Nesta quinta-feira, 19 de agosto, fui dar uma verificada na situação da herma de João Cândido, de autoria do artista plástico Vasco Prado, instalada no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. A colocação desse monumento, feita há duas décadas na Capital, foi rodeada de polêmicas semelhantes às que cercaram a vida desse herói negro e popular durante toda sua existência. Pois bem, a situação da estátua está caótica, com abandono e deterioração, com as letras ilegíveis. Ela tem uma história bonita, da qual tive a honra de participar, como conto a seguir. Antes disso, quero solicitar a intervenção do vereador Matheus Gomes (PSOL) para que ele realize um pedido de providências à prefeitura para restauração do busto desse grande brasileiro, referência da luta do povo negro. Segue o depoimento do ex-vereador Lauro Hagemann contando a história de como conseguimos homenagear João Cândido e reabilitá-lo num logradouro que leva o nome da força reacionária que sempre o perseguiu, a Marinha Brasileira.
"A questão do João Cândido é interessante. Nos almoços de que participávamos com partidários, vereadores e assessores da Câmara Municipal de Porto Alegre, sempre falávamos sobre a comemoração dos vinte anos da Anistia. O que tinha acontecido, o que não tinha, quais de nós tínhamos sido anistiados, quais não tínhamos. Lembrando os episódios nos demos conta que estava faltando gente a ser anistiada. Temos quatrocentos marinheiros que ainda reivindicam a anistia.
Então, Landro Oviedo, professor de Literatura, que não é nosso partidário, mas ia muito ao meu gabinete para promover algumas coisas, sugeriu a ideia: 'Existe uma pessoa que na história brasileira que não foi anistiada nunca, não é de hoje, um tal de João Cândido, o herói da chibata. Quem sabe não fazemos um movimento?' Montamos uma campanha para a comemoração dos vinte anos da Anistia, junto com a campanha do João Cândido, do resgate de sua memória para homenageá-lo no dia 22 de novembro, que é o Dia da Revolta da Chibata. A minha proposta, aprovada dia 3 de dezembro de 1999, foi que 'o dia 22 de novembro seja lembrado em nossa cidade como 'Dia da Cidadania e de Luta pelos Direitos Humanos' em homenagem a João Cândido, o Almirante Negro. O projeto de lei também autorizou o Executivo Municipal a construir um monumento em homenagem ao marinheiro. Esse campanha que levantamos conseguiu sensibilizar e mobilizar os movimentos negros da cidade (...)."
Fonte: Livro "João Cândido - A Revolta da Chibata" (Editora da Cidade, 3ª ed., Porto Alegre, 2010), de Paulo Ricardo de Moraes.
982 – CAOS MENTAL. Reina o mais completo caos mental nas hostes bolsonaristas com a declaração de solidariedade de Jair Bolsonaro a Vladimir Putin. Para quem achava que a Rússia é comunista, o que ela não é, ficou indefensável esse apoio de Bolsonaro. Ditador apoia ditador, sempre foi assim. Agora, tanto Bolsonaro quanto Putin vão carregar nas costas crimes contra a humanidade, seja pela pandemia, seja pela invasão da Ucrânia, seja pelo nexo de mútuo apoio.
981 – GENERAIS BOLSONARISTAS. Esses vários generais que apoiam Jair Bolsonaro são um fracasso histórico. Batem continência para um desequilibrado mental que armou até um plano para explodir quartéis, levando risco a vidas inocentes. Agora mesmo, depois de o ministro Edson Fachin, do STF, na sua posse, afirmar que vai ser duro no enfrentamento com notícias falsas e boatos, inclusive fazendo menção ao fato de a Rússia fazer parte dessas investidas criminosas no mundo, o general e ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência, resolveu confrontar Fachin, munido de uma coragem assombrosa para dar declarações. Chamou a fala de Fachin de "leviana" e "irresponsável". Esse é aquele subordinado de Bolsonaro que tomou vacina escondido. O nível ético dessa gente sanguessuga é enrubescedor.
980 – FARTA IGNORÂNCIA. Se eu soubesse de alguém que estaria disposto a jogar tempo fora, de forma inconsequente, eu o aconselharia a tentar explicar para um(a) bolsonarista como funciona uma ação judicial de um modo geral e no STF em particular. Toda hora eles vêm falando que o ministro tal tomou uma decisão contra o governo, contra Jair Bolsonaro, contra os seus filhos e assim por diante. Agora mesmo, isso acaba de ocorrer de novo. Carlos Bolsonaro, o vereador universal, postou nas suas redes que o ministro Alexandre de Moraes enviou um pedido para que a PGR, aquela do Augusto Aras, se pronuncie sobre a viagem dele à Rússia acompanhando o pai. Isso partiu da cabeça do ministro? Claro que não! O magistrado só age quando alguém impetra uma ação, excetuando o flagrante delito (mas isso vale para todos). No caso, esse "alguém" foi o senador Randolfe Rodrigues, filiado à Rede Sustentabilidade. Claro que Carlos Bolsonaro sabe disso, mas como ele também sabe que isso os bolsonaristas nunca serão capazes de entender, ele aposta na desinformação da escumalha que os segue. Para quem perdeu quase 40 mil votos na eleição de 2020 na comparação com 2016, evidenciando que o bolsonarismo decresce, talvez buscar votos em outros países seja uma opção para candidatos da terra plana.
979 – UCRÂNIA. De repente, o mundo, perplexo, se vê às voltas com a invasão da Ucrânia ordenada por Putin. Os lideres mundiais se apressam em dar declarações condenando a tomada de territórios de um país soberano. É assim que os premiês e presidentes da Alemanha, Estados Unidos, Espanha, Itália, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros, se pronunciam e anunciam sanções ao país invasor. Enquanto isso, o que faz Jair Bolsonaro? Sai em uma motociata em São Paulo. Optou pela omissão própria dos medíocres.
978 – POSSE. Jair Bolsonaro não compareceu à posse do novo presidente do TSE, Edson Fachin, alegando incompatibilidade de agenda. Todavia, sua agenda oficial não previa nenhum compromisso. O que salta aos olhos é que ele está, desde já, boicotando a justiça eleitoral como forma de alegar futuramente fraude nas eleições e, assim, não aceitar o resultado, como fez seu mentor ideológico Donald Trump. É preciso, desde já, se preparar para colocar os desordeiros bolsonaristas na cadeia.
977 – LÓGICA DO DELITO. A lógica dos bolsonaristas no tocante aos uso de recursos públicos é bastante peculiar e mafiosa. Eles nunca querem prestar contas dos seus malfeitos e desvios de verbas. Foi assim que Flávio Bolsonaro conseguiu da direção da Receita Federal uma força-tarefa ilegal com cinco servidores para investigar quem o tinha denunciado pelas rachadinhas ao Coaf. Aqui, o investigado pressiona o investigador. Tempos invertidos!
976 – DURO RECADO. No seu discurso de despedida do cargo de presidente do TSE, o ministro Luis Roberto Barroso fez duras críticas às condutas nefastas de Jair Bolsonaro. Disse que o Brasil passou a ser malvisto no mundo por conta do governo bolsonarista, lembrou os delitos cometidos, como a divulgação de notícias falsas e a divulgação de um inquérito sigiloso, e encerrou com precisão ao afirmar que as investidas de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas são a antecipação do discurso do mau perdedor. Quanto mais sua gestão despenca, mais o Capitão Cloroquina quer criar factoides.
975 – PALPITE INFELIZ. Em viagem à Rússia, Jair Bolsonaro, que é um néscio em termos de diplomacia, conseguiu ser um zero ao quadrado no conflito do país com a Ucrânia e ainda arruinar as relações com os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil. Ele declarou solidariedade a Putin. Seus seguidores, que acham que a Rússia é comunista, devem estar com uma fenda no cérebro tentando entender as estultices de seu mito.
974 – PGR PARCEIRO. Como não poderia deixar de ser, o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao STF parecer afirmando que não vê crimes cometidos por Jair Bolsonaro no episódio do superfaturamento da vacina Covaxin nem na divulgação de inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre as urnas eletrônicas. Todos sabemos que o fato de Aras não ver não significa que não haja crime. Afinal, ele vê pelas lentes da impunidade.
973 – REAÇÃO NA LATA. Durante uma live na primeira quinzena de fevereiro (2022), Jair Bolsonaro afirmou que os militares convidados pelo TSE para acompanhar os procedimentos haviam apontado uma série de "vulnerabilidades" nas urnas eletrônicas. Todavia, o que se de fato ocorreu é que eles não levantaram dúvida alguma e se limitaram a pedir explicações sobre o funcionamento do sistema. Agastado, o ministro Luis Roberto Barroso, então presidente do TSE, publicizou esses pedidos para acabar com os boatos disseminados por Bolsonaro, inclusive com sua afirmação de que o Exército teria dado um prazo para receber as respostas aos questionamentos, o qual já teria se esgotado. Ao todo, foram 80 questões que passam longe de lançar óbices sobre a efetividade das urnas e do sistema eleitoral. Mais uma vez, Bolsonaro foi derrotado pela verdade.
971 – MENTIU AOS HÚNGAROS. Em visita à Hungria (17.2.2022), Jair Bolsonaro afirmou que não há destruição da Amazônia no Brasil, contrariando todos os levantamentos científicos e os órgãos internacionais que tratam do tema. Basta lembrar os dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon): o desmatamento na Amazônia em 2021 foi o maior em uma década. Para gáudio do gado bolsonarista, Bolsonaro governa um país paralelo.
970 – BAIXARIA AMIGA. A suposta atriz Antonia Fontenelle, bolsonarista raiz, está em litígio com o secretário da Cultura, Mario Frias. Com isso, o festival de baixarias está garantido, com denúncias de corrupção e ameaça de processos. Alega Antonia que o governista quis calar suas críticas a ele em troca de um projeto cultural, que teria facilitada a sua tramitação. Frias nega e diz que vai processá-la. Briga de néscios e inexpressivos nas hostes bolsonaristas. Coisa de gente perdida, sem norte nem nexo.
969 – APOIO CRIMINOSO. O governo federal, por meio do BNDES, está emprestando R$ 29 mi para desmatadores da Amazônia financiarem tratores e outras máquinas agrícolas, apesar de a legislação proibir que infratores reincidentes flagrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizando desmatamentos consigam empréstimos oficiais a juros subsidiados. Os bolsonaristas criticaram muito o BNDES em gestões anteriores e estão fazendo muito pior, usando seus fundos para atacar o meio ambiente, patrimônio da humanidade.
968 – ESTADISTA POR ACASO. O ex-antiministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicou em suas redes sociais montagens da CNN e da IstoÉ mostrando que Jair Bolsonaro foi o grande responsável pelo recuo da Rússia nas hostilidades com a Ucránia. Os bolsonaristas estão comprando a versão. Daqui a pouco, eles vão acreditar em lua plana também.
967 – MINIONMINÉRIO. Além de autorizar a destruição da Amazônia no atacado, agora Jair Bolsonaro quer fazer isso no varejo também. Ele acaba de editar um decreto (sempre um decreto) estimulando o que chama de garimpo artesanal na Amazônia para atender mineradores. Será gente de pequeno porte destruindo em grande escala. E o avanço sobre os ecossistemas, a fauna, a flora e os povos indígenas continua. O assassínio bolsonarista demanda terra arrasada.
966 – INSUSPEITO?. O novo mandalete do governo de Jair Bolsonaro, ministro André Mendonça, recusou-se a se dar por suspeito em uma notícia-crime que Bolsonaro terá de responder por desvio de finalidade no Iphan, ao trocar a diretoria para atender aos interesses de empresários. Pelo jeito, ele se declara terrivelmente insuspeito. Alguém esperava outra coisa dele?
965 – SEM ERROS?. Jair Bolsonaro atentou contra os fatos e a inteligência alheia ao afirmar que não cometeu erros durante a pandemia. Foram tantos os malfeitos, desde o combate às medidas sanitárias como o incentivo à imunidade de rebanho até o boicote às vacinas. Todo mentiroso busca sempre se convencer a si mesmo em primeiro lugar.
964 – PESQUISAS. Os bolsonaristas estão sempre questionando as pesquisas de voto que indicam que Bolsonaro está sem chances de ser reeleito. Pois bem, é um direito deles não enxergarem o óbvio. Ocorre que, agora, essa visualização de queda de popularidade não parte apenas daqueles que eles consideram parciais. O próprio filho número 01, Flávio Bolsonaro, deu uma entrevista ao jornal O Globo e admitiu que a oposição à vacina gerou um desgaste para o pai. Isso foi constatado em pesquisas internas do grupo bolsonarista. Essas aí não podem ser contestadas. Mas nunca se sabe o que vai pela cabeça dessa gente.
963 – ACUSAÇÃO VIL. O presidente Sérgio Camargo, negro racista, indicou o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, como causador do próprio óbito. É muita covardia culpar a vítima, que não pode mais se defender. Isso é típico dos bolsonaristas. A declaração veio recheada de insultos. A OAB já sinalizou que vai adotar as medidas cabíveis para que esse sacripanta não fique impune. Esse, quando sair do governo, vai ter que fazer um tour pelos tribunais.
962 – VIAGEM. O secretário da Cultura, Mario Frias, realizou uma viagem para Nova Iorque ao custo de R$ 39 mil para os cofres públicos. O motivo apontado foi discutir projeto de audiovisual com um lutador de jiu-jitsu. Ele alega que o valor apontado pelo próprio governo federal no portal da transparência não é esse. Só que até agora não apresentou nenhum comprovante de sua alegação. A pergunta tonitruante que fica no ar é por que, com toda a tecnologia para realizar reuniões virtuais, ele preferiu viajar para se encontrar pessoalmente com o atleta. Deve ser muito afeto envolvido.
961 – CORTES NA CULTURA. O governo federal está cortando pela metade o valor que pode ser captado pelos trabalhadores da cultura via Lei Rouanet, além de achatar os cachês para artistas solo, passando de R$ 45 mil para R$ 3 mil, com exceção de maestros, num corte de 93%. Isso prejudica ainda mais um segmento que gera empregos diretos e indiretos para milhares e milhares de pessoas. Bolsonaro não tem apreço pela cultura (só por rachadinhas), só tem um vocabulário de cerca de 500 palavras, como diz o historiador Marco Antonio Villa, e tem bibliofobia.
960 – EX-AMIGÃO. Buscando uma reaproximação, Jair Bolsonaro enviou um emissário para sondar o ex-deputado federal Alberto Fraga (Dem-DF) sobre a possibilidade de fazer as pazes. Seu antigo parceiro da bancada da bala recusou. Sua mulher morreu de Covid-19 em maio de 2021. Os boatos não resistem aos fatos, principalmente aos mais dolorosos.
959 – NIÓBIO. Jair Bolsonaro é mesmo um exterminador do meio ambiente e inimigo venal dos povos indígenas. Sob seu governo, houve um aumento de 156% nas autorizações para exploração de nióbio, um metal com muitas aplicações industriais e comerciais e empregado na produção de supercondutores, ainda pouco explorado no país, mas encontrável na Amazônia. É para lá que a Agência Nacional de Mineração (ANM) emitiu as concessões, em terras que deveriam ser conservadas e que são patrimônio do povo brasileiro. Interessante é que para destruição a ANM se faz presente. Quando é para prevenção, ela é omissa, como se viu no caso do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, com mais de duas centenas de morte e danos irreversíveis para moradores e ecossistemas.
958 – CONVOCADOS. O Senado Federal convocou dois ministros de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga, da Saúde, e Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Os dois são demandados para explicar notas técnicas. Queiroga será ouvido por uma nota do ministério que nega a eficácia da vacina contra a Covid-19 e recomenda a hidroxicloroquina para tratar a doença, além de questionamentos sobre a demora na vacinação de crianças entre cinco e 11 anos. Já Damares tem que esclarecer o posicionamento contra a adoção do passaporte vacinal e a oposição à vacinação de crianças contra o coronavírus. Ambos estão envolvidos no boicote do enfrentamento à pandemia, bem de acordo com as estultices defendidas por Bolsonaro.
957 – ALVO. Quando questionado sobre seu fraco manuseio com armas pelo youtuber Cauê Moura, Jair Bolsonaro falou que não teria como disputar uma olimpíada, mas que se o alvo fosse um "gordinho" como Moura, o tiro seria fácil. Muito valente, né? Só que quando dois assaltantes levaram suas armas e motos no Rio de Janeiro, ele foi se queixar numa delegacia: "Ai, eu fui assaltado!".
956 – INACREDITÁVEL. A estupidez dos bolsonaristas parece não ter bordas, como tem a terra plana em que eles acreditam. Ao verem as soberanas da Festa da Uva com um balaio escrito "13", passaram a atacá-las como se elas defendessem o PT, já que esse é o número do partido. Ocorre que, na verdade, o 13 se referia ao número de edições da Festa da Colheita, que acontece simultaneamente com o tradicional evento de Caxias do Sul. Essas pessoas deveriam fazer recargas de bom senso, já que, se um dia já o tiveram, gastaram tudo apoiando Jair Bolsonaro.
955 – CONDENADO. O dito jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, integrante das milícias digitais de Jair Bolsonaro, foi condenado à prisão em regime aberto por associar o PSol com a facada desferida por Adélio no presidente, além de pagamento de R$ 10 mil ao partido pelo crime de calúnia e multa de um salário mínimo. A liberdade de imprensa e de opinião não pode nem deve ser usada para cometer crimes. Mais um bolsonarista que terá de pagar por suas mentiras.
954 – SEM INGRESSO. Os bolsonaristas estão indignados com a exigência de que seja apresentado o passaporte vacinal para a frequência a espetáculos culturais. O secretário da Cultura, Mario Frias, assinou portaria para que o passaporte não seja obrigatório em eventos financiados pela Lei Rouanet. Querem o direito de ter o direito de infectar os outros. A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que as pessoas não podem ser discriminadas pela opção de não se vacinar. A contenda chegou ao STF e o relator é o ministro bolsonarista Nunes Marques. Essa horda antivacina morre e não deixa de ser estúpida.
953 – PRECARIEDADE. Os indicadores da economia têm demonstrado de forma clara que o aumento de postos de trabalho no país vem acompanhado da redução salarial, sem direitos trabalhistas, com forte acento de informalidade. Essa tendência está registrada numa pesquisa realizada pelo economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, para não dizer que não damos a fonte. Isso está bem de acordo com a cantilena de Jair Bolsonaro de que os trabalhadores no país têm direitos demais e deveres de menos. Só se for o direito de ser explorado pela ganância das elites brasileiras, que sempre acham que pagam demais, mas estão continuamente enriquecendo e recebendo isenções do erário.
952 – DENUNCIADO. O ministro Milton Ribeiro, da Educação, foi denunciado ao STF pelo crime de homofobia. O pedido de condenação foi da Procuradoria-Geral da República. Ele afirmou que os adolescentes homossexuais provêm de famílias desajustadas, o que é uma opinião sem qualquer viés de razoabilidade. Ribeiro recusou acordo com o ministério público, que oferece a transação penal para crimes com pena prevista de até quatro anos. Mais um ato desse governo que sai da esfera política para figurar com desembaraço nas páginas policiais.
951 – CRIME. A própria Polícia Federal, reiteradas vezes tão solícita com Jair Bolsonaro, concluiu que ele cometeu crime ao vazar dados de um inquérito sigiloso do órgão, que investigava alegadas fraudes eleitorais. Ele não foi indiciado porque, claro, se protege atrás do cargo para cometer seus delitos.
950 – PEGA NA MENTIRA. A deputada federal bolsonarista fez uma viagem para uma pauta conservadora nos Estados Unidos. Chegando lá, resolveu aproveitar o que pôde com dinheiro público. Bons restaurantes, boas lojas, bons passeios. Na volta, questionada pelos internautas, disse que tinha viajado com recursos próprios. Foi aí que foi desmascarada e pega na mentira. No portal da Câmara, estava exposto que ela ganhou quatro diárias e meia no valor de R$ 2.431,04 cada, num total de R$ 10.939,68. Os bolsonaristas adoram um dinheiro público para financiar uma boquinha livre.
949 – QUILOMBOLAS. O governo do ódio contra os pobres mandou cassar uma licitação do Incra visando à demarcação de terras dos quilombolas. Essa política de extermínio social de segmentos vulneráveis, como os povos indígenas, faz parte de uma investida do sociopata Jair Bolsonaro. O que ele quer é terra arrasada em questões socioeconômicas e sua futura impunidade, dele e de sua família organizada.
948 – PISO DO MAGISTÉRIO. O Fundeb repassa recursos federais aos municípios com base no número de matrículas na educação básica. É com eles que são pagos os salários dos professores e feita a manutenção do sistema como um todo. Jair Bolsonaro, sem aumentar as verbas do fundo de maneira proporcional, assinou um reajuste (justo) para os mestres, de 33,23%, deixando a conta para os prefeitos. Pura demagogia eleitoral. Agora, a pressão deve ser para que o governo federal incremente o montante a ser repassado para as prefeituras para que o magistério receba o merecido reajuste sem comprometer as demais verbas destinadas ao ensino na esfera municipal.
947 – DEPOIMENTO. Jair Bolsonaro foi procrastinando o depoimento à Polícia Federal sobre o vazamento de um inquérito sigiloso do órgão cometido pelo presidente. Tanto adiou e mudou de posição sobre depor ou não que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou dia, hora e local para seu comparecimento. Ele não foi. Não deverá haver maior consequência para ele, até porque tem o prevaricador-geral da República, Augusto Aras, na PGR. Todavia, fica bem claro que Bolsonaro age como criminoso: evita esclarecer os fatos. Bem como nas rachadinhas da família.
946 – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. A prefeitura da pequena cidade de Miracatu, no no Vale do Ribeira, interior paulistano, recebeu, ao final de 2021, um aporte financeiro inversamente proporcional à sua extensão e densidade demográfica. Com 20 mil habitantes, amealhou R$ 35 milhões via quatro ministérios e emendas do orçamento secreto. Qual a mágica? O chefe de gabinete do prefeito se chama Renato Bolsonaro, que tem atendimento privilegiado no governo. É, a mamata continua.
945 – TRAMPA RECORDE. Com a entrega das indicações de investimentos ao Centrão, o governo de Jair Bolsonaro fez um pagamento recorde de emendas parlamentares em 2021. No total, R$ 25,1 bilhões foram retirados do erário para serem aportados em redutos eleitorais de deputados e senadores como forma de comprar votos no Congresso. Imagina se a mamata não tivesse acabado!
944 – HORA DA VALENTIA. Na famigerada reunião de 22.4.2020 com Jair Bolsonaro, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub declarou: "“Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”. Em seguida, com medo, fugiu para os Estados Unidos. Agora, de volta, terá então a oportunidade tão sonhada de confrontar o STF e, quem sabe, até prender algum de seus membros. Afinal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determinou, nesta segunda-feira (24/1), que a Polícia Federal ouça Weintraub na investigação acerca de uma entrevista em que ele veicula “informações falsas acerca da atuação do STF e de condutas relacionadas a um de seus membros”. Vamos ver o que dirá e o que fará o valentão contra o magistrado que se tornou o terror dos criminosos bolsonaristas. Aguardemos.
943 – MINICONTO. Enterrou a mãe e foi à lotérica comprar um bilhete da Mega-Sena.
942 – NOTA CONTRA A CIÊNCIA. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE), lançou uma nota sugerindo a efetividade da Cloroquina e a ineficiência das vacinas contra a Covid-19. Diante da repercussão negativa, principalmente por conta das manifestações da comunidade científica, agora o MS diz que vai republicar a nota para deixá-la mais esclarecedora. O problema é que, se não mudar a postura negacionista e charlatã, de nada adianta ficar republicando pareceres.
941 – CONTRA O CERRADO. O cerrado é um dos biomas mais importantes do país e o governo de Jair Bolsonaro declarou guerra contra ele. Por conta do corte de verbas, o Inpe diz que vai desmontar equipe que monitora o desmatamento dessa vegetação. E o valor nem é alto diante do benefício da conservação. Bolsonaro proibe o aporte de cerca de R$ 2,5 milhões. Na região de Minas Gerais, já estão aumentando os casos de dengue porque o mosquito causador da doença está ficando sem predadores pela destruição do ecossistema. A omissão bolsonarista, mais uma vez, causa vítimas e mostra que o presidente é um energúmeno de baixa extração moral.
940 – ORÇAMENTO RIFADO. Jair Bolsonaro sancionou o orçamento de 2022 garantindo o orçamento secreto do Centrão, de R$ 16,48 bilhões, cortando verbas das áreas do trabalho e da educação e garantindo um fundo eleitoral estratosférico de R$ 4,96 bilhões, fundo esse que teve o apoio da maioria dos partidos. As emendas parlamentares, sem os vetos, podem ficar em R$ 35,6 bilhões, o que mostra que o Centrão e o Congresso coordenam um montante semelhante a tudo o que foi reservado para investimentos no ano em curso, que é de modestos 42,3 bilhões. O orçamento de Bolsonaro é um orçamento de garantia de que o serviço público continuará sucateado.
939 – DURO RECADO. Durante reunião colegiada da Anvisa para deliberar sobre a vacinação de crianças de cinco a 11 anos, o presidente da agência, general Antônio Barra Torres, mandou um duro recado com endereço certo: Jair Bolsonaro, ainda que não o citando nominalmente. Bolsonaro tem disseminado notícias falsas sobre a vacinação dos infantes, confundindo a população. Disse Barra Torres: "É criminoso buscar, difundir mentiras através das novidades mentirosas, do inglês ‘fake news’. Isso não é razoável". O Capitão Cloroquina, que já recuou em ataque anterior, quando acusou a Anvisa de corrupção, de novo leva uma carraspana pública por se meter de pato a ganso.
938 – DESMENTIDO. Waldir Ferraz, amigo de Jair Bolsonaro há mais de 30 anos, tseu ex-assessor e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também, deu uma entrevista para a revista Veja detalhando como funcionavam as rachadinhas nos gabinetes dos dois e do deputado estadual Flávio Bolsonaro, tudo coordenado pela ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle. Logo que a matéria foi publicada, Flávio Bolsonaro veio a público com uma nota escrita por Ferraz negando o teor da reportagem. Só que eles não contavam com um detalhe: Veja tinha os áudios do entrevistado. A emenda ficou pior que o soneto. Leia notícia sobre o caso e ouça parte do que foi dito abaixo.
937 – DEU PRA TRÁS. Jair Bolsonaro é o cara que olha para a banana e não pensa no que ela tem por dentro, mas em como vai usar a casca para escorregar logo adiante. Do nada, ele sugeriu que iria dar aumento para PF, PRF e agentes penitenciários. Diante da previsível reação das demais categorias, recuou e disse que o reajuste está suspenso. Fez até uma afirmação risível de que era melhor beneficiar as três categorias do que nenhuma. Agora, em vez de manter o apoio de sua base, a quebra da expectativa o desgastou com ela e com os demais servidores. Trapalhada pouca é bobagem. Bolsonaro afunda e o pessoal da "sua segurança" parece que não está muito simpático com ele.
936 – DARKMATTER. O conhecido Gabinete do Ódio, responsável por divulgar boatos e notícias falsas em prol do governo de Jair Bolsonaro, está sendo questionado pelo interesse no software espião Darkmatter, com tratativas coordenadas por Carlos Bolsonaro. O programa é uma criação de uma empresa oriunda dos Emirados Árabes, uma das ditaduras do mundo árabe, e foi empregado para monitorar jornalistas, políticos e defensores de direitos humanos nessa região. E é exatamente essa finalidade que interessa para o clã bolsonarista, vigiar opositores. Coisa típica de fascistas e nazistas, que não suportam serem questionados por suas condutas delituosas. A central do Carluxo quer se modernizar para atuar em prol da impunidade da família organizada.
935 – CALOTE NOS POBRES. O governo de Jair Bolsonaro está caloteando os pobres do programa Auxílio Brasil. Prometeu que pagaria os R$ 400 reais referentes a novembro, mas agora está alegando que está sem caixa. Contudo, para férias, cartão corporativo e viagens da família e seus achegados, tipo a viagem de interesse particular da bolsonarista Carla Zambelli para os EUA, não faltam recursos. Os pobres, incluindo os de direita, estão sendo cada vez mais achincalhados por essa súcia astuta e sanguessuga.
934 – VEIO DAS DEMISSÕES. O caso de Santa Cruz do Sul parece ser ilustrativo do "modus operandis" do Veio da Havan. Para fazer parecer que o país está crescendo e fazer a apologia do governo de Jair Bolsonaro, ele contrata um certo número de funcionários. Depois de feita a encenação, ele corta pessoal sob a alegação de que não cumpriram as metas imbatíveis, já colocadas acima das possibilidades dos "colaboradores" exatamente para justificar as demissões em massa. Foi assim que se deu com a unidade referida: dos 150 contratados em 2021, entre 40 e 50 já foram dispensados, cerca de 30%. Quando as sandices do Veio da Havan se juntam aos desvarios de Bolsonaro, eles estão prontos para um culto marcado pelas estultices de Silas Malafaia.
933 – ONG DO LÉO. O jogador Léo Moura, por meio do orçamento secreto e contando com o apoio de Jair Bolsonaro e seus asseclas, recebeu a estratosférica quantia de R$ 41 milhões, transferência que contou com a anuência da Secretaria Especial do Esporte do governo federal. Para se ter uma ideia, o montante é quase o dobro do que a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBD), valor que ficou em R$ 27,5 milhões. Também supera os recursos destinados para as confederações de esportes olímpicos, como a Confederação de Desportos Aquáticos (R$ 9,1 milhões), Ginástica (R$ 8,4 milhões), Vôlei (R$ 8,4 milhões) e Boxe (R$ 7,1 milhões). Aos apaniguados, as mamatas; aos demais, as raivosidades chulas de sempre.
