Um livro é para sempre, mas não foi sempre assim. Vejam esse vídeo fantástico sobre sua implantação. Qualquer semelhança está longe de ser mera coincidência. Que o digam nossos amigos técnicos de informática, de explicações complexas para problemas triviais. Toda identificação será compreendida.
Para assistir ao vídeo, clique em
https://www.youtube.com/watch?v=IJq-x2Vrv8c
Esta é do filósofo Hanai Abeod: “Nas redes sociais, as mulheres procuram um, os homens procuram todas”.
Quando eu era guri em Itaqui, ia pescar em vários lugares, como o Quarte, o Açude do Valmoci, o rio Uruguai. Pescávamos pacus, lambaris, jundiás e outros quejandos. Eu e meu irmão, o Cláudio, levávamos para a minha vó preparar para nós, que tínhamos então uma casa pequena com muitas bocas para serem saciadas. A necessidade falava mais alto e a sobrevivência é um imperativo. Depois que saí de Itaqui, numa trajetória em que nunca me faltou o mínimo para satisfazer a mais comezinha das demandas do ser humano, nunca mais pesquei. Não entendo a pesca como diversão, mas como algo que só deve ser feito no limite para garantir o suprimento na mesa das pessoas. Afora isso, considero um sadismo puro e simples o ato de pescar por pescar, de interferir na vida de outros seres indefesos para satisfazer uma emulação egoísta e trivial. Os seres humanos deveriam ter a obrigação de procurar prazeres menos danosos aos nossos ecossistemas, tão aviltados por requintes de crueldade.
Um calendário de 2015 para marcar os dias de todos os itaquienses.
Hoje, 27.12.2014, o meu tio e meu irmão Délvio Oviedo completa mais um ano de vida. Eu quero dizer que é uma dádiva tê-lo conosco hoje e sempre. A mim ele sempre serviu como referência, como exemplo de luta. Desde nossas origens humildes no Itaqui, lutando para sobreviver vida afora, levamos um jeito comum, uma moral ilibada herdada da minha vó, Alda Escobar Cruz (Vó Nenê), que nos ensinou que deveríamos ter retidão de caráter em todos os momentos, para que fôssemos dignos de merecer o apreço das pessoas de bem, daqueles que têm valores e que não são venais, que não se vendem e se não rendem pelos apelos mais fáceis. O Délvio tem uma estirpe, um DNA, que nos faz casca grossa com as vicissitudes cotidianas, como se estivéssemos sempre prontos para resistir em busca de um lugar ao sol. Não somos fáceis, mas somos abertos para ser melhores a cada dia, unidos por uma memória que faz nosso presente e assim fará o nosso futuro. Tivemos caminhos improváveis para chegar aonde chegamos. Somos gratos a todos e a cada ano sabemos que nossas ações aproximam as estrelas e os sonhos. Muito grato, parceiro. Mesmo longe, estamos mais pertos do que nunca. Feliz aniversário.