"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Meu Diário
14/08/2019 14h30
SHOW COM CLARY COSTA E GRUPO ACORDES

     Estou reproduzindo para os amigos e para os meus parcos e valentes leitores a nota da minha ilustre amiga e cantora Clary Costa, cuja carreira eu acompanho há muito tempo (nem vou dizer quanto, mas desde Passo Fundo, cidade onde vivi e trago nas minhas melhores lembranças).

    A Clary Costa é uma artista de talento inquestionável, de excelente repertório. Quer música gaúcha de fundamento? Ela canta. Quer música folclórica do Prata? Ela canta. Quer uma guarania ou polca paraguaias? Ela canta. Quer um chamamé bem fronteiriço, desses que se tocam em Corrientes e se baila do lado de cá da fronteira de ouvido? Ela canta. Enfim, é sucesso garantido e corações aprisionados pela magia de sua arte.

     Como diz a imagem acima, ela está com formatando sua agenda para setembro. Quem quiser um espetáculo de qualidade, pode contatá-la. Recomendo sem hesitação.

 

 

Publicado por Landro Oviedo
em 14/08/2019 às 14h30
 
08/08/2019 20h40
OS RICOS RIEM À TOA, OS APOSENTADOS ATUAIS OU FUTUROS DEVERIAM FICAR DE LUTO

     O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entregou, nesta quinta-feira, 8 de agosto, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o texto aprovado da reforma da Previdência (PEC 6/2019). Reparem como eles riem à toa. Os privilégios de suas castas estão garantidos. Enquanto isso, os tais de R$ 938 bilhões que serão retirados dos aposentados em uma década equivale a apenas dois anos do que o governo federal paga de juros da dívida pública, enriquecendo ainda mais o sistema financeiro. Só de juros, fora os trilhões de reais que já foram pagos. E vocês, estão rindo juntos ou indignados?

 

Publicado por Landro Oviedo
em 08/08/2019 às 20h40
 
04/08/2019 21h36
LIVRE EXPRESSÃO OU LIBERAÇÃO DE XINGAMENTOS?

     Estou postando no linque abaixo a sentença que envolve a condenação de um jornalista gaúcho por conta de ofensas a outro jornalista gaúcho, ambos de renome. Aqui estão em jogo dois direitos fundamentais, o de livre expressão e o de direito à honra e à própria intimidade. A sentença foi mantida pelo tribunal, que desproveu duas apelações que foram apresentadas, tanto pelo autor como pelo réu.
     Leiam para tirar suas próprias conclusões. Só clicar abaixo. Eu já tirei as minhas. E reitero a importância do direito preventivo.

https://rl.art.br/arquivos/6712537.pdf 

Publicado por Landro Oviedo
em 04/08/2019 às 21h36
 
29/07/2019 22h25
SALUDOS, MILTON JUNG!

     Na minha atividade jornalística, tenho o privilégio de ter tido contato próximo de grandes nomes do nosso jornalismo e de ter visto a dimensão humana dessas pessoas. Muito me orgulha ter sido colega de Amir Domingues, Manoel Braga Gastal, Vitor Morais, Clóvis Ott, Paulo Acosta, entre outros, com os quais muito aprendi.
     Agora, quando fico sabendo da morte do Milton Jung, grande nome da imprensa gaúcha, de voz única e inconfundível, me vêm à mente os muitos momentos em que conversamos e desfrutamos em comum no Correio do Povo e na empresa Caldas Júnior. Ele gostava muito de falar sobre língua portuguesa e era extremamente respeitoso com o meu trabalho, algo que era recíproco.
     Neste momento de saudades e de dor, quero externar minha solidariedade à sua família e aos seus amigos. Tu fizeste parte das nossas vidas, amigo Milton Jung. Agora, passas a integrar também a história do rádio e da comunicação do Rio Grande do Sul e do Brasil. Deixo minha lembrança e meu carinho com teu legado.

