Nunca subestime um idiota. Eles reunidos podem mudar o rumo da história.
O que muitos chamam de mulher fácil, eu chamo de mulher sincera. Só os machistas usam esse rótulo.
O filme é excelente e emocionante, recomendo a todos. O tema das atrocidades do nazismo visto pela trajetória individual de Tsecha Szpigel é muito presente na obra e fica a pergunta recorrente: como o fanatismo pôde levar a tanta crueldade e indiferença? Tecnicamente, o documentário também é muito bom.
Os valores nazistas continuam por aí, à espera dos seus defensores. É preciso estar atento. Tsecha sobreviveu ao envio para o campo de concentração e teve sua família dizimada. Conseguiu embarcar para o Brasil em 1949, com seu marido e filho pequeno, apesar de um clima de adversidade para os refugiados.
O documentáro foi feito a partir do relato da própria Tsecha, dos seus familiares, de fotos e imagens de arquivos familiares (ainda bem que diretor Fábio Kow, neto, ganhou uma filmadora aos nove anos) e de imagens e vídeos históricos. O fio condutor da narrativa é a vontade suprema de Tsecha de viver. Somente isso a manteve viva para narrar e advertir. Sua história de vida é um duro aprendizado e mostra que, se somos feitos para esquecer e lembrar, o verbo lembrar é fundamental para a memória coletiva em qualquer época, notadamente em tempos sombrios como os que vivemos hoje no Brasil.
(Nota: o filme neste momento está sendo exibido na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre)
Nesta postagem, quero agradecer as mais de 11 mil visitas dos amigos e amigas ao meu portal www.landrooviedo.com no mês de agosto. É sempre bom ter o trabalho reconhecido, seja para nas concordâncias, seja nas divergências. Por falar em divergências, aproveito para registrar que meu tópico sobre as estultices do governo de Jair Bolsonaro está entre os mais lidos, conforme vocês podem verificar na foto. Digo isso porque andei recebendo umas caneladas verbais de alguns leitores e eleitores dessa pessoa, que comentaram sobre a falta de leituras dos itens. Não é verdade. Bem, obrigado a todos. A leitura e a escrita críticas são formas civilizadas de convivência. Nunca precisamos tanto delas.
Proteja-se. Divulgue. Meta a colher.