VIVEMOS DE PROMESSAS
No governo do PT, o Estatuto do Desarmamento prometia melhorar a segurança pública. Também no governo do PT, a Lei Seca, um atentado aos direitos individuais por criar um crime de mera conduta em que o delito prescinde de um resultado, prospectava uma diminuição nas mortes do trânsito. Continuaram a endurecer as normas e as mortes continuam (Teria alguma coisa a ver com preferência pela malha rodoviária para transporte, com fluxo intenso e falta de duplicação das vias? Óbvio que sim).
No governo de Dilma Rousseff, as operadoras de telefone prometiam um melhor serviço e menores preços com o fim da navegação ilimitada. A Anatel quis fazer o mesmo na banda larga. No governo de Michel Temer, a promessa era que a reforma trabalhista geraria milhares e milhares de empregos. Também foi durante o governo Temer que surgiu a cantilena de que, cobrando pela bagagem, haveria uma redução no preço das tarifas. A realidade está aí. Lembrei outra do governo Temer: todo o SUS seria informatizado. Que maravilha no Chuí receber um prontuário vindo instantaneamente de Palmas, no Tocantins.
Agora, no governo de Jair Bolsonaro, a promessa é que com a Reforma da Previdência atingiremos o melhor dos mundos. Todo mundo terá emprego e serviços de qualidade. Pouco importa se privilégios serão mantidos e somente serão atingidos os de baixa renda, trabalhando mais e recebendo menos, como nos casos de BPC e títulos de capitalização, desfigurando o sistema de solidariedade. Jair Bolsonaro já tem sua aposentadoria polpuda e vitalícia, está blindado para fazer demagogia.
Cada governo está livre para fazer as promessas que melhor lhe aprouver. Todavia, cabe às pessoas com algum senso crítico analisar tais cantilenas. Sanguessuga não nasceu para doar sangue.