     Em tua homenagem, reproduzo o poema a seguir, que fala do vazio que deixa um amigo quando parte para outras paragens.

http://www.landrooviedo.com/visualizar.php?idt=6567258

 

Publicado por Landro Oviedo
em 29/07/2019 às 22h25
 
24/07/2019 14h11
UM TRECHO DE “ESPÁRTACO”, 1952 (HOWARD FAST)

     Depois de vencer novas expedições romanas contra seu exército de escravos, enviadas pelo senador Graco, Espártaco poupa a vida de um soldado romano para que ele possa levar sua mensagem ao Senado, um antro de velhacos da cidade eterna. Assim falou o sobrevivente:


     Volta para o Senado (dissera Espártaco) e entrega-lhes a vara de marfim. Faço-te legado. Volta e conta-lhes o que viste aqui. Dize-lhe que enviaram suas coortes contra nós e que as destruímos. Dize-lhe que somos escravos – o que chamam de instrumentum vocale. O instrumento com voz. Dize-lhes o que diz nossa voz. Dizemos que o mundo está cansado deles, cansado de seu Senado podre e de sua Roma podre. O mundo está cansado da riqueza e esplendor que extraíram do nosso sangue e ossos. O mundo está cansado da canção do chicote. É a única canção que conhecem os nobres romanos. Mas não queremos mais ouvir essa canção. No começo dos tempos, todos os homens eram iguais e viviam em paz, repartindo entre si o que possuíam. Mas agora existem duas espécies de homens, o senhor e o escravo. Somos, porém, mais numerosos que vós, muito mais. E somos mais fortes, melhores que vós. Tudo o que existe de bom na humanidade nos pertence. Amamos nossas mulheres e as protegemos e lutamos com elas. Mas vós transformais vossas mulheres em prostitutas e nossas mulheres em gado. Choramos quando nossos filhos nos são arrancados e os escondemos entre os rebanhos, para que os possamos ter por mais tempo ao nosso lado; mas criais vossos filhos como quem cria gado. Tendes filhos com nossas mulheres, e os vendeis no mercado de escravos a quem pagar mais. Transformais homens em cães, e os enviais à arena a fim de que se estraçalhem para vosso deleite, e enquanto assistem o espetáculo de nossa morte, vossas nobres damas romanas acariciam cachorrinhos ao colo e os alimentam com iguarias finas. Que criaturas repugnantes sois e que imundície fizestes na vida! Tornastes em deboche tudo com que sonham os homens, o trabalho da mão de um homem, o suor da fronte de um homem. Vossos próprios cidadãos vivem de esmolas e passam os dias no circo ou na arena. Fizeste da vida humana uma farsa e roubaste-lhe todo o seu valor. Matais pelo prazer de matar, e vossa suave diversão é ver correr sangue. Mandais criancinhas para vossas minas e em poucos meses as matais de trabalho. E edificaste vossa grandeza roubando o mundo. Mas agora, isto acabou. Dize a teu Senado que está acabado. Esta é a voz do instrumento. Dize a teu Senado que mande seu exército contra nós, e os destruiremos como destruímos estas coortes, e nos armaremos com as armas dos exércitos que mandaram contra nós. O mundo todo ouvirá a voz do instrumento – gritaremos aos escravos do mundo: “Erguei-vos e rompei vossas cadeias!” Percorreremos a Itália, e onde formos os escravos se reunirão a nós – e então, um dia, investiremos contra vossa cidade eterna. Deixará de ser eterna, então. Dize isto a teu Senado. Dize-lhes que os avisaremos da nossa chegada. Arrasaremos as muralhas de Roma. Iremos à casa onde está instalado o teu Senado, e arrastaremos os senadores de seus poderosos lugares e arrancaremos as roupas para que fiquem nus e sejam julgados como sempre fomos julgados. Mas os julgaremos com justiça, toda a justiça que não merecem. Cada crime que cometeram lhes será imputado, e haverá um relato completo. Dize-lhes isto, a fim de que se preparem e examinem suas consciências. Terão que prestar testemunho, e nós, escravos, temos uma boa memória. Depois, quando tiver sido feita a justiça, edificaremos melhores cidades, limpas e belas cidades sem muralhas – onde a humanidade possa viver em paz e felicidade. É esta a mensagem ao Senado. Agora, vai transmiti-la. Dize-lhes que é de um escravo chamado Espártaco.


     Desde tempos imemoriais, o mundo é formado por um punhado de idealistas, milhões de oportunistas e bilhões de deserdados. A luta é árdua, mas não começou hoje. As vilanias e as injustiças sociais são ervas daninhas que se enraízam para emergir no quintal das plantas nocivas à humanidade. Arrancá-las é uma tarefa que se prolonga na história e demanda a memória e a entrega de várias gerações. Espártaco fez a sua parte e, do fundo de suas desditas, reclama que seus pósteros igualmente façam a sua.


 

Publicado por Landro Oviedo
em 24/07/2019 às 14h11
Página 31 de 132
Eventuais recebimentos