932 – CAVERNAS. O destruicionismo ambiental de Jair Bolsonaro está de novo manifesto por meio de um decreto que permite a construção de empreendimentos por ele considerados de utilidade pública em áreas de cavernas, ameaçando a conservação desse patrimônio público natural. Tudo indica que a sociedade civil vai rechaçar essa medida e o Ministério Público Federal (MPF) já está sendo acionado para barrar esse atentado a tais bens tão relevantes para os ecossistemas e para o equilíbrio da natureza.
931 – HERÓI NEGACIONISTA. Segundo Eduardo Bolsonaro, Novak Djokovic se tornou um líder mundial ao recusar a se vacinar. Barrado no torneio da Austrália e já avisado de que corre o risco de não disputar o Torneio de Roland Garros, em Paris, na França, o tenista é hoje um grande ativista pró-coronavírus, assim como Jair Bolsonaro e sua família. Não é à toa que ele já está sendo chamado de Novax Djocovid, o melhor apelido que alguém antivacina poderia ter. Supera o nome de Mares Guia como ministro do Turismo e o de Jorge Rachid como secretário da Receita Federal do Brasil, ou seja, o sujeito que tirava parte do nosso salário via IR. Cada governo tem o herói que merece. Djocovid deu uma bola fora e vai pagar caro por isso.
930 – TRISTE RECORDE. De acordo com o Instituto Imazon, o desmatamento na Amazônia em 2021 foi o pior em 10 anos, com a destruição recorde de mais de 10 mil quilômetros de mata nativa (10.362 km²), um crescimento de 29% em relação a 2020. A entidade mostra as consequências dessa devastação criminosa: "A alteração do regime de chuvas, a perda da biodiversidade, a ameaça à sobrevivência de povos e comunidades tradicionais e a intensificação do aquecimento global". Os criminosos sentem-se estimulado pelas omissões e incentivos do governo de Jair Bolsonaro, que desmontou os serviços de proteção e de vigilância dessa área vital, ameaçando os ecossistemas, a vida dos povos indígenas e causando consequências climáticas graves para todo o país, vide inundações e estiagens. Para a floresta ficar em pé, Bolsonaro tem que cair.
929 – VEIO DA ROUANET. Os bolsonaristas vivem atacando os artistas que se valem, legalmente, dos benefícios da Lei Rouanet, que permite às empresas abater o investimento no Imposto de Renda. Criminalizam com suas ignorâncias os produtores de cultura. Todavia, eles mesmos tentam esconder que se beneficiam da norma que tanto criticam. Exemplo é o Veio da Havan, que teve isenção por R$ 6 milhões aportados em projetos da Rouanet nos últimos dois anos. Luciano Hang gosta de um bom negócio para ele. Quando envolve os outros, ele acha que é falcatrua. E tudo investido em projetos culturais de qualidade duvidosa.
928 – DEBATES. Jair Bolsonaro, diante da sua crescente impopularidade, está afirmando agora que irá a todos os debates. Todavia, alega não querer que o tema das corrupção de seus filhos esteja na pauta. Neste caso, seu silêncio mostra que ele quer esconder os crimes da família. Ao contrário do processo penal, no processo eleitoral silenciar pode ser a mais eloquente das confissões.
927 – QUEIRODES DESPEITADO. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já está sendo chamado de Marcelo Queirodes por sua ostensiva conduta de boicote à vacina infantil, seja exigindo prescrição médica, seja designando audiência pública sobre o tema, seja adotando outras medidas protelatórias. Depois tudo isso, ele ainda se arvora no direito de criticar o governador Dória, de São Paulo, por ele correr para vacinar os infantes tão logo chegaram as doses ao seu estado. Ora, pode-se ter todas as diferenças com Dória, mas ele está certíssimo em agilizar o processo. O Queirodes ficou despeitado. E sem motivo. Afinal, não tem o direito de exigir que outros prevariquem como ele faz. E ainda diz que o governador faz palanque com "vacinas do governo". Ora de novo, as vacinas são compradas com os tributos dos contribuintes. O governo federal não tem recursos próprios, apenas usa e abusa do dinheiro alheio.
926 – VOLTA PRA QUÊ?. Os bolsonaristas já estão colocando água no feijão porque o Abraham Weintraub, o fanfarrão que foi ministro da Educação, afirmou que está voltando para o Brasil. E, como um perfeito lunático, diz, no seu melhor estilo de insignificante que se atribui mais valor do que tem, que está voltando para lutar: ""Não vim para jogar o jogo, vim para lutar". Como se ele fizesse alguma diferença. Talvez faça para Jair Bolsonaro, que gosta de se cercar de corruptos e de nulidades.
925 – POSTINHO IPIRANGA. Jair Bolsonaro publicou um decreto retirando de Paulo Guedes a palavra final sobre remanejamento de verbas no âmbito dos ministérios. Agora, esse papel do Ministério da Economia precisa ter, nas decisões, a anuência da Casa Civil, dirigida por Ciro Nogueira (PP-PI), expoente do Centrão, que amplia seu poder no governicho bolsonarista. Para quem não lembra ou não sabe, Ciro Nogueira é o mesmo que assumiu o ministério e deixou a mãe no cargo de senador.
924 – RECORDISTA. Um levantamento de especialistas apontou que Jair Bolsonaro é o recordista em decretos e medidas provisórias nos seus dois primeiros anos de governo. Foram 939 decretos contra 766 de Lula, 753 de FHC e 460 de Dilma. Já as MPs chegaram a 156 e constituem 75% das suas propostas legislativas. Isso mostra que seu governo não tem apreço pela forma tramitação usual de uma proposição, preferindo ferramentas que favoreçam sua visão autoritária de governar.
923 – BOM ATENDIMENTO. Em entrevista à rádio Jovem Pan (Que coincidência!), Jair Bolsonaro afirmou que o parlamentar está bem atendido por seu governo. Claro, com orçamento secreto de R$ 16 bilhões só pode estar mesmo. Quem não está bem atendido é o povo, que não consegue mais pagar a conta de luz, comprar um botijão de gás ou um quilo de carne, entre outros itens. Bolsonaro se vendeu ao Centrão e ainda pagou e paga caro por isso. Só que compra gente indecente com dinheiro público. O balcão das negociatas está ativo.
922 – REAJUSTES DIRECIONADOS. Jair Bolsonaro aventou a possibilidade de conceder reajuste apenas para determinadas categorias da segurança pública, como Polícia Federal e PRF, discriminando os demais servidores federais. Foi o que bastou para que os demais, da Receita Federal e do Banco Central, entre outros, iniciassem uma rebelião, inclusive com a ameaça de movimentos coletivos. Diante disso, Bolsonaro se borrou e não está confirmando o aumento. Aliás, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, sugeriu a ele que cancele a medida. Essa discriminação, que se consubstancia no fato de que o funcionalismo está com seus salários defasados há cinco anos, se efetivada, vai causar ainda mais confusão num setor que é estratégico para a população em diversos segmentos, como no SUS. Bolsonaro, como sempre, agiu contra a população para proteger sua base de apoio.
921 – INFLAÇÃO RECORDE. A inflação oficial, medida pelo IPCA, fechou 2021 em 10,06%, a maior alta desde 2015. Entre os itens mais determinantes para esse incremento, estão a gasolina (47,49% no ano) e o etanol (62,23%), ambos da base da formação de preços. Interessante é que se trata de uma inflação advinda de uma dolarização e não do aumento do consumo, como seria de se esperar. Isso mostra a tragédia em que se transformou esse governo, no qual o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, fica mais rico no exterior à medida que os brasileiros ficam mais pobres e carentes internamente. Todavia, sempre haverá quem justifique tudo. Esses dias, ouvi um bolsonarista proferir uma pérola: "Eu não sei por que o pessoal se queixa do aumento da gasolina. Para mim, não aumentou nada: sempre coloco R$ 50".
920 – ÍNDIOS. Após 22 meses, quase 900 óbitos e milhares e milhares de infectados, o governo afirma que vai cumprir as determinações do STF. Está anunciando a criação de um um comitê de enfrentamento à Covid-19 com foco nos povos indígenas quase dois anos depois do início da pandemia. Só o protelamento já diz tudo sobre a política criminosa e genocida desse governo cúmplice do coronavírus.
919 – RECUO. O boquirroto Jair Bolsonaro agora alega que não acusou Barra Torres, presidente da Anvisa de corrupção. Não tem coragem de manter o que disse. Todavia, na mesma entrevista afirmou: ""Eu não quero dizer aqui, acusar a Anvisa de absolutamente nada, agora que tem uma coisa acontecendo, isso não há a menor dúvida que vem acontecendo (...)". O que será que está acontecendo e que Bolsonaro não sabe? No passado, ele já foi o último a saber.
918 – VETO À NEGOCIAÇÃO. Jair Bolsonaro veio com aquela balela eleitoral de tirar o governo do cangote do empresários. Pelo jeito, isso só vale para tubarões amigos, como o Veio da Havan. Ele vetou integralmente o projeto que previa a criação de um programa de renegociação de dívidas para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte enquadrados no Simples Nacional. Fala uma coisa e faz outra, sempre contrariando os interesses dos pequenos para atender aos grandes da elite econômica.
917 – LIÇÃO MORAL. O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), general Antônio Barra Torres, reagiu de forma contundente às desconfianças lançadas por Jair Bolsonaro contra a agência por conta de sua posição favorável à imunização de crianças com idades entre cinco e 11 anos. Barra Torres defendeu sua própria trajetória como ilibada, reafirmou sua lealdade à ciência e disse que, se Bolsonaro sabe de alguma ilegalidade, deveria reportar às autoridades competentes, sob pena de prevaricação. Deu uma dura lição no tresloucado Capitão Cloroquina.
916 – VAZAMENTO CRIMINOSO. A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) vazou no WhatsApp os dados pessoais de três médicos que participaram de uma audiência pública sobre imunização de crianças com idade entre cinco e 11 anos. Tudo porque esses profissionais se opuseram à posição do governo federal, contrária à vacinação. E pensar que essa criminosa preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
915 – IGNORADO. Jair Bolsonaro está mesmo a cada dia mais desmoralizado. O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, corretamente, determinou que todos os militares que voltarem ao trabalho comprovem que estão vacinados. E foi além: determinou que eles não propaguem notícias falsas e que devem atuar para que seus familiares não façam o mesmo. Bolsonaro deve estar percebendo que o "seu Exército", como ele gosta de afirmar, não quer continuar associado à sua triste e repugnante figura.
914 – DESÍDIA. Toda a máfia formada por grileiros, mineradores, contrabandistas, desmatadores e assemelhados está recebendo o aval do governo de Jair Bolsonaro para continuar avançando sobre terras indígenas. A mais recente autorização para isso veio de uma determinação governamental para que a Funai não proteja áreas desses povos que não estejam homologadas, o que, aliás, não é feito por desídia desse próprio núcleo miliciano que está no poder. Com isso, cria-se uma licença para matar os índios por meio da destruição de seus habitats. Um dia, Bolsonaro terá que responder por isso na justiça, seja no Brasil, seja no Tribunal Penal Internacional (TPI). O genocida das vacinas e da etnia indígena tem muito por que se preocupar e é por isso que que ele não quer ficar sem mandato. Quer foro privilegiado e imunidade penal.
913 – HERODES. Na sua saga contra a vacinação de crianças de cinco a 11 anos, o Messias que não tem nada de Messias declarou que não sabe de nenhum caso de morte por Covid-19 de crianças nessa faixa etária. Se ele não sabe, não significa que tais mortes não existam, presunção que é típica dos bolsoignaros e assemelhados. Na verdade, já há mais de 330 casos de óbitos de infantes nesse grupo (até 6.1.2022), assim como há mais de 2 mil mortes de crianças, adolescentes e jovens até 19 anos. O instinto assassino do dolo eventual de Bolsonaro a todo momento ameaça a vida e a saúde da população brasileira. Parafraseando Mario Quintana, maltratar as crianças é indício de mau caráter.
912 – SISTEMA. Um dos pontos mais importantes para o combate à pandemia é a informação correta, precisa e célere. Para Jair Bolsonaro não. Ele, que boicotou o combate ao coronavírus sonegando dados sobre a Covid-19, obrigando os veículos de imprensa a formarem um consórcio para levar informações ao público, agora está omisso quanto ao não funcionamento de portais do governo, como o do Ministério da Saúde, que saiu do ar pela ação de hackers e por ora não está sendo atualizado, dificultando as ações de estados e municípios. O país está chegando aos 620 mil mortos e Jair Bolsonaro continua agindo como mandalete da morte, torcendo pelo vírus e dificultando o trabalho de quem quer enfrentar a doença.
911 – RECUSADO. É bom já ir Bolsonaro se acostumando com a ideia de que o mundo civilizado não aceita negacionistas nem charlatões. Novak Djokovic, tenista número um do mundo, acaba de ser barrado na Austrália, onde participaria de um torneio no país. Ele tinha uma permissão especial da assessoria médica dos organizadores do evento, mas que não foi aceita pelo governo australiano, que exigiu a comprovação da vacinação. Bolsonaro costuma quebrar as regras das medidas sanitárias, mas parece que, cada vez mais, a circulação desses boçais e vetores do coronavírus estará sujeita a restrição. Ainda bem.
910 – A FACA. Jair Bolsonaro saiu do hospital e declarou que a facada não foi fake, que a faca entrou. Eu concordo com ele e discordo da tese de um recente documentário sobre o assunto. Assim como a facada não é armação, a Covid-19 não é uma gripezinha e já levou quase 620 mil brasileiros e brasileiras. Assim, como a faca, a morte também entrou nas famílias, levando seus entes queridos, e muito disso se deve à omissão do governo bolsonarista em enfrentar a doença e comprar vacinas.
909 – FIASCO. Com a determinação de protelar ao máximo a vacinação das crianças de cinco a 11 anos, ainda que isso implicasse morte desses menores, o governo federal estabeleceu audiência pública para "ouvir a população" sobre a necessidade de prescrição médica para a imunização, mesmo que a Anvisa, autoridade máxima técnica em termos de saúde, já tivesse se manifestado a favor da vacinação sem essa exigência. O resultado é que o governo, não obstante tenha armado um circo, foi derrotado pelo bom senso das pessoas que se manifestaram nesse processo. A maioria entende que as doses devem ser aplicadas sem a tal prescrição. Outro fiasco e outra derrota do obscurantismo para a ciência, que venceu de novo.
908 – LICENÇAS MORTAIS. O governo de Jair Bolsonaro está colocando por terra um mantra que vem desde os tempos da ditadura militar, o de que as Forças Armadas se preocupam com a preservação da Amazônia. Pois o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), dirigido pelo general Augusto Heleno, deu sete autorizações para mineração de ouro em terras indígenas. Diante da repercussão negativa e pela perspectiva de uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) a partir de uma representação do PSol, o governo revogou as medidas. O genocídio continua, com avanços e recuos, sendo que são incontáveis os avanços e escassos os recuos.
907 – IMÓVEIS. O governo de Jair Bolsonaro publicou na quarta-feira (29/12), no Diário Oficial da União (DOU), uma portaria prevendo critérios para o uso de imóveis funcionais da presidência da República. Nesse texto, que deveria ser de moralização e probidade, está a permissão para que ministros de Estado e o Advogado-Geral da União utilizem os imóveis funcionais ainda que sejam proprietários ou cessionários de residência no Distrito Federal. A mamata não acabou.
906 – UNIVERSIDADES. O Ministério da Educação lançou um parecer proibindo que as universidades exijam dos alunos o passaporte vacinal. Demandado, o STF, por meio do ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a medida não é válida porque as universidades têm autonomia e essa exigência só poderia ser feita por meio de lei. Para variar, Jair Bolsonaro quer facilitar a vida do coronavírus e boicota a vacinação.
905 – PRESA POBRE. Enquanto está comprometido em livrar a cara de Flávio Bolsonaro nas rachadinhas e é um representante de Jair Bolsonaro no STF, o ministro Kassio Nunes Marques manteve a condenação de uma mulher por furto de 18 chocolates e 89 chicletes, avaliados em R$ 50 à época dos fatos, em 2013. Recusou-se a aplicar o princípio da bagatela, que é uma teoria amplamente reconhecida no direito penal. Pelo jeito, ele está mais interessado em aliviar para os crimes de vulto, condenando pobres às agruras da prisão. Todos os delitos da família Bolsonaro contra os cofres públicos (peculato, lavagem de dinheiro, funcionários fantasmas, notas frias, sonegação, diárias superfaturadas, etc.) não aparecem aos olhos do ministro, que tem um olhar seletivo e rigoroso apenas com os mais humildes.
904 – INVESTIMENTO. O governo de Jair Bolsonaro está estudando meios de as pessoas investirem em títulos do tesouro direto. Ora, quem fará isso de sã consciência depois de verificar que os credores judiciais acabaram de levar um calote na PEC dos Precatórios? Sem falar que a União recebe dos contribuintes e não devolve na mesma proporção, como no caso do FGTS e das aposentadorias. Um governo caloteiro não tem moral para contratar com os cidadãos.
903 – RECUSA. Diante da tragédia das inundações na Bahia, à qual se mostrou indiferente, continuando sua estada paga pelos cofres públicos em Santa Catarina, Jair Bolsonaro aprofundou sua omissão ao recusar ajuda de pessoal especializado para esse tipo de sinistro, oferecida pelo governo da Argentina. A fanfarronice que também foi demonstrada diante da assistência prestada pela Venezuela, com médicos e oxigênio durante a pandemia, volta à cena em detrimento dos interesses das famílias atingidas. E também está sendo ingrato com o governador da Bahia, Rui Costa, cuja polícia deu fim providencial ao Capitão Adriano, um homem que sabia tudo das ligações das milícias com a família de Bolsonaro. Está difícil achar sinônimos para as psicopatias do Capitão Cloroquina.
902 – ESCÁRNIO. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o mesmo que já foi funcionário fantasma do gabinete do pai em Brasília, tripudiou em cima da dor da família do cantor Maurílio, que fez dupla com a cantora Luiza. O Bananinha da família associou a hospitalização do cantor à imunização contra a Covid-19 (ele já havia tomado as duas doses). Ocorre que o artista, que faleceu nesta quarta, 29.12.2021, de acordo com o diagnóstico médico, morreu de tromboelismo pulmonar, uma doença para a qual já tinha uma predisposição genética. Além de desrespeitarem a memória das vítimas e o luto da família, agora os bolsonaristas deram para isso: culpar as vacinas pela morte de qualquer pessoa imunizada. Fácil, né? Esse nexo causal sem nexo é mais uma demonstração da mente doentia e oportunista dessa súcia desprovida de qualquer vestígio de compaixão pela adversidade alheia.
901 – CALOTE NAS FAMÍLIAS. Jair Bolsonaro havia prometido que, com a aprovação da PEC do Calote, ampliaria já em dezembro o número de famílias que receberiam o tal Auxílio Brasil de 14,5 milhões para mais de 17 milhões. Também prometeu que quem tivesse recebido menos do que os R$ 400 em dezembro teria um complemento retroativo a novembro. Pois bem, a PEC passou e agora o governo está anunciando que só cumprirá o prometido em janeiro de 2022. Mais um calote nos pobres.
900 – PONTE DO RIO GUAÍBA. Alguns bolsonaristas na época ficaram indignados quando apontei que a Ponte do rio Guaíba, em Porto Alegre, foi inaugurada inconclusa. Não só foi como continua incompleta dois anos depois de sua inauguração. Matéria do jornal Correio do Povo, de 26.12.2021, mostra que, das sete alças de travessia previstas, apenas três foram entregues. Sem falar que Bolsonaro estava lá de chupim, uma vez que foi Dilma Rousseff quem impulsionou a construção. Independentemente da opinião que se possa ter do governo dela, isso é um fato. Bolsonaro como administrador é um rematado farsante.
Em tempo: o Guaíba é rio. Quem acha que é lago está, talvez sem querer, apoiando a especulação imobiliária, já que o rio tem, em tese, uma maior proteção ambiental.
899 – CRIANÇAS EM PERIGO. O governo de Jair Bolsonaro segue na sua senda homicida de colocar a população em risco e isso é ainda mais grave quando se trata de crianças. Já faz cinco meses (estamos em 28.12.2021) que o Plano Nacional de Imunizações (PNI) está sem coordenador e, desde então, pela falta de implementação das políticas públicas e dos recursos adequadamente, nenhuma vacina para menores de um ano atingiu a meta. Além do desleixo governamental, somam para isso as notícias falsas estimuladas por estruturas paralelas ligadas ao bolsonarismo, como a central de boatos do Carluxo, o que leva pais desinformados a deixar seus filhos indefesos. Mais um crime cometido por um governo insano e desmedido em sua psicopatia.
898 – DEFESA GOURMET. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Ministério da Defesa desviou recursos do destinados ao combate à pandemia para adquirir itens de luxo e não essenciais, como filé mignon e picanha, além de itens como bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas. Vamos repetir: dinheiro que deveria ser empregado para enfrentar a Covid-19. Trata-se de uma cretinice de um governo que adiou o quanto pôde a compra de vacinas e que está sempre dizendo que são os outros entes federados que gerenciam mal as verbas do erário. Claro que não compraram alfafa para o gado, que, mesmo assim, vai dizer que isso é uma campanha orquestrada pela mídia contra o Capitão Cloroquina.
897 – R$ 5 MILHÕES. As motociatas eleitorais de Jair Bolsonaro já custaram ao menos R$ 5 milhões aos cofres públicos, sendo que o valor total ainda não está contabilizado. Isso mostra desprezo pelos recursos do erário, usados para atender aos interesses escusos de um governante inepto e ocioso.
896 – MÁ VONTADE. Diante da derrota do candidato de direita no Chile, José Antonio Kast, pelo jovem de esquerda Gabriel Boric, Jair Bolsonaro recusou-se a cumprir o protocolo da boa diplomacia. Não cumprimentou o vencedor e mandou que o Itamaraty fizesse isso por ele. Nos tempos de Donald Trump, bastava ele espirrar nos EUA para Bolsonaro exclamar "Saúde!" aqui. Parece que o mapa da direita no mundo está encolhendo rapidamente.
895 – EXIGÊNCIAS ABSURDAS. Na sua saga de boicotar as vacinas também para as crianças de cinco a 11 anos, o governo Jair Bolsonaro anunciou que o Ministério da Saúde vai exigir prescrição médica e termo assinado dos pais para a imunização. Ora, com a dificuldade que as famílias pobres têm de acessar um médico no SUS, principalmente pediatra, isso na prática significa impedir que seus filhos e filhas possam se imunizar contra a Covid-19. Trata-se de uma prática criminosa que certamente vai resultar em mais mortes e lutos nesse segmento tão vulnerável.
894 – AUDIÊNCIA PÚBLICA. Chega a ser macabra a decisão do governo de Jair Bolsonaro de submeter a audiência pública a vacinação de crianças de cinco a 11 anos, com a participação de leigos e de bolsonaristas. Até agora, quase 1.200 crianças já morreram por infecção da Covid-19. Trata-se de uma decisão técnica da Anvisa amparada nos melhores protocolos implementados em diversos países desenvolvidos. Na verdade, tudo o que Bolsonaro parece querer é ampliar o número de mortos e, depois, bem no seu estilo, terceirizar a culpa. Ainda bem que a população brasileira não cai nessa nessa e está pressionando por essa imunização. Nossas crianças merecem ser (e bem) protegidas.
893 – MILHÕES E BILHÃO. A pedido de Jair Bolsonaro, sua base aliada conseguiu no Congresso a aprovação de um orçamento para 2022 que garante apenas R$ 44 milhões de investimentos e R$ 1,7 bilhão de reajuste para policiais da esfera federal, base de apoio do Capitão Cloroquina. Isso mostra bem que o interesse público está submetido aos interesses corporativos desse governo que, de patriótico, não tem nada.
892 – EX-GURU. O astrólogo Olavo de Carvalho entrou para o rol dos descontentes com Jair Bolsonaro. Afirmou que nunca foi guru de Bolsonaro, que só se encontrou com ele quatro vezes, que seus amigos no governo foram demitidos, que o Capitão Cloroquina está fazendo tudo errado e que foi usado como garoto propaganda. Essa briga está boa de ver e tomara que continue. A direita raivosa está ficando mais raivosa ainda. E nervosa. Deve ser pela perda de apoio e pela propaganda enganosa. Bolsonaro x Olavo de Carvalho: vou olhar de camarote e torcer contra os dois.
891 – DESVASTAÇÃO. O desmatamento na Amazônia de janeiro até novembro foi o maior da última década. Somente em novembro de 2021, o desmatamento da floresta chegou a 480 km² de floresta nativa, uma área próxima do tamanho de Porto Alegre. A maior parte dessa depredação ocorreu no Pará (60%), seguido por Mato Grosso (11%) e Rondônia (9%). Os dados são do instituto Imazon e mostram que o governo de Jair Bolsonaro, pela omissão na vigilância e fiscalização, está em conluio com a súcia dos malfeitores que estão destruindo esse patrimônio da humanidade.
890 – DIREITOS AMEAÇADOS. Jair Bolsonaro vive repetindo o mantra direitista de que os trabalhadores têm direitos demais e os empresários obrigações excessivas. Pois agora, quando o país têm mais de 14 milhões de desempregados e outros tantos milhões de desocupados, Bolsonaro está empenhado em retirar dois benefícios dos mais pobres no país: a multa de 40% na demissão sem justa causa e o seguro-desemprego. Essas duas propostas estão incluídas no rol de um estudo solicitado por ele ao Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), formado por economistas ultraliberais que estão dando suporte a esse governo fascista e sanguessuga.
889 – TRANSPARÊNCIA. É risível e ofensivo ao bom senso o argumento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para apoiar a decisão de Jair Bolsonaro de divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa que levaram o órgão a apoiar a vacinação de crianças entre cinco e 11 anos. Ele alega transparência. Tudo o que Bolsonaro gosta mesmo é de ocultar o que não lhe interessa, como nos casos em que decretou sigilo, como nas negociações para liberar o médico Victor Sorrentino, preso por assediar uma mulher no Egito, e Eduardo Pazuello, o ex-ministro que foi inocentado num processo do Exército e ao qual a imprensa não tem acesso. Tudo o que esse governo defende é sempre de ocasião, aquilo que mais serve aos seus interesses escusos.
888 – DECISÕES JUDICIAIS. Duas decisões judiciais mostram que Jair Bolsonaro está longe de poder tudo, como ele desejaria. A primeira, da ministra Rosa Weber (STF), suspendeu o decreto presidencial que reduziu a participação da sociedade civil no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A segunda, da juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, afastou a diretoria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra, por ter sido nomeada por Bolsonaro como forma de favorecer o Veio da Havan em uma obra de suas lojas no interior do RS. O golpista está a cada dia sendo derrotado pela nossa frágil democracia, que ele não conseguirá boicotar para garantir sua impunidade.
887 – SUSPENSÃO DE COMPRA. Seis redes de supermercados europeias decidiram não mais comercializar carne bovina fornecida pela empresa brasileira JBS por conta de essa produção advir da criação de gado em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia para fins de pecuária. A medida atende a um apelo de segmentos defensores da floresta e mostra que o governo de Jair Bolsonaro não está nenhum pouco comprometido com a preservação do meio ambiente e das áreas de preservação. Tanto que desmontou a estrutura de fiscalização. Todavia, num esforço comum entre ecologistas, ONGs e segmentos comprometidos com esse território vital para o equilíbrio da vida no país e no planeta, as sanções estão sendo implementadas e os grileiros e desmatadores não terão vida fácil nessa empreitada criminosa, não obstante o apoio do governo bolsonarista.
886 – FAMÍLIA BARRADA. O secretário da Cultura, Mario Frias, está indignado e inconsolável porque sua mulher e filha de 10 anos foram barradas em um hotel no Rio de Janeiro por falta do passaporte vacinal, ou seja, a mãe não comprovou que está devidamente vacinada. Em mais um dos seus chiliques, ele afirmou que vai processar o estabelecimento. Era só o que faltava, o infrator usar da própria torpeza para colocar as pessoas sob risco de vida e ainda querer receber indenização por isso.
885 – FMI. O ministro Paulo Guedes, no melhor estilo do Capitão Cloroquina, resolveu gargantear em cima do episódio da retirada do escritório do FMI. Ele alega que a instituição é contrária aos interesses do país por ter previsto uma queda no PIB brasileiro de 10% e do PIB inglês de 4%, sendo que os resultados acabaram invertidos, com o PIB brasileiro caindo 4% e o inglês 9,2%. Todavia, para variar, a história está adulterada. Essa previsão foi feita ANTES da instituição do auxílio emergencial, medida que o governo de Jair Bolsonaro tentou boicotar opondo-se ao distanciamento social. Mais uma invencionice de um ministro que, com seu dinheiro em paraíso fiscal, fica mais rico todos os dias, remunerado pela cotação do dólar, enquanto o povo brasileiro fica mais pobre.
884 – INTIMIDAÇÃO. Dentro do seu estilo miliciano, Jair Bolsonaro pediu os nomes dos integrantes do corpo técnico da Anvisa que aprovaram a vacina para crianças a partir dos cinco anos. Trata-se de ameaças visando à intimidação dos especialistas que estão esposando um entendimento adotado pela ciência no mundo todo. Essa prática de sabotagem só serve para mostrar que Bolsonaro é um sádico a incentivar mortes com sua omissão criminosa.
883 – VISTAS. O ministro Kassio Nunes Marques, um enxerto colocado por Jair Bolsonaro no STF, continua agindo como serviçal do chefe. Agora, pediu vistas para interromper o julgamento de uma liminar concedida pelo ministro Luis Roberto Barroso obrigando o governo a exigir o passaporte vacinal nos aeroportos. A liminar de Barroso continua valendo, mas o governo quer adiar o desfecho e a prolação do acórdão para tentar não cobrar o comprovante de vacinação alegando que precisa de mais informações de uma decisão que ele mesmo está protelando para 2022. Tudo para tentar deixar o país à mercê de quem pretende entrar em território nacional sem comprovar que não está contaminado. O Capitão Cloroquina quer transformar o Brasil em território livre para o coronavírus e seus hospedeiros.
882 – SURRA. Traído pelo governo de Jair Bolsonaro, o líder governista no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), membro da tropa de choque na CPI da Covid-19, ex-ministro do governo de Dilma Rousseff, levou uma verdadeira surra na tentativa de ser ministro do TCU na vaga reservada ao órgão. O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) recebeu 52 votos, a senadora Kátia Abreu (PP-TO) 19 e Fernando Bezerra apenas 7. Como sempre, Bolsonaro abandona seus colaboradores. A "morte do Bezerra" não teve choro nem velas no Palácio do Planalto.
881 – FAVORECIMENTO. Jair Bolsonaro admitiu que trocou a diretoria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apenas porque o órgão paralisou uma obra do Veio da Havan que estava em desacordo com a preservação de um possível sítio arqueológico em Rio Grande (RS). Essa gente trata o interesse público apenas como uma variante a ser descartada quando se trata de favorecer um sacripanta amigo.
880 – OITIVA. A Polícia Federal intimou Jair Bolsonaro para prestar depoimento num inquérito que investiga a divulgação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e, o mais grave, o vazamento a que ele deu azo em relação a um processo sigiloso do órgão. Causa espécie que ele tenha de responder por afirmações sem sentido em relação ao processo eleitoral que é reconhecidamente seguro enquanto a estrutura digital do governo federal desmorona por conta dos ataques de hackeres que se aproveitam da falta de manutenção e de investimentos em tecnologia. Quanto à oitiva de Bolsonaro, é melhor ele JAIR SE ACOSTUMANDO a ser ouvido pelas forças policiais sobre os inúmeros crimes cometidos durante seu mandato.
879 – O AZARADO. Jair Bolsonaro tripudia em cima da população. Afirmou que teve o "azar" de ganhar as eleições de 2018. Vive agora comendo picanha a R$ 1.800 enquanto o povo passa fome. É muito azar mesmo! Todavia, não deixa de haver um fundinho raso de verdade em tudo isso. Como deputado federal do baixo clero, podia contratar funcionários fantasmas, usar notas frias para ressarcimentos, fazer rachadinhas e embolsar o fundo partidário. Agora, isso fica mais difícil por conta da visibilidade do cargo. Coisa bem humana essa saudade das falcatruas que não eram descobertas.
878 – HOSTILIDADES. A segurança de Jair Bolsonaro e os seus apoiadores são muito valentes contra repórteres indefesos. Mais uma vez, equipes da imprensa (TV Globo e SBT) foram agredidas ao cobrir a visita do presidente a áreas alagadas no extremo-sul da Bahia. Quem não gosta da imprensa quando ela apenas faz seu trabalho bom sujeito não é.
877 – INSINUAÇÃO. O Capitão Cloroquina não se cansa de fazer das suas na tentativa de boicotar a vacinação. Agora, sem qualquer base científica, afirmou que as vacinas contra a Covid-19 podem causar efeitos colaterais graves como trombose e embolia. O charlatão não se conforma que sua tese de imunidade de rebanho tenha sido derrotada pela adesão massiva do povo brasileiro à imunização.
876 – FILTRO. O ministro Luis Roberto Barroso, do STF, determinou a adoção do passaporte das vacinas nos aeroportos do país, acolhendo o pedido de uma ação impetrada pelo partido Rede. Infelizmente, foi preciso judicializar uma questão referente à vida dos brasileiros porque o governo federal parece querer que o país seja terra livre para o coronavírus. O bolsonarismo é um bolsão do atraso e faz lembrar tempos sombrios em que médicos, por exemplo, se recusavam a lavar as mãos para realizar um parto. Qualquer semelhança com o que defende Bolsonaro parece estar longe de ser mera coincidência.
875 – CONECTE SUS. O aplicativo Conecte Sus e outros saites do Ministério da Saúde sofreram ataque de hackers e as pessoas estão sem acesso aos seus dados e aos comprovantes de vacinação. Isso só serve para demontrar o descaso do governo de Jair Bolsonaro com os serviços básicos em áreas sensíveis, além da indiferença com a privacidade dos brasileiros. A falta de investimentos em segmentos relevantes é danosa para o futuro do país. É como se estivéssemos andando de trator enquanto outras nações já desenvolvem o carro voador. Sem falar no descumprimento da Lei de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/18). Bolsonaro não serve nem para ser tachado de conservador, que é quem é contra as mudanças e tenta manter o status quo. Ele é um atrasador-geral do Brasil, além de ser seu foco se livrar de eventuais punições por seus delitos.
874 – CORPORATIVISMO. Em discurso na Solenidade Alusiva ao Dia Internacional Contra Corrupção (Que ironia!), no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro afirmou que lhe doeu a prisão do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), preso pelo STF por ameaça e apologia ao crime e com a prisão CONFIRMADA pela Câmara dos Deputados. Interessante é que o Capitão Cloroquina desdenha dos mortos pela Covid-19, bem como de suas famílias, e se solidariza com um delinquente da sua base de apoio parlamentar.
873 – CNN. Declaração de Jair Bolsonaro à CNN: "Ninguém pode estar acima da Constituição". E tentar golpe pode?
872 – DELIRANTE. Em entrevista ao jornal chapa-branca Gazeta do Povo (8.12.2021), Jair Bolsonaro voltou a se queixar da atuação do ministro Alexandre Moraes, do STF, que abriu novo inquérito para investigar suas declarações de que as vacinas causam Aids (olhem o nível do ignaro). Também reclamou da prisão de Zé Trovão e do blogueiro monetarista Allan dos Santos. Ora, a prisão do dublê de caminhoneiro foi confirmada pela 1ª Turma do STF e o ministro citado até se absteve. Bolsonaro voltou a falar de avanços sobre as quatro linhas da Constituição, numa retomada de referências chãs e já derrotada em suas emulações golpistas. Aliás, Bolsonaro nem tem do que se queixar do Supremo. É graças a ele que as investigações das rachadinhas de Flávio Bolsonaro voltaram ao marco zero. Seus delírios mostram o descompasso entre o racionalismo do cotidiano e o empirismo de quem deveria estar sedado a fim de ser paulatinamente reintegrado à realidade.
871 – CAPES. Já chega a 114 o número de pesquisadores que pediram demissão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação. O boicote de Jair Bolsonaro à ciência e à pesquisa está colocando o Brasil na rabeira do mundo no tocante à produção científica e aos requisitos para seu desenvolvimento.
870 – CINISMO. Ao comunicar que o governo federal não vai adotar o passaporte da vacina e que não vacinados vão poder entrar no país com a menor quarentena do mundo (e sem fiscalização, claro), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga saiu-se com a pérola emprestada de Jair Bolsonaro de que, às vezes, é melhor morrer do que perder a liberdade. Ironicamente, com mais de 615 mil mortes no portfólio, esse governicho quer dar uma ideia de que a morte é uma opção, uma coisa heroica, e não fruto de sua omissão criminosa. Na verdade, quando se perde parte da liberdade individual em prol da liberdade coletiva, do direito à vida, afasta-se o risco da morte. É o contrário. Contudo, como explicar isso para gente mórbida e sociopata?
869 – DISCURSO MUDADO. Depois de três anos dizendo que não há corrupção em seu governo, Jair Bolsonaro foi golpeado pela realidade e teve que admitir que ela "pode" existir no seu mandado. Pode, não, Capitão Cloroquina. A gente sabe que existe. E as evidências são robustas. Só falta agora informar aos seus eleitores que a mamata não acabou.
868 – SÓ PRA INCOMODAR. O que os bolsonaristas chatearam com a ladainha do voto impresso, lançando desconfiança, foi de afrouxar a rebimboca da parafuseta. Contudo, comprova-se mais uma vez que tudo o que eles queriam era incomodar, desacreditar as instituições. Diante dessas críticas, ainda que desprovidas de fundamento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou que Jair Bolsonaro e seus representantes tivessem acesso total aos códigos-fonte das urnas eletrônicas. Perguntem se Bolsonaro enviou alguém para acompanhar os procedimentos? A resposta é não. O boquirroto-mor queria apenas fazer mais uma das suas patacoadas.
867 – O GENERAL E O GARIMPO. Cada vez mais, o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), vai ficando desmoralizado no governo de Jair Bolsonaro. Depois de ironizar o Centrão, ao qual hoje está vinculado, e de ficar omisso perante as intervenções indevidas do presidente nas instituições de segurança, entre outras impropriedades, agora sabe-se que ele autorizou o garimpo em sete áreas protegidas da Amazônia por meio de mero decreto emitdo pelo seu órgão no Conselho de Defesa Nacional (CDN). Quem deveria proteger as populações indígenas é o primeiro a agredir suas terras e seu ecossistema. Essa gente se une contra quem precisa ser defendido.
866 – ACABOU A MAMATA?. O deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-AM) aparece em imagens obtidas numa operação da Polícia Federal queimando calorias. Ele estava carregando caixas com maços de dinheiro em seu escritório situado em São Luís, no Maranhão. O dinheiro provém das falcatruas realizadas nas emendas parlamentares, aquelas que Jair Bolsonaro usa para comprar o Centrão. Não por acaso, ele é do mesmo partido em que Bolsonaro escolheu para se filiar. Os sacripantas são corporativos.
865 – MERCÚRIO. Aos olhos do país e do mundo, o governo de Jair Bolsonaro está cometendo um genocídio contra os povos indígenas, principalmente contra os yanomamis. A omissão na fiscalização e o incentivo ao garimpo ilegal têm feito com que as áreas ocupadas pelos índios fiquem com seus cursos de água contaminados pelo mercúrio, gerando mortes e danos irreversíveis. Bolsonaro é um assassino e chefe de uma associação criminosa que quer saquear a Amazônia e é preciso detê-lo e responsabilizá-lo por seus crimes.
864 – PIB-. Diante do PIB negativo, que recuou 0,1% no primeiro trimestre, o ministro Paulo Guedes, da Economia, mostrou-se como um paspalho boquirroto. Afirmou que o Brasil está crescendo "de novo" e que o crescimento econômico "está contratado". Só faltou combinar com os russos.
863 – CONSTRANGIMENTO. No ato de filiação de Jair Bolsonaro, o senador das rachadinhas, Flávio Bolsonaro, causou constrangimento em falar de um certo "ex-presidiário". Ocorre que ao seu lado estava um notório ex-presidiário, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, julgado e condenado no mensalão. O bolsonarismo, à medida que declina, vai se tornando cômico e picaresco.
862 – SUPERFATURAMENTO. Com as pesquisas indicando quedas vertiginosas de Jair Bolsonaro, que corre o risco de nem ir para o segundo turno, isso se concorrer, mostra que o Centrão começa a custar mais caro, como no caso do orçamento secreto. Quem paga é o já surrado contribuinte. Bolsonaro assinou ficha no PL e, como Valdemar Costa Neto não prega prego sem estopa, já foi obrigado a assinar as promissórias e as debêntures para o partido.
861 – LADEIRA ABAIXO. Pesquisa do Atlas Político divulgada na terça-feira, 30.11.2021, mostra que tão somente 19% aprovam o governo de Jair Bolsonaro, o pior percentual desde sua posse. E pensar que não poucos bolsonaristas acreditam na sua reeleição no primeiro turno. Aliás, eles podem alegar manipulação das pesquisas, mas o fato é que, mesmo em tempos melhores, Bolsonaro sequer conseguiu formar seu próprio partido, o Aliança Brasil, por falta de adesões. Sem esquecer que a desidratação eleitoral da família já começou: o Carluxo caiu de uma votação de 106 mil votos para 70 mil na mais recente eleição municipal no Rio de Janeiro. Tudo indica que o universo da terra plana não está mais disposto a conspirar a favor do projeto bolsonarista de poder e de impunidade.
860 – BANDA PODRE. Os bolsonaristas estão sempre se queixando do Supremo Tribunal Federal (STF), mas é exatamente a banda podre do órgão que está dando a maior força para impedir a investigações das rachadinhas de Flávio Bolsonaro. A Segunda Turma, com votos de Gilmar Beiçola Mendes, Ricardo Lewandovski (o que salvou a Dilma de sanção no impeachment) e Nunes Marques, pau-mandado de Jair Bolsonaro, determinou foro privilegiado para o Flavinho e ainda anularam as provas obtidas pelo Ministério Público. Essa turma deveria se chamar a Segunda Súcia do STF.
859 – MORO. Em algum momento de sua esquálida compreensão política, mais precisamente no sete de setembro, Jair Bolsonaro achou que poderia dar um golpe e então enfeixar o poder necessário para sua impunidade. Não conseguiu e, a partir daí, começou a virar um biruta de estacionamento. Agora, quando as pesquisas indicam que está em queda livre, surge Sérgio Moro, um bolsonarista de primeiro escalão, para seduzir seu eleitorado em constante flerte com qualquer candidato que chute o cocho onde lhes vai faltar comida e outros itens essenciais. O destino de corno de Bolsonaro parece inexorável, uma vez que seus eleitores indicam estar ávidos para trocar de capitão do mato.
858 – DETIDA. Uma mulher foi presa após xingar o presidente Jair Bolsonaro em Resende (RJ), para onde ele se deslocou a fim de participar de uma cerimônia de formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Ocorre que, em vez de fazer somente o que estava previsto, resolveu, antes do evento, provocar os motoristas na margem da Via Dutra com acenos não solicitados. O resultado não poderia ser outro. Muitas pessoas, inconformadas pela sua presença atrapalhando o trânsito, começaram a lhe dirigir adjetivos e expressões. Uma delas foi "Bolsonaro filho da puta", emitida por essa respeitável senhora, que apenas foi portadora de uma mensagem que milhões de brasileiros e brasileiras gostariam de dirigir ao principal mandatário da nação. Acabou sendo presa pela PRF e vai responder por delito contra a honra. Espera-se que o Judiciário venha a entender que a acusada praticou crime impossível.
857 – DEPUTADA SENSÍVEL. Eu quase fui às lágrimas ao assistir à deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) justificar sua proposta de reduzir a idade de aposentadoria dos magistrados dos tribunais superiores de 75 anos para 70 anos. Ela afirmou que quer permitir que os magistrados que estão em instâncias superiores tenham mais oportunidades de ascender aos cargos mais elevados. Sim, esse segmento tão vulnerável precisa ser protegido. Agora só falta ela continuar nessa agenda sensível e preocupar-se com os pobres que estão procurando comida no lixo, comprando ossos ou trocando o fogão a gás pelo fogão a lenha ou fogo de chão para cozinhar o que conseguem para aplacar a fome. Como é lindo ver Jair Bolsonaro e Bia Kicis com tão apurada predileção social pelos mais necessitados.
856 – PEC DO NORONHA. A par da PEC da Bengala, os bolsonaristas estão impulsionando no parlamento uma proposta de emenda constitucional (PEC), apresentada pelo deputado federal Cacá Leão (PP-BA), que amplia de 65 anos para 70 anos a idade para indicados ao STF. Isso permitiria, por exemplo, a indicação de João Otávio Noronha, do STJ, que tem feito muitos favores jurídicos à família Bolsonaro, notadamente para travar as investigações das rachadinhas de Flávio Bolsonaro. Outros nomes pró-Bolsonaro que poderiam ser indicados são o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, e o ministro Humberto Martins, também do STJ. Para essa gente, o princípio da impessoalidade é revogável diante de suas negociatas e tramoias jurídicas.
855 – TURISTAS. O governo de Jair Bolsonaro não se cansa de facilitar a vida do coronavírus. Enquanto continuam morrendo pessoas com Covid-19 no país (foram mais de 200 nesta quinta, 25.11.20210), o ministro da Justiça, Anderson Torres, é contrário à exigência de passaporte da vacina para turistas que ingressarem no país, medida recomendada pela Anvisa. Por sua vez, num tema tão sensível, o Ministério da Saúde preferiu ficar em silêncio. Bolsonaro não se conforma que o Brasil tenha avançado na vacinação e enterrado sua tese da imunidade de rebanho. Agora, quer trazer gente de fora sem o ciclo vacinal completo. E depois não quer ser chamado de genocida.
854 – SIGILO BOLSONARISTA. Depois de a ministra Rosa Weber, do STF, determinar a suspensão do orçamento secreto firmado entre Jair Bolsonaro e o Centrão, além da divulgação dos nomes dos parlamentares beneficiados, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entraram com um pedido bastante insólito no órgão. Eles querem que a transparência se dê daqui para a frente e que as informações referentes aos anos de 2020 e 2021 permaneçam ocultas. A alegação é que tais destinações, as emendas de relator, foram feitas sem regras prévias e que, existindo tal regramento a partir de agora, com uma resolução a ser votada no parlamento, a obrigação seria somente a partir de sua aprovação. Essa gente pensa que as pessoas são tolas e que os fatos podem ser manipulados. Não houvesse leis sobre o tema, e há, basta que se invoquem os princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da moralidade e da eficiência. Pacheco e Lira parecem querer declarar o Congresso Nacional como área livre de cumprimento da Constituição federal.
853 – MÉRITO LEGISLATIVO. Jair Bolsonaro recebeu do presidente da Câmara, o bolsonarista Arthur Lira (PP-AL), a medalha Mérito Legislativo. Ora, bem se vê que essas condecorações são fajutas. Mérito legislativo Bolsonaro não tem nenhum. Em 28 anos como deputado federal, apresentou apenas 170 projetos, o que dá a média de seis por ano, tendo aprovado apenas dois. Isso só mostra que rachadinhas, funcionários fantasmas, dinheiro do fundo eleitoral tomaram muito tempo da sua atividade parlamentar.
852 – INVASÃO. A destruição do meio ambiente e o massacre dos povos indígenas têm sido uma constante no governo de Jair Bolsonaro. No mais recente episódio dessa omissão governamental, garimpeiros invadiram o Rio Madeira com 300 balsas para extração de ouro em território dos índios. Tudo com a conivência do governo de Jair Bolsonaro, que operou vergonhoso desmonte dos órgãos de fiscalização no intuito de favorecer os criminosos. "Onde houver crime, que eu leve o apoio", pensa Bolsonaro.
851 – PODE ISSO, NORONHA?. Quem não tem respostas a dar, precisa embolar o meio-campo. É isso que Flávio Bolsonaro faz o tempo todo com suas tentativas de melar as investigações de suas falcatruas, contando sempre com a mão amiga de algum membro do Poder Judiciário. Desta vez, a ajuda veio do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), bolsonarista-raiz, que decidiu que o Ministério Público do Rio de Janeiro terá que apresentar nova denúncia contra o parlamentar das rachadinhas. Tudo porque o próprio órgão já havia descartado provas, favorecendo o senador. "Pode isso, Noronha?"
850 – PEC DA CANALHICE. A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) apresentou uma proposta de emenda constitucional (PEC) que diminui a idade para aposentadoria dos ministros do STF de 75 anos para 70 anos. O resultado prático disso seria que Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, de 73 anos, se aposentariam e Jair Bolsonaro poderia nomear mais dois ministros que o ajudariam a aparelhar o órgão e a garantir sua impunidade por diversos crimes cometidos. Um dos motivos da apresentação dessa PEC é que o STF barrou o orçamento secreto, pelo qual o governo escolhe de quais deputados vai executar as emendas, criando um balcão de negócios com o Centrão. O Capitão Cloroquina quer solapar as instituições e avançar no sentido do totalitarismo político e familiar. Isso é sua vontade, mas não vai vingar. Seus delitos só ficarão impunes se houver prevaricação futura.
849 – COMPARAÇÃO. Para Jair Bolsonaro, uma coisa pode ser uma coisa e outra coisa pode ser a mesma coisa. É com esse espírito de má-fé que ele está lançando deliberadamente a confusão entre um aplicativo contratado pelo PSDB para suas prévias e as urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral. São dois sistemas completamente diferentes, a começar pelo fato de que as urnas das eleições não se valem da Internet. Se o homem é a medida de todas as coisas, como dizia o filósofo Protágoras, Bolsonaro é a medida de todos os mentirosos do mundo.
848 – TROCA-TROCA. Jair Bolsonaro está jogando mais uma cartada pela sua impunidade e de sua família organizada. Está indicando o ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), para ocupar a embaixada do Brasil em Lisboa. Com isso, quer emplacar um nome de sua confiança no TCU, órgão onde está sendo investigado por vários delitos, entre eles o uso indevido do cartão corporativo. Com todas as evidências contra ele, Bolsonaro tenta manobras que obstruam as investigações. Aquela máxima de quem não deve não teme não foi recepcionada pelos usos e costumes da escumalha que tomou assento no Palácio do Planalto.
847 – MENTIRA LUCRATIVA. O ministro Paulo Guedes, da Economia, mentiu para ingressar no governo. Ele alegou que não havia nenhum conflito de interesses para atuar na pasta. Todavia, ele omitiu que continuava operando sua empresa em paraíso fiscal por meio de sua filha, Paula Drumond Guedes. Cometeu o crime de falsidade ideológica, delito previsto no artigo 299 do Código de Penal, com pena de um a três anos. Essa mentira, com o aumento do dólar, tem sido muito lucrativa para o patrimônio de sua excelência.
846 – MAQUIAGEM. Na COP26, o governo federal tentou esconder o desmatamento. Solicitando investimentos, sonegou a informação de que havia um documento indicando perdas na Amazônia de 13.235 mil quilômetros quadrados, a maior dos últimos 15 anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa informação era de 27.10.2021 e foi mantida em sigilo até depois do evento, que terminou em 13.11.2021. No mundo paralelo dos bolsonaristas, a floresta continua intacta e os grileiros e desmatadores são ecologistas.
845 – A LOUCA E O GENERAL. Em uma entrevista à IstoÉ, a ex-apoiadora de Jair Bolsonaro Sara Winter afirmou que foi incentivada pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança, general Augusto Heleno, a direcionar as ações do seu grupo golpista “Acampamento dos 300" contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa fatia bolsonarista do Exército flerta com o golpe e com a insanidade, haja vista dar credibilidade para uma doida perdida e seus seguidores tresloucados.
844 – REAJUSTE. De repente, Jair Bolsonaro veio com uma história de que, passando a PEC do Calote no Senado, ele poderia conceder algum reajuste para os servidores públicos. Todavia, agora está ficando mais claro o que ele pretende. Não é para o conjunto do funcionalismo, que está há anos sem aumento. É para as categorias que ele quer ter como sua base de apoio, os policiais federais, os policiais rodoviários federais e os policiais penais. Ou seja, quer agradar aqueles de uma área que ele diz defender, embora seja muito ligado aos milicianos. Proposta totalmente inconstitucional, mas, no Brasil, resolução e orçamento secreto valem mais que a Constituição quando a elite assim o deseja. Os demais servidores que elegeram Bolsonaro deverão ser reajustado por ocasião da implementação das calendas gregas.
843 – NA PARCERIA. O ministro Kássio Nunes Marques, do STF, concedeu habeas corpus para o propineiro Domingos Brazão, afastado do TCE-RJ por corrupção. Com isso, o magistrado bolsonarista está abrindo caminho para que todos os liminarmente afastados, a maioria do tribunal fluminense, venham a requerer o mesmo direito e também a volta aos seus cargos. Nomeado por Bolsonaro, chefe de uma família corrupta, ele toma suas decisões visando promover a impunidade e agradar ao patrocinador que o levou à mais alta corte judiciária do país. Não é comovedora a gratidão entre sacripantas?
842 – BOLSOAFETIVO. É estarrecedora a revelação de que o governador do RS, Eduardo Leite, em janeiro de 2021, atendendo a um pleito encaminhado pelo então ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ligou para o governador Dória pedindo que ele cancelasse o início da vacinação para não prejudicar a imagem de Jair Bolsonaro. A primeira aplicação da dose ocorreu em 17.1.2021, em São Paulo, e a beneficiada foi a enfermeira Mônica Calazans. Nessa época morriam mais de mil pessoas diariamente por Covid-19 e no dia dessa aplicação não foi diferente. Em meio a essa tragédia, o primeiro mandatário do Estado, bolsonarista de primeira hora, servir de guri de recados para travar a luta contra a Covid-19 é um fato vergonhoso para a grande maioria dos gaúchos. Tudo indica que ele, perdendo ou não as prévias do PSDB, já perdeu sua reputação. Mais um que Bolsonaro usa e enterra.
841 – BOLSONARISTA FUJÃO. No Brasil, os bolsonaristas vivem falando mal do serviço público e dos servidores. Contudo, nunca deixam de aproveitar uma oportunidade de tirar proveito em causa própria. Foi assim com o astrólogo Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro. Ele vive pregando as excelências dos Estados Unidos, assim como fazia Bolsonaro e seus filhos na submissão a Donald Trump. Contudo, na hora do aperto, não teve pejo de apelar para o SUS, pago pelo povo, para conseguir o que lá seria oneroso. E ainda conseguiu furar a fila para se tratar. Assim que melhorou, tratou de fugir para os EUA para não ter que dar explicações ao Ministério Público sobre os privilégios recebidos de gente influente, possivelmente do governo do Capitão Cloroquina. Os bolsonaristas são assim: fogem para não responder por seus atos. Que o digam Zé Trovão e Allan dos Santos. A patriotada dura pouco.
840 – ATÉ O MOURÃO. Apesar das negativas de Rodrigo Pacheco (Senado), de Arthur Lira (Câmara) e de Jair Bolsonaro, a existência nada republicana do orçamento secreto está mais do que comprovada. Até o insuspeito vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a falcatrua desrespeita vários princípios constitucionais, como os da legalidade, da impessoalidade, da publicidade, da moralidade e da eficiência, aos quais a administração pública está submetida. Alguns deputados mais cupinchas do governo têm um orçamento para chamar de seu.
839 – DESCARAMENTO. Jair Bolsonaro parece viver na terra plana e em uma realidade paralela. Em Dubai, nos Emirados Árabes, num discurso para possíveis investidores, afirmou que não é verdade que a Amazônia tem queimadas porque a floresta é úmida e não pega fogo. O idiotismo não tem fronteiras. Na verdade, o fogo é provocado pelos desmatadores, que ele influencia e libera para esses atos criminosos. Além disso, mentiu quando falou que a área florestal está 90% preservada, o que não é verídico. E cabe acrescer as agressões genocidas aos povos da floresta, que estão sofrendo extermínio. Bolsonaro tem o pessoal que o ouviu na conta de tolos. Só que o maior tolo no evento era ele mesmo.
838 – INFANTICÍDIO. O governo de Jair Bolsonaro cumpre à risca aquela máxima de que nada que esteja ruim não possa piorar mais ainda. O tal do Auxílio Brasil, programa com prazo estipulado até as eleições, veio para substituir o Bolsa Família, um programa assistencial que, apesar dos baixos valores, tinha um viés de transferência de renda. Pois bem, o Bolsa Família tinha como critério, entre outros, que para as famílias receberem, as crianças deviam estar na escola e com a carteira de vacinação em dia. Como Bolsonaro é inimigo da educação e das vacinas, derrubou esses dois requisitos. O resultado disso não poderia ser pior, com os infantes jogados à própria sorte. E depois esses falastrões vêm invocar mérito. Jogam as pessoas ainda mais na miséria e a culpa de sua situação nelas mesmas. Até a Record publicou matéria dizendo que mais de 22 milhões de pessoas não serão contempladas com o novo/velho programa eleitoreiro. Enquanto isso, os menores vão ficando mais desamparados e à mercê da criminalidade. Está em curso um verdadeiro infanticídio bolsonarista no país.
837 – VTNC. Jair Bolsonaro, que fracassou por falta de adesão ao tentar criar o próprio partido, anda que nem chupim atrás de uma legenda. Pois então: soube-se que ele tinha acertado com o mensaleiro Valdemar Costa Neto o ingresso no Partido Liberal (PL), mas aí se desentenderam feio porque Bolsonaro queria controle absoluto, inclusive sobre São Paulo, onde o PL tem acordos com Dória. Bem, foi aí que a temperatura da discussão esquentou e Costa Neto disse ao Capitão Cloroquina que ele era o presidente do Brasil, mas o partido era dele, Costa Neto. Em meio a uma troca acalorada de adjetivos e expressões, dizem que o dirigente partidário saiu-se com esta: "VTNC você e seus filhos". Parece que acionaram o VAR e a turma do "deixa disso". O nível do diálogo pouco republicano não deixa dúvidas sobre os interesses envolvidos nesse colóquio indecente.
836 – CADÊ O GUEDES?. O ministro Paulo Guedes está tentando dar uma gambeta na Câmara dos Deputados. A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público o convocou para prestar esclarecimentos sobre suas movimentações financeiras em paraísos fiscais. Ele vem apresentando desculpas para ganhar tempo e até pediu a "gentileza" da desconvocação. Enquanto os brasileiros não conseguem emprego ou sua renda é dizimada pela inflação, Guedes ganha uma fortuna por dia com a alta do dólar. Aí tem. Enquanto a economia do país está ruindo, as finanças do ministro vão de boas a melhor ainda. Não tem explicação, ou melhor, tem, mas ele se recusa a dá-la.
835 – DESINFORMADO. Os bolsonaristas vão dizer que é implicância, mas eles estão sempre dispostos a defender os disparates do Capitão Cloroquina. Vamos lá: em uma entrevista para a Rádio Cultura FM, do Espírito Santo, ele disse que o estado de São Paulo tem o segundo maior PIB do país, além de errar feio o montante da população. Na verdade, São Paulo ocupa o primeiro lugar no ranking do PIB. Isso mostra que Jair Bolsonaro não conhece o país que finge governar. E pensar que esse senhor queria revisar antes as questões do Enem. Se fizer isso, não vai acertar uma.
834 – REPRESÁLIA. O governo de Jair Bolsonaro é uma organizaçação criminosa que usa a estrutura pública a seu favor, de sua família e de seus amigos na busca pela impunidade. A delegada da Polícia Federal Silvia Amelia da Fonseca foi exonerada de seu cargo porque estava levando adiante as tratativas com os EUA para extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que tem prisão decretada no país. A condescendência com o delito dos membros dessa súcia virou política oficial do bolsonarismo no poder.
833 – DONO DO PARTIDO. A entrada de Jair Bolsonaro no Partido Liberal (PL) é uma grande negociata com verbas, cargos e fundo partidário. Depois de fracassar na formação da Aliança Brasil, Bolsonaro finalmente atingiu o seu sonho de ter um partido para chamar de seu. Um dos itens da negociação chama a atenção: "O acordo de filiação do presidente também inclui a prerrogativa de Bolsonaro escolher candidatos a governador e senador pela legenda na disputa eleitoral do ano que vem" (CNN). Como os partidos no Brasil têm regime jurídico de entidade privada, a farra com o dinheiro público está liberada. E o Capitão Cloroquina vai escolher seus ungidos para as eleições. Um dos requisitos é ser conivente com as rachadinhas e os demais delitos da família miliciana e corrupta.
832 – DELEGADO IMOBILIÁRIO. O delegado Paulo Maiurino, diretor-geral da Polícia Federal, bolsonarista de carteirinha, adquiriu e quitou em 16 meses um apartamento de 675 mil dólares (R$ 3,5 milhões) em Miami Beach, nos EUA. A operação bancária de financiamento foi de 337,5 mil dólares, cerca R$ 1,9 milhão pelo câmbio de hoje, segundo o site Metrópoles. A compra é suspeita porque os rendimentos do delegado e de sua família aritmeticamente não parecem ser suficientes para uma aquisição desse vulto. Ele se recusou a explicar, apesar de ser um servidor com cargo sensível. Isso autoriza a dúvida sobre a origem dos recursos. A história da mansão de Flávio Bolsonaro se repete.
831 – PACHECÃO. Se alguém chegou a pensar que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pudesse ter alguma ação para barrar a PEC do Calote no Senado Federal, tudo indica que ele está longe de ter essa disposição. Como se sabe, essa PEC é mais uma forma de arranjar recursos de terceiros, de valores devidos em sentenças judiciais, para financiar o tal do Auxílio Brasil. Ninguém quer mexer no orçamento secreto, em que parlamentares indicam verbas para aplicação em suas bases eleitorais de forma sigilosa. Essa fatia orçamentária segue intocada. É mais fácil mexer no patrimônio de outrem do que abrir mão de valores que estão sob controle eleitoral dos parlamentares. Pois as emendas de relator mantêm essa "boquinha" sem observar o princípio da publicidade. Todavia, apesar de isso ser sabido e consabido, Pacheco teve o desplante de criticar a ministra Rosa Weber, que determinou a divulgação dessas rubricas e o fim dos segredos, e negar que haja o orçamento secreto, embora o governo se recuse a divulgar os beneficiários. Bem, se o orçamento é secreto ele só pode negar. Negar e aproveitar enquanto a população fica totalmente jogada aos ossos.
830 – DEBANDADA. Jair Bolsonaro anunciou que vai se filiar ao PL de Valdemar Costa Neto. Com isso, o Carluxo teve que retirar da rede acusações que havia feito ao dirigente partidário. Briga de gente desqualificada. Com esse anúncio, Bolsonaro já sabe que vai haver uma debanda de parlamentares e filiados do partido. Quem tem interesse em manter sua imagem pública preservada não quer ser associado a Bolsonaro. Já quem quer apenas cargos e verbas, como a direção do PL, não se importa com isso. E não podemos esquecer que Bolsonaro está indo para o PL porque fracassou na sua tentativa de obter as assinaturas para o seu partido, o Aliança Brasil, que não obteve o apoio esperado. Essa gente faz muito barulho, mas não tem escopo. Sem esquecer que na mais recente eleição no Rio de Janeiro, o Carluxo teve uma enorme queda de votos. E tem bolsonarista que acha que o Capitão Cloroquina vai se eleger no primeiro turno.
829 – SACANAGEM SECRETA. Se há alguma coisa a ser reconhecida em relação aos bolsonaristas é que eles não têm vergonha de ser cara de pau. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), procurou o ministro presidente do STF, Luiz Fux, para se queixar da ministra Rosa Weber, que mandou suspender os pagamentos do chamado "orçamento secreto". Seu argumento não poderia ser mais chinfrim, alegando que isso é interferência indevida no Legislativo e que a medida tomada por ele por resolução não se sujeita a controle do Supremo. Piada, né? A Constituição tem como princípios explícitos a legalidade, a impessoalidade, a publicidade e a moralidade. Se uma lei não pode afrontá-los, que dirá uma resolução. O tal do orçamento secreto serve como moeda de troca para que os deputados aprovem a PEC do Calote para instituir o programa bolsonarista do Auxílio Brasil. O único interesse é eleitoral feito com chapéu de outrem. Só que esse descontrole vai custar caro para toda a população e retornará em forma de mais inflação e mais miséria. Bolsonaro se rende e se vende ao Centrão numa imensa rachadinha.
828 – SAÍDA COLETIVA. Mais de três dezenas de servidores públicos do Inep, responsável pela organização do Enem, pediram afastamento de suas atividades às vésperas da aplicação das provas por conta do autoritarismo da direção do órgão, de conduta tipicamente bolsonarista. Isso só prova que, para Jair Bolsonaro, a prioridade é a sua família. Saúde e educação, entre outros itens, para o Capitão Cloroquina, são somente despesas. Bom mesmo é rachadinha!
827 – VOTO ELETRÔNICO. Após passar muitos anos testando nossa paciência com notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, agora Jair Bolsonaro diz que passou a acreditar no sistema do TSE. O que vai fazer agora a massa de manobra do Capitão Cloroquina, que tanto nos chateou com a cantilena da teoria da conspiração? Vão se retratar de forma impressa? Valha-nos Zeus ou os seus.
826 – RECUSA. Depois de o governo federal conceder a Ordem Nacional de Mérito Científico a dois cientistas renomados, Jair Bolsonaro revogou a honraria por considerá-los desafetos. Em consequência, outros 21 agraciados assinaram uma carta aberta recusando a comenda. O Capitão Cloroquina não admite ser contestado e não hesita em boicotar a ciência em prol do seu charlatanismo criminoso.
825 – UNIDOS DO CENTRÃO. Jair Bolsonaro fez campanha eleitoral afirmando que implementaria uma nova forma de governar, descartando o que chamou de velha política. Ficou famoso o episódio em que o general Heleno cantou uma musiquinha chamando o Centrão de grupo de ladrões. Todavia, quando começou a governar, ele foi paulatinamente se vendendo a esta corja. Agora, Bolsonaro admitiu o que todo mundo com análise crítica já sabia, menos seus apoiadores: que ele foi do Centrão por 28 anos e que continua sendo. Mais: que os eleitores votaram num "cara" do Centrão. Trata-se de um estelionato eleitoral consumado e confirmado pelo estelionatário, que é réu confesso.
824 – CISÃO. Os caminhoneiros bolsonaristas têm um sério problema de raciocínio lógico. Primeiramente, eles conseguiram algumas decisões em instâncias inferiores para bloquear estradas. Diante disso, o governo Bolsonaro, repetindo, o governo Bolsonaro, recorreu ao STF, eu disse ao STF, para desbloquear as estradas. O STF proibiu os bloqueios. Diante da decisão do Supremo, os caminhoneiros, por meio da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), afirmaram que vão recorrer ao STF, ressaltando, ao STF, para obter os bloqueios. O que se vê? Primeiro, que Jair Bolsonaro abandonou os caminhoneiros. Segundo, que eles estão mais perdidos nessa lambança jurídica. Terceiro, que Bolsonaro sempre se queixa da interferência do STF, mas agora foi pedir guarida pra quem? Para o STF, reafirmando, ao STF. Que só age quando provocado. E quem provocou o STF agora? O governo bolsonarista. Cochile-se com um barulho desses.
823 – DEPOIMENTO. O depoimento de Jair Bolsonaro sobre sua tentativa de interferir na autonomia da Polícia Federal é uma peça de mau-caratismo, típica de um criminoso tentando deturpar os fatos. Ele alega que suas declarações de "trocar o pessoal da segurança" se referiam a trocas na sua segurança pessoal, a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Todavia, sua declaração nada tem a ver com isso. Sua preocupação sempre foi com a apuração de crimes cometidos pelos seus familiares, como as rachadinhas. Suas palavras na ignominiosa reunião de 22.4.2020 foram inequívocas: "Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro e oficialmente não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f... minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira". Se isso não é tentativa de interferência na PF, como relatou Sérgio Moro, então pato já pode virar ganso. Por falar em Moro, ele acusou, sem provas, o ex-ministro de condicionar essa troca, que seria na cúpula da PF do RJ, à indicação para o STF. Só que nenhum outro depoente, inclusive ministros bolsonaristas, confirmou essa versão. Enfim, foi um depoimento para enrolar os enroláveis.
822 – NÚMEROS FALSOS. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou dados sobre geração de empregos no país desmascarando o ministro Paulo Guedes, que havia divulgado números mentirosos. Guedes afirmou em janeiro de 2021 que era de 142.690 vagas formais o saldo de vagas do total aberto ao longo dos 12 meses do ano passado. Já o Caged demonstrou que esse número excedente é, de fato, de 75.883 pessoas que conseguiram um posto de trabalho com carteira assinada. Nem se pode chamar isso de narrativa, como gostam os bolsonaristas. Por certo, trata-se de uma fraude numérica, outro ilícito de um governo que insiste em brigar com os fatos porque seus apoiadores estão sempre dispostos a engolir suas mentiras.
821 – TRAPALHADA. Não restam dúvidas de que as tratativas ambientais de Jair Bolsonaro no G20 não poderiam dar certo. Em vez de tratar com o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, ele foi discutir esses assuntos com o ator e humorista Jim Carrey, intérprete de filmes como "O Máscara", "Debi e Lóide" e "Ace Ventura". Acho que Bolsonaro foi vítima de fake man.
820 – AUXÍLIO ELEITORAL. Quando era urgente a necessidade de se instituir um auxílio financeiro para os atingidos pela pandemia, Jair Bolsonaro foi contra. Diante da pressão, recuou e propôs R$ 200. Os R$ 600 só foram possíveis porque ele foi derrotado no Congresso. Todavia, agora, diante do processo eleitoral, ele quer instituir um novo auxílio para os que recebem o Bolsa Família, com público-alvo final em torno de 17 milhões de pessoas e valor de R$ 400. Desta vez, está propondo o benefício com duração até o final das eleições. Para isso, pretende alterar a forma do cálculo do limite de gastos, com novo lapso temporal de referência para obter cerca de R$ 47 bilhões a mais em 2022, o que, somado ao calote das PEC dos Precatórios, um vergonhoso golpe nos credores, totalizaria algo em torno de R$ 90 bilhões para o programa eleitoreiro. Enquanto isso, os gastos com cartões corporativos, as emendas secretas, as isenções fiscais do agronegócio, o fundo partidário continuam como itens de farra. Esse programa, se aprovado com essas fontes veiculadas, será um fator de inflação e, então, todas as conquistas serão anuladas pela perda do poder aquisitivo. É uma vitória de Pirro.
819 – REMOTO. A única lógica que o governo de Jair Bolsonaro segue é a que coloca seus interesses escusos acima de tudo. Ficou conhecida sua tese da imunidade de rebanho e o seu combate ao trabalho e às atividades remotas. Todavia, agora, diante da iminente derrota da PEC do calote, que visa transferir recursos dos precatórios para o programa Auxílio Brasil, está defendendo que a votação na Câmara dos Deputados volte a ser de forma remota como meio desesperado de garantir um maior quórum. A caneta Bic de Bolsonaro tem escrita seletiva.
818 – TRUCULÊNCIA. Alguém já escreveu que jornalismo é tudo aquilo que os poderosos não querem que se publique. Todo o resto é publicidade. Pois é para evitar a livre tramitação das ideias que Jair Bolsonaro busca intimidar o trabalho da imprensa, como ocorreu no seu passeio na Itália logo após o G20 neste 2021. Ele colocou seus seguranças truculentos para agredir repórteres e impedir o trabalho deles. Realmente, os corruptos não suportam uma imprensa livre. Foi assim na ditadura militar, quando havia censores nas redações para que os veículos de comunicação só publicassem ou veiculassem notícias favoráveis ao regime autoritário.
817 – GOVERNO VIRULENTO. Esse governo contrário à vacinação não para de boicotar o processo de imunização coletiva, sempre atuando a favor do vírus. Agora, o ministro Onix Lorenzoni, do Trabalho, aquele senhor adepto das notas frias, editou uma portaria, sim, uma portaria, proibindo empresas e órgãos públicos de exigir comprovante de que o indivíduo se vacinou, não podendo ser despedido por conta disso. Tal medida vai contra as decisões do STF e tem tudo para ser derrubada. Todavia, só mostra o quanto Jair Bolsonaro atua a favor do coronavírus e contra o povo brasileiro.
816 – FARRA AÉREA. O governo de Jair Bolsonaro está numa libertinagem aérea. O presidente emitiu um decreto em que permite que as autoridades que requisitarem os voos da FAB também fixem os critérios para levar terceiros. Dessa forma, as aeronaves têm levado amigos da família Bolsonaro, como pastores, lobistas e parentes sem direito ao embarque. E bem ao estilo do clã Bolsonaro, alguns órgãos se recusam a fornecer as informações, contrariando a lei. É o caso do Ministério da Defesa, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Boca livre para ser boa tem que ser secreta.
815 – TIROTEIO. Paulo Guedes, o ministro que nunca escreveu sequer um livro de economia, como bem lembra o historiador Marco Antonio Villa, está atordoado e é uma expressão bem acabada da confusão que reina no governo de Jair Bolsonaro. Apontou sua metralhadora verbal para seus colegas Onix Lorenzoni, ministro do Trabalho, e para Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia. Aquele é acusado de inaugurar obra desnecessária e este de ser burro. O governicho está despencando.
814 – FUJÃO. Jair Bolsonaro está fugindo desavergonhadamente de suas responsabilidades perante a COP 26, que ocorre na Escócia, realizada pela ONU. Tudo porque o Brasil é um infrator contumaz dos acordos para reduzir a emissão dos raios estufa. O país está indo no sentido contrário de seu comprometimento de reduzir essas emissões em 43% até 2030. Até mesmo as metas de redução do desmatamento ilegal estão ameaçadas, uma vez que o governo estuda uma legalização desses crimes, o que retiraria sua ilicitude. Cada vez mais, o presidente vai sendo isolado nos fóruns internacionais, tratado como um delinquente ambiental.
813 – BIÔNICO. Os bolsonaristas não têm pudor e a infâmia corre solta. A novidade agora é a proposta do Centrão de criar um cargo vitalício e biônico de senador para Jair Bolsonaro como forma de garantir sua futura imunidade/impunidade em relação aos crimes cometidos durante seu governo, notadamente na pandemia. Para esses sacripantas, os princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade e da moralidade são letra morta.
812 – ESMOLA BRASIL. Deu "tilt" nas gambiarras do governo federal para colocar em prática o tal do Auxílio Brasil de R$ 400, que deve durar até as eleições de 2022. Para não mexer nas verbas das emendas parlamentares, de cerca de R$ 16 bilhões, nem no fundo partidário, no qual os partidos, entidades de regime jurídico PRIVADO recebem outros bilhões de verbas públicas, a equipe econômica optou por dar o calote naqueles que têm dinheiro a receber da União por conta de condenações judiciais. Um verdadeiro calote contra o patrimônio dos credores. Todavia, nem o próprio Centrão, que o presidente remunera regiamente com nosso dinheiro, está topando essa manobra escandalosa. Assim, embora o Bolsa Família esteja apregoadamente extinto, nada há para substituí-lo. Bolsonaro nunca parece saber bem o que começa e deve ser por isso que seus projetos costumam ter o fracasso como destino.
811 – ENTREVISTA. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan (27.10.2021), Jair Bolsonaro se superou nas insanidades. Além de repetir as cantilenas de sempre com o discurso moralista e autoritário, apresentou algumas mentiras, como a de que seu governo foi pioneiro na vacinação, que a ONU foi contrária ao distanciamento social, que não usa o cartão corporativo pessoal (e a picanha de R$ 1.800 o quilo, foi comprada como?) e que seu governo está há três anos livre de corrupção. Chamou-me muito a atenção seu comentário de que não se pode lançar ofensas, sim ele disse "ofensas", às instituições (citou a Câmara e o Senado), mas que se pode ofender individualmente, como se isso fosse direito de expressão, sendo que, na verdade, é crime contra a honra. Os entrevistadores chapa-branca deitaram e rolaram. Todavia, houve uma pergunta sobre rachadinhas do humorista André Marinho à qual Bolsonaro não quis responder. Além de não dar resposta, interrompeu a entrevista. Ficou evidente o seu despreparo, o que, para a horda que o apoia, é virtude, impaciência com os opositores.
810 – COMPRA. Para Jair Bolsonaro, que sempre foi um indíviduo venal, o dinheiro compra tudo. Todavia, não está conseguindo sensibilizar os caminhoneiros perante uma proposta de greve da categoria. Eles, que gastam cerca de R$ 40 mil para trabalhar com seus caminhões, estão rindo do auxílio de R$ 400 proposto por Jair Bolsonaro. É bom que eles saibam que a proposta é real e não é fake, pelo menos desta vez. E que Marcelo Adnet não tem nada a ver com isso.
809 – CAMARGO. O negro servil da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi proibido pela justiça do trabalho de nomear e exonerar servidores por conta de seus critérios autoritários. Após a decisão, ele ironizou a sentença do juiz Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília. Agora, foi compelido a retirar suas postagens irresignadas e ofensivas sob pena de multa. Esse aí acha que está surfando na onda bolsonarista, mas está semeando problemas de monta para ele a curto, médio e longo prazos. Aguardemos os desdobramentos de sua espetacularização autofágica.
808 – DESVARIO. Jair Bolsonaro nunca perde a chance de se superar nas insanidades. Na live desta quinta-feira, 21.10.2021, afirmou que as vacinas podem causar Aids, isso nem nenhuma base científica. O absurdo foi tão evidente que Facebook e Instagram derrubaram o vídeo. Ele fala para seus apoiadores descerebrados, que não têm o mínimo de racionalidade. Foi com esse pensamento que ele boicotou a compra de vacinas, bem como a s medidas sanitárias, e tornou-se o mais notório responsável por milhares de mortes no país.
807 – FOME. Desde que assumiu, o governo de Jair Bolsonaro aumentou o mapa da fome no país e agora já são 19 milhões de pessoas nessa condição, com um incremento de 9 milhões de famintos. Em vez de aumentar os valores mensais do Bolsa Família, o governo está criando um novo benefício para as famílias, o Auxilio Brasil, que ainda não tem fonte. Em vez de retirar das emendas parlamentares, que também estão sendo feitas de forma secreta, ou do fundo partidário, planeja confiscar dos precatórios, ou seja, de pessoas que ganharam ações judiciais contra a União e terão seus direitos violados. Sem falar que esse auxílio é notadamente eleitoreiro, porque já tem prazo limitado até dezembro de 2022. O mandato de Bolsonaro é uma usina de famélicos.
806 – VIÚVAS. A lista das viúvas e abandonados por Jair Bolsonaro só aumenta: Sara Winter, Renan Sena, Daniel Silveira, Roberto Jefferson, Daniel Silveira, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Professor Marcinho, Zé Trovão. E cabe aqui um et cetera. Esse pessoal iludido vai sendo deixado ao longo do caminho. Bolsonaro tem foco na sua família organizada. O restante ele entrega a cabeça numa bandeja. Estão faltando bandejas.
805 – DEBANDADA. Na quinta-feira, dia 21.10.2021, diante da tentativa de furar o teto de gastos, vários assessores do Ministério da Economia se demitiram. Foi assim que debandaram o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo. Diante do anúncio do Auxílio Brasil de caráter nitidamente eleitoral, os investidores paralisaram operações, a bolsa caiu, o dólar foi às alturas e o caos se instalou. A economia do Brasil está em queda livre. Já ocupou a sexta posição no mundo e hoje está na décima segunda. Jair Bolsonaro tem um toque de Midas ao contrário. Tudo o que toca vira caos.
804 – DESESPERO. Em entrevista logo após a apresentação do relatório da CPI da Covid, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que seu pai iria gargalhar diante de seu conteúdo. Não é o que se viu. Num evento na Paraíba (21.10.2021), Jair Bolsonaro atacou o relator Renan Calheiros (MDB-AL) de forma acintosa não para criticá-lo pelos seus defeitos, mas para desqualificar os acertos de suas tipificações penais ao fim e ao cabo. Seu desespero fica a cada dia mais evidente. E o relatório não é de Renan Calheiros somente, mas fruto de todo um trabalho que envolve vários senadores da CPI. Engraçado é que os bolsonaristas e seus aliados gostam de esbravejar contra os fatos quando não conseguem refutá-los. Quem deve teme.
803 – RELATÓRIO. O relatório final da CPI da Covid-19, além de indiciar dezenas de pessoas, ainda apontou os diversos crimes cometidos por Jair Bolsonaro durante a pandemia. São eles, segundo o portal Uol: "Epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos; crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo)". O delinquente-mor do Brasil se escuda atrás do cargo para buscar a impunidade, mas talvez isso não lhe seja suficiente.
802 – FLÁVIO MALVADEZA. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está executando as vítimas para salvar o carrasco. Depois que a CPI da Covid ouviu os depoimentos de vários familiares de pessoas mortas pelo coronavírus, ele declarou que tudo não passava de uma encenação com pessoas militantes para prejudicar Jair Bolsonaro. Nessa teoria da conspiração, só falta dizer que os mortos faziam parte de um complô: morreram para desgastar o presidente. A falta de moral e de decência dessa gente bolsonarista causa ojeriza.
801 – HABEAS. Cinco ministros do STF, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber e Edson Fachin, negaram a concessão de habeas corpus para o caminhoneiro Zé Trovão, foragido que pregou a invasão do órgão, entre outros delitos. Na cabeça dos bolsonaristas, o tal do Sete de Setembro foi gigante e Jair Bolsonaro se credenciou para negociar com outros poderes. Na verdade, não foi isso que ocorreu e que não está ocorrendo. Bolsonaro a cada dia fica com menos condições de governar e virou marionete nas mãos do Centrão. Aventaram um possível acordo com o Supremo. Isso para acalmar a base bovina. Todavia, esse acordo simplesmente não existe e a manutenção do pedido de prisão preventiva para Zé Trovão mostra que Bolsonaro revendeu uma mercadoria que não tem condições de entregar. É mais um aliado que fica abandonado no acostamento da amargura.
800 – AGRESSÃO. Não é de hoje que os ataques verbais de Jair Bolsonaro a jornalistas estão se convertendo em agressões físicas à categoria. O caso mais recente é o do jornalista Leandro Matozo, repórter cinematográfico da GloboNews, que foi agredido durante cobertura em Aparecida (SP) em 12.10.2021. O bolsonarista Gustavo Milsoni deu uma cabeçada que causou sangramento no rosto de Leandro. Quem não tem argumentos acaba apelando. Agora, é essencial a apuração dos fatos e a devida penalização. Criminosos e corruptos não podem ficar impunes.
799 – ARMAS. A questão do des/armamento da população sempre dividiu opiniões e foi e está sendo tratada com a costumeira demagogia. Primeiramente, no governo do PT, que desrespeitou a opinião da população contrária ao desarme no referendo de 2005, era oito. A posição petista é que ninguém tivesse uma arma em casa, no caso, por meio da posse. Os bandidos deitaram e rolaram. Muitos crimes foram cometidos em áreas rurais e na periferia. Depois, no governo armamentista de Jair Bolsonaro, passou a ser oitenta, já não mais sendo discutida a questão da posse, mas permitido o porte. Tudo com o objetivo de formar futuras milícias a favor do Capitão Cloroquina. Chegou-se a autorizar que uma mesma pessoa tivesse vários portes. Bolsonaro chegou a induzir as pessoas a comprarem armas antes do brasileiríssimo feijão.
798 – PREVISÍVEL. Diante da iminência de cair o seu veto contra a distribuição de absorventes íntimos para estudantes carentes de escolas públicas, mulheres em situação de rua ou apenadas, Jair Bolsonaro afirmou que, se tiver que cumprir o que a lei determina, vai ter que cortar verbas da educação e da saúde. Normal. Ninguém que conhece esse aproveitador cogitaria que ele fosse tirar os recursos do cartão corporativo, das rachadinhas ou dos milhares de CCs.
797 – PASSAPORTE. Jair Bolsonaro se queixou da exigência de passaporte das vacinas, que requer ao menos uma dose dos imunizantes contra a Covid-19. Ele reclamou que, por conta disso, não pôde assistir ao jogo entre Grêmio e Santos. Ora, isso só mostra que ele quer para si vantagens e privilégios incompatíveis com um regime republicano. E evidencia que seu boicote contra as medidas sanitárias é parte de sua indiferença macabra em relação à saúde da população. E já passamos das 600 mil mortes.
796 – INSISTÊNCIA. O Ministério da Saúde continua desafiando a ciência e as evidências científicas na defesa criminosa de remédios ineficientes. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) adiou na quinta-feira (7.10.2021) a análise de recomendação contra o uso do kit Covid. Tudo para não desautorizar Jair Bolsonaro, o charlatão da cloroquina.
795 – DOIS DÍGITOS. Cada vez mais, o governo de Jair Bolsonaro vai sendo marcado pelo sadismo, pela incompetência e pela corrupção. Tanto fez, ou não fez, que a inflação quebrou a barreira dos dois dígitos, com alta recorde em setembro (1,16%) desde o início do Plano Real e atingindo 10,25% em 12 meses. E isso que 10,25% anualizados não se coadunam com a observação direta de quem vai ao supermercado. O Brasil não está indo ao fundo do poço. É o fundo do poço que está cercando o país.
794 – 600 MIL. Neste 8.10.2021, o governo Bolsonaro já atinge um marco que ele poderá registrar com pompa, circunstância, memes e piadas escrotas: o país chega a 600 mil mortos na pandemia, com mais de 21 milhões de infectados e outros tantos milhares e milhares de sequelados. Muito disso é mérito de um presidente sádico, que boicotou a compra de vacinas, investiu em remédios ineficientes, estimulou aglomerações e infringiu medidas sanitárias, além de se omitir em responsabilidades básicas, como adquirir respiradores e kit entubação. O antes inexpressivo Jair Bolsonaro é hoje uma figura internacionalmente conhecida e, certamente, seus crimes contra a humanidade muito contribuíram para isso. Seu nome está definitivamente inserido na lista dos maiores psicopatas em atividade no mundo.
793 – TESOURADA. Já está bastante disseminada a constatação de que o governo Bolsonaro tem um profundo rancor e um reiterado ódio com a ciência e com a educação. Agora, mais um golpe foi desferido contra essas áreas imprescindíveis para qualquer nação que se proponha ao desenvolvimento. O ministro Paulo Guedes, da Economia, enviou um ofício à Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional solicitando um corte das verbas que seriam destinadas para bolsas e apoio à pesquisa. Com isso, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), de R$ 690 milhões previstos, receberá apenas R$ 55,2 milhões, o que corresponde a uma tesourada de 92%. Em tempo: não há limites para o cartão corporativo de Jair Bolsonaro, que continuará a ser regiamente pago pelo contribuinte.
792 – BRIGA CLOROQUINADA. Está aberta a temporada de briga pelo Ministério da Saúde entre Onix Lorenzoni e Marcelo Queiroga. E a coisa está feia. A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina, pró-Onix, registrou boletim de ocorrência contra o chefe de gabinete do ministro da Saúde, João Lopes de Araújo Júnior, por ameaça. A nave está sob tempestade. Os bolsonaristas estão brigando pelos ratos no navio.
791 – VETO MISÓGINO. Jair Bolsonaro vetou o projeto que prevê a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda de escolas públicas, mulheres em situação de rua ou apenadas. A alegação é que não houve previsão de custeio, o que não corresponde à realidade, uma vez que a proposta cita recursos do SUS e do Fundo Penitenciário Nacional (FPN). Enquanto isso, não faltam verbas para leite condensado, picanha a R$ 1.800 o quilo e diárias superfaturadas, tudo na farra do cartão corporativo.
790 – RELATÓRIO. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, já indicou que deverá indiciar Jair Bolsonaro por vários crimes cometidos durante a pandemia. E uma comissão de juristas já lhe enviou um estudo com várias tipificações. Além de Bolsonaro, também uma penca de empresários, de atravessadores e de ocupantes de cargos públicos deverão ser responsabilizados. A CPI acabou sendo de extrema relevância para revelar delitos que estavam escondidos e que foram cometidos por gente corrupta e indiferente ao interesse coletivo. É de extrema miopia a postura de quem, se dizendo oposição a esse governo, combate a CPI pelo que atribui a alguns dos seus membros mais notórios e não reconhece os méritos por suas descobertas dos graves ilícitos cometidos.
789 – MEDIDA PREVENTIVA. