Foi muito bom ter sido pelo convidado pelo meu amigo e músico Washington Gularte para ajudar, modestamente, a compor "Sureado", uma cantiga de integração forjada numa parceria entre brasileiros, argentinos e uruguaios. Foi uma honra, ficou muito linda. Para ouvir e apreciar, clique abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=3XZv4DOjACo
Eu, como gremista, também estou exultante com a conquista do tricampeonato da América. As conquistas anteriores ainda estão na minha mente, acariciando a emoção. Também está em minha memória a conquista da Copa do Brasil de 2016, que nos tirou um período de seca de 15 anos, tal qual a viúva que redescobre o prazer da carne depois de uma duradoura quarentena.
Entretanto, por conta dos méritos esportivos de toda a equipa, como dizem os portugueses, avultando também os do treinador do Crêmio, Renato Portaluppi, está sendo reforçada uma história descabida de colocar na Arena do Grêmio, que ainda não é bem do Grêmio, uma estátua para o treinador. Essa história vem desde a vitória na Copa do Brasil, logo após o jogo decisivo contra o Atlético-MG. Pela emotividade e por um certo constrangimento clubístico, apoiado por parcela da imprensa e boa parte dos torcedores, a proposta ganhou mais força após a vitória contra o Lanús, da Argentina, na data de 28.11.2017.
Não, Renato, estátua não é para profissionais bem pagos e de pouca atividade em prol do bem comum. Estátua não é para quem faz da alienação bem-sucedida uma forma de realce, sem se envolver com o drama de um povo que sofre nas mãos de uma elite secular e dominante. Estátua é para verdadeiros heróis como João Cândido, Lima Barreto, Frei Caneca, Luiz Gama, José do Patrocínio, Lila Rippol, Castro Alves, entre tantos outros que arriscaram suas vidas por suas verdades, que abriram mão de sua área de conforto em prol de seus ideais. O treinador do Grêmio apenas cumpriu com seu contrato, bem remunerado, numa área em que não há cheiro fétido nem perfume em relação às injustiças sociais do país. Estátua mesmo quem merece é o povo brasileiro, que sobrevive apesar de tudo e de todos que atravancam seu caminho. Além disso, culto à personalidade dos vivos nunca acaba bem nem é justo, como se viu no regime stalinista na Rússia. As lendas se formam com o tempo e o tempo das lendas não é o nosso tempo, fugaz e cheio de vaidades.
Estátua não, Renato! Deixa a história te levar. Homenagem do homenageado é melhor em testamento, dando ao futuro a prerrogativa da láurea com o real tamanho do merecimento.
Leia nesta edição - Número 41 - Novembro-dezembro de 2017
- Banda podre do STF se une a acordão para barrar a Lava Jato
- Detrans estão a serviço da arrecadação
- Caderno de Notas ("TAL TEMER, TAL MINISTRA", “PREVIDÊNCIA", “REFORMA TRABALHISTA", “MARCHEZAN E SARTORI")
- OPINIÃO/ROBERTO DO REGO BARROS / Pena de morte no Brasil existe sim
- CONTO/AFIF SIMÕES NETO / "A pipa do Catulino"
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O dicionário Aulete (www.aulete.com.br) nos ajuda a entender por que a saudação é escrita com hífen, a par de "boa-tarde" e "boa-noite".
Numa organização criminosa, na hora de tentar escapar, institui-se um “salve-se quem puder”. Agora é Lula que vem dizer que Dilma Rousseff traiu seu eleitorado. Não sou eu, não é a esquerda consequente e nem mesmo esses alienados da história que defendem Jair Bolsonaro. É Lula, o maior líder do PT, o maior líder da facção delituosa que o PT instituiu com facínoras de vários partidos, como o PSDB, o PMDB, o PP, o PC do B, o PSB e outros grupos de delinquentes.
Assim, não me venham, inocentes úteis do PT, dizer que o partido está sendo atacado por gente conservadora. É Lula quem está dizendo que Dilma traiu, tudo com o objetivo eleitoral e de livrar sua cara, almejando a impunidade. Impunidade, aliás, que já começa a se desenhar num acordão entre Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto para barrar a Lava Jato. A hora de lutar é agora. Ou, então, colocar uma placa no país: “ALUGA-SE”.
Os “companheiros” estão começando a se entregar mutuamente, batendo e cortando cabeças. Mas não se iludam, a má-fé de uns e a ingenuidade de outros acabarão gerando discursos justificadores. Lula já abriu o fogo amigo. A ética dos criminosos oscila na mesma proporção do medo de serem punidos.