"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Meu Diário
11/01/2014 04h40
RUA MANOELITO DE ORNELLAS - PORTO ALEGRE-RS

Dom Manoelito de Ornellas
É rua na Capital
Mas Itaqui ainda deve
A este mestre ideal
A homenagem fecunda
Da sua terra natal.

Publicado por Landro Oviedo
em 11/01/2014 às 04h40
 
08/01/2014 02h54
O AGRAVANTE - A AGRAVANTE (ERRO GRAMATICAL)

    A Zero Hora, jornal da RBS, grupo afiliado da Rede Globo no Rio Grande do Sul, não sabe usar, em seus editoriais e em outras seções do periódico, o substantivo "agravante", que é do gênero feminino. É "a agravante", circunstância que agrava um fato. Vejam o emprego no editorial "O vestibular do trânsito", do dia 7.1.2014.

    "(...) Os vestibulandos e seus familiares, já às voltas com tantas tensões, poderiam ter sido poupados desses momentos de angústias, com O agravante de que nem mesmo quem madruga está totalmente livre dos percalços." (ampliei o artigo)
    Não, não se trata de uma distração dessas que todos cometemos. Eles não sabem o gênero desse substantivo mesmo. Poderiam se aconselhar com meus alunos, "ex" e atuais. Eles sabem do que estou falando.

Publicado por Landro Oviedo
em 08/01/2014 às 02h54
 
03/01/2014 02h19
CAMPEANDO O PÃO DE BICO

Voltando a Uruguaiana

O Mauro me prometia:

“Vou te trazer pão de bico”

Promessa de que descria

Desse produto, Itaqui

Inda não criou franquia.

Obrigado ao meu amigo Mauro Copello, que rodou 3 mil quilômetros em Uruguaiana procurando pão de bico para me trazer. Valeu a boa vontade, mas essa guloseima só existe em Itaqui mesmo. Antes tivesse ido lá para buscar. Mas valeu pelas “bolachas”, são igualmente deliciosas. Obrigado pela deferência.

 

 

Publicado por Landro Oviedo
em 03/01/2014 às 02h19
 
30/12/2013 20h14
FELIZ 2014, COM LUTA, POESIA E ALTIVEZ POPULAR

    No início de 2013, com a consolidação do poder dominante, com as elites do PT, do PMDB, do PSDB, do PDT, do PC do B, do PSB, do PRB e de outras tantas siglas flertando entre si, divergindo no epidérmico para concordar no essencial, a exploração do povo brasileiro, escrevi um poema social (com pretensões meramente de poema) denunciando esse estado de coisas, a morte em vida dos nossos anseios como nação, como coletividade, como área livre da escravidão moderna.

   Quando escrevi esse desabafo, o gigante estava recolhido, o vulcão sonolento se espreguiçava nos braços de Morfeu. Nada a indicar uma contrariedade, um desejo de espargir nas águas paradas do mar territorial, do território à beira-mar. Eis que centavos foram a gota d'água desse pote de imensa mágoa. E o povo veio às ruas para mudar o Brasil. E parece que assim vai ser também em 2014. Contra a Copa da Fifa, contra os males seculares que enlutam a população, carente de tudo, desde afeto até sua própria cidadania, contra a corrupção, contra o sucateamento do transporte público, da saúde e da educação. Foi bom para mim, após meu desabafo rimado, ver as pessoas lutando para mudar o país. O texto não é premonitório, é apenas um arranjo estético de indignação, a mesma que se viu nas ruas contra uma camarilha partidária de direita que faz jogo jogado de uma alternância de sacripantas no poder. Pescam com dinamite, pois destroem a consciência de classe dos segmentos populares, que deixam de ver quem são realmente seus aliados, representados pelo PSTU e pelo Psol. Segue o poema, que fala do papel asqueroso dessa gente que quer se perpetuar no poder e trata os eleitores como meros figurantes. Feliz 2014 a todos.

Para ler “A PÁTRIA SEM CALCINHAS”, clique aqui

http://www.landrooviedo.com/visualizar.php?idt=4149704

 

Publicado por Landro Oviedo
em 30/12/2013 às 20h14
 
30/12/2013 01h51
ENCONTRO COM O ESCRITOR – JOÃO GILBERTO NOLL

    A primeira vez que encontrei João Gilberto Noll foi na Uerj, universidade estadual, no Rio de Janeiro. Ele era professor convidado da instituição e eu fui lá para divulgar um manual de literatura brasileira, que escrevera à época. Depois, por outras ocasiões, nos cruzamos pelas ruas de Porto Alegre, da sua provinciana Porto Alegre, da qual ele não abre mão para viver e escrever. Nunca mais havia conversado com ele, talvez pela pressa, talvez por timidez, talvez pelos compromissos previamente marcados por um relógio sempre implacável.
    Neste domingo, eu estava passando pela Rua dos Andradas (Rua da Praia) e lá estava ele, sentado num bar, na calçada. Porque era domingo, dia da informalidade, desta vez falei-lhe. Cumprimentei-o e ficamos a conversar, por algumas dezenas de pares de minutos que devem ter conformado bem mais de uma hora. Falamos de literatura, de história, de seu amor de andejo por Porto Alegre, de seus motivos para escrever. A cerveja estava gelada e eu ainda tinha um certo tempo antes de escrever um texto para o Correio do Povo de segunda-feira. Os bares da capital dos gaúchos estão tomados por gringos, para os quais os intelectuais são seres exóticos, mas, pagando R$ 6,50 por uma “ceva”, todos têm direito a falar do que bem entendem.
    João Gilberto Noll é hoje um escritor em plena atividade, reconhecido, com várias de suas obras premiadas e levadas ao cinema. Eu só tinha lido dele “Rastros de verão”, mas espero corrigir parcialmente essa defasagem. Porto Alegre tem dessas particularidades. Podemos encontrar um escritor, um cineasta, um artista plástico a cada uma de suas vértebras. João Gilberto Noll é um cara legal, criativo, ebuliente na sua fineza e introspectividade, opinativo na medida da sua reflexão e um captador de tipos e pessoas para virarem peculiares personagens em suas obras. Valeu, escritor, tu és uma das pessoas que imanizam as ruas desta cidade e fazem dela um burgo universal.

Mais sobre o escritor em www.joaogilbertonoll.com.br.

Publicado por Landro Oviedo
em 30/12/2013 às 01h51
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