MAGIA NO CENTRO DE PORTO ALEGRE
Quem passa pela Rua dos Andradas, no ponto central da extremidade da Praça da Alfândega, encontra uma mesa de sonhos e de fantasias administrada por um mágico incorporado ao cotidiano da capital dos gaúchos. Seu nome é Marco Antônio Ferreira Lima, 56 anos, paulistano, pai de quatro filhos, dois paulistas e dois gaúchos, há 38 anos encantando os olhares dos seus espectadores e há 25 anos no mesmo local com sua banca de ilusões.
Ao ser questionado como a mágica entrou em sua vida, Marco Antônio contou que, ao sair do serviço militar, não encontrou muitas perspectivas de trabalho e, assim, optou por trabalhar com este ofício milenar, que encanta as pessoas passando por muitas gerações. Ele trabalha com o lenço que some, com canetas que desaparecem, com lâmpadas, com bolinhas, moedas e outros itens. Ocasionalmente, apresenta-se em festas de aniversários, eventos familiares e shoppings. Muitos que assistem a suas apresentações aprendem os números para depois reproduzir para amigos ou domesticamente, causando boa impressão e virando atrações nos seus grupos de amigos. Entretanto, o mágico se queixa de que há concorrência desleal por parte dos internautas que desvendam truques e até mesmo de programas que devassam os procedimentos das mágicas, tirando delas a ludicidade intrínseca e banalizando seu mister.
Marco Antônio, nome de general romano, é um representante de uma arte que remonta aos mais antigos ofícios da humanidade. Dela retira seu sustento e o de sua família, enfrentando tempos adversos para arrancar sorrisos e suspiros de espantos. Os olhares extasiados são sua compensação e lhe dão a certeza de que a vida vale a pena, mesmo quando a magia é desdenhada pelos passos tristes dos transeuntes apressados que levam para diante seu dia a dia desprovido da alegria simples de viver. Isso nenhum passe de mágica pode devolver, mas pode sim amenizar nessa luta árdua pela sobrevivência.
Nota: contatos com o mágico podem ser feitos pelo fone/Whats (51) 995896233.