando?”, “Aqui é a Márcia, irmã dela”.
    A partir daí, travou-se um diálogo de retomada, de saudades, de comiseração por uma vida cortada por uma doença impositiva. Restaram-me as lembranças dos bares, das conversas inteligentes por parte dela, da tentativa de me fazer ler José Saramago sem pontuação, do cinema, dos bares, dos mates, das pizzas, das alegrias, das dores divididas e da música de Piazzolla, que ela amava como trilha sonora da sua aguçada sensibilidade.
    Mara, perdoa-me por esses longos dias longe de ti. Vou guardar teu sorriso e tua voz sonora e musical como lembrança de momentos em que iluminaste tudo ao teu derredor, como que dizendo que estavas viva inteira, soberana e companheira. Obrigado por tua amizade, pelo teu carinho e por teres cruzado minha vida para me ensinar que amar é o melhor sentido para ela.

Mara, obrigado por teres vindo

Publicado por Landro Oviedo
em 18/01/2013 às 02h34
 
17/01/2013 01h54
O PÃO “FEITO EM CASA” DA MINHA VÓ

 A memória e o tempo

mantêm uma eterna rixa

pra provar o pão feito em casa

eu tinha a primeira ficha

minha avó botava feijões

nos olhos da lagartixa.

Publicado por Landro Oviedo
em 17/01/2013 às 01h54
 
15/01/2013 20h51
NO DIA DO COMPOSITOR, "AUTOPSICOGRAFIA", DE FERNANDO PESSOA

No Dia do Compositor, nada melhor que lembrar os versos do poeta Fernando Pessoa sobre a arte da criação, da dialética entre criador e criatura no exercício de transfigurar a realidade ou de, por vezes, tomá-la como uma dimensão aparente.
Boa leitura...    


Autopsicografia


        (Fernando Pessoa)
                                       
    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    E os que leem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.

    E assim nas calhas de roda
    Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
    Que se chama coração.

Foto

Fernando Pessoa, a própria personagem dos seus heterônimos

 

Publicado por Landro Oviedo
em 15/01/2013 às 20h51
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