Quero aqui registrar meu agradecimento aos meus parcos, valorosos e reicidentes leitores e amigos que garantiram mais de 10 mil visitas ao meu portal www.landrooviedo.com neste mês de maio de 2019. Obrigado pelo tempo que dedicaram aos meus modestos escritos, mas que são elaborados com o afinco de quem sabe que a palavra é viva e os sonhos são seiva de vida. Abraços a todos.
Quem paga esta conta pesada de um país tomado pelas elites corruptas e cruéis? Quem pode mudar o destino da nação? Quem deve dizer para onde vai o dinheiro dos tributos? Quem deve tomar as rédeas e impor sua vontade aos sacripantas que nos governam? O povo, claro! Todos às ruas dia 30 de maio, greve geral dia 14 de junho. Não à reforma da Previdência, mais verbas para a educação, mais saúde e mais empregos, não subempregos, como quer Paulo Guedes, defensor do modelo falido do Chile, em que os aposentados foram colocados na mais absoluta miséria pela tal da capitalização, que nada capitaliza e a tudo desorganiza. Sem luta, a vida não vai mudar!
Em uma de suas viagens culturais por este país continental, levando sua verve missioneira e gaúcha para cantar e encantar outros pagos, Pedro Ortaça tirou um tempinho para folhear mais um dos prestigiados livros da série "É dura a vida no campo"(www.saviomoura.com.br), criação genial do meu amigo Sávio Moura. É o cotidiano da vida bucólica representada nos quadrinhos cheios de tiradas espirituosas, com personagens os mais variados, como o Chiru Velho, a Dona Palometa, o Virso e a bicharada. No flagrante feito pela talentosa Marianita Ortaça, ele lê as pajadas que escrevi para os protagonistas rurais desta obra. Obrigado, mestre Pedro Ortaça, pela deferência e pela leitura.
A língua de Camões não é nada simples e perpassa muitos universos, inclusive os amorosos. Fiquei muito impressionado com a postagem de uma amiga há algum tempo. Ela afirmava que a desilusão ortográfica é maior que a desilusão amorosa. Insólita constatação.
Agora, vi na Internet um caso em que um erro de português ajudou os policiais da PRF a descobrir um delito de tráfico de drogas. Quando o S não está entre duas vogais orais, ele tem seu som próprio, de fonema alveolar, e é assim representado pelo próprio grafema S. Vamos ver o que ocorreu e como a ortografia foi importante para prender o criminoso. Para ler, clique abaixo:
A todos os meus colegas que escolheram trilhar os caminhos abertos por esse curso maravilhoso, deixo aqui minha homenagem por este privilégio compartilhado. A todos que se valem da linguagem para viver e amar, o que vai muito além do nosso ofício, estendo minhas congratulações. Letras, um curso que começou nos primeiros fonemas pronunciados, nos desenhos nas cavernas, nos hieroglifos, naquele olhar de medo, de admiração e de espanto diante da grandiosidade da natureza. Em todos os dias da minha vida, eu sei que fiz a opção correta. Minha primeira opção foi Letras. Minha segunda também. Minha terceira idem, mesmo quando abarcou direito, história e filosofia. Se o princípio é o verbo, ele também é o arremate, porque só existe o que pode ser nomeado. E o que pode ser lembrado. As emoções não podem prescidir do signo linguístico. E quem a acalanta com zelo para entregá-las ao interlocutor? Os professores, os escritores, os poetas, os cuidadores dos jardins da linguagem, que a ornam para que todos possam se nutrir de sua seiva viva e tonificante. E, com a língua, descortinamos horizontes, reiterando sentidos e polindo afetos, quando não registrando a inconformidade perante aqueles que enfeiam a vida. Como bem disse Jorge Luis Borges, encontrar uma fala é encontrar um destino. Assim entralaçamos os nossos por meio das palavras, das quais o curso de Letras é o mais fiel e insigne depositário.