SONETO DE RAQUEL
Das duras noites em que andei ao léu
Sem rumo, perdido pela estrada
Eu sempre pude te vislumbrar, amada
Como uma nesga de vida, puro céu
Do sal, aos poucos, fez-se o mel
Como um alento em prece renovada
Posso ser tudo, mesmo sendo nada
Porque me deste guarida no teu véu
Agora vivo e tenho a alma embriagada
Por teu sorriso, sentindo tua pele perfumada
Teus longos cabelos me cercam como anel
No teu beijo, vejo a aurora despir a madrugada
Em ti me perco e me encontro na jornada
Sou cavalheiro da corte de Raquel.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 03/10/2017
Alterado em 12/01/2019