QUANDO SE VAI UM AMIGO
Quando se vai um amigo
Morre um pouco de nós
Fica um açude nos olhos
E um triste embargo na voz
Quando se vai um amigo
A vida se faz dolente
E a navalha da saudade
Dá golpes intermitentes
Quando se vai um amigo
Emudece a querência
Dobra a marcha de Chopin
Em laivos de condolência
Quando se vai um amigo
Cada instante partilhado
Vira um tesouro intangível
Lá no baú dos lembrados
Quando se vai um amigo
Andejar noutras paragens
O vazio do seu abraço
Enlaça como tatuagem
Quando se vai um amigo
Rumando ao absoluto
As almas dos que ficamos
Se paramentam de luto.
Invoco com este poema a memória de diversos amigos:
Algacir Costa
Angélica Weissheimer
Antônio Gutierrez Assumpção
Argeu Santarém
Arnaldo Campos
Artur Bonilha
Benedito Saldanha
Cajarana
Carlos Aguiar
Carlos Roberto da Costa Leite (Beto do Museu)
César Ricardo Ribeiro Osório
Cláudio Wayne
Cristina Ferreira Palmeiro
Davi Camargo
Delci Brandes Oviedo
Dona Tiloca
Dona Tona
Edy Isaías
Élbio Rodrigues
Eloásia Martins Pavani
Eraci Rocha
Eusébio Melo
Humberto Gabbi Zanatta
Isaac Odilon Brandão Iesbich
Jair Domingos Gaiardo
Jesus Piegas
João Carlos Tiburski
João França
João Guilherme Bucco de Mattos
João Oliveira
João Rossi Néry
João Vicente (Nenhum de Nós)
Joaquim José Felizardo
Jorge Eduardo Loro Ramos, o Jorginho
José Alcimar de Oliveira Cruz
Juarez Bittencourt
Júlio Lima Menezes
Lauro Hagemann
Laury Maciel
Libana Moura
Lília Pinto de Ornellas
Lúcia Saccomori Palma
Luis Carlos De Césaro
Marcos Verçosa de Aquino
Maria Noralina
Mário Barros
Mário Carpes
Mario Cezar da Rosa Castro
Meme Meneghetti
Milton Braz Rubim
Moacir Akui
Moizés Rodrigues Pinheiro
Nélson Fachinelli
Nídia Guimarães
Paulo Cabral
Paulo Moura
Ruben Vela
Sany Silva
Sérgio Jacaré
Silvana Zanetti
Talo Pereyra
Telmo Torres
Ubiratan Porto
Vílson Trindade
Xisto Mota
Zaidi Centenaro