Nesta sexta-feira, 18.11.2016, por volta das 11h15min, eu vinha pela Andradas, perto de onde moro, centro de Porto Alegre, e, defronte ao número 453, em frente à Marinha, dois agentes da EPTC multavam carros mal-estacionados. Um deles chegou-se a um carro normal, sem marcas de veículo oficial, parado em local proibido, com o motorista dentro. Vi ele se inclinar, ter um brevíssimo diálogo com o condutor, retirar-se para perto do outro agente e exclamar: “É viatura!”. E continuaram a multar os outros automóveis.
Como professor de Português e atuante na área jornalística, firmei uma convicção: ou o jornalismo acaba com o ponto e vírgula ou o ponto e vírgula acaba com o texto jornalístico. Do jeito que está não pode continuar.
Minha amiga Luciana, de Guaporé, fez a seguinte postagem:
"Pessoal estou convidando vocês para participar de um Retiro que eu mesmo estou organizando para o feriado do dia 02/11/16
O preço por pessoa é de R$50,00 e o casal R$90,00 ... funciona assim: vocês depositam na minha conta e EU RETIRO."
Muito interessante, porque, nesse texto, está bem explorada a questão da polissemia, que trata de palavras que constituem homônimos perfeitos, com a mesma grafia e a mesma pronúncia. O efeito sonoro e a desconcertação semântica advêm do inesperado, do contraste entre o primeiro significado partilhado com o leitor e o segundo, que beira o insólito e surpreende. Gostei.
Uma indagação ronda a capital dos gaúchos. Neste ano, a maior feira de livros a céu aberto da América Latina está colocando esse título em risco. Ocorre que uma área na Rua dos Andradas não será ocupada e, tudo indica, por conta de uma obra que está sendo feita para a construção do centro cultural da Caixa Econômica Federal.
O público não foi informado se houve algum tipo de acordo entre os organizadores do evento e a instituição bancária para não interromper os trabalhos, ainda que isso prejudique a qualidade da Feira do Livro, um dos eventos mais importantes do calendário cultural do Estado. Não é demais supor que essa leniência com a Caixa seja por conta de alguma vantagem, como patrocínio, por exemplo. Se assim for, estamos diante de uma escolha muito mal feita, priorizando interesses de uma empresa comercial em detrimento do lazer e da cultura de milhares de frequentadores.
"O poeta Mario Quintana escreveu em Canção da Primavera: 'Primavera cruza o rio Cruza o sonho que tu sonhas Na cidade adormecida Primavera vem chegando...'
E vem chegando também a celebração dos 30 anos do Tambo do Bando que surgiu, em Porto Alegre, lá no final da estação das flores de 1986, no dia 13 de dezembro. Resultado da reunião de cinco amigos, vindos de várias partes do Rio Grande do Sul, mas que tinham em comum um grande sonho: fazer uma música regional diferenciada, 'com o pé no galpão e a cabeça na galáxia'.
O Tambo sempre contou com o seu público, e temos certeza de que agora não será diferente, por isso convidamos vocês para participarem do Financiamento Coletivo para realizarmos o Projeto Tambo do Bando 30 anos –Com o pé no galpão e a cabeça na galáxia, que reúne:
-Show comemorativo 30 Anos - Dia 1º. de dezembro – às 21h - Teatro do Centro Histórico-Cultural da Santa Casa – Av. Independência, 75 – Centro Histórico - Porto Alegre
-Álbum Duplo - CD Ingênuos Malditos + CD Tambo do Bando. (Resgate dos LPs homônimos)
-Homenagem ao letrista do grupo, escritor e jornalista Sérgio Jacaré Metz pelos 20 anos de saudade
Contamos com vocês"
Vídeo do grupo https://www.youtube.com/watch?v=I4sjD2WXKBs&feature=youtu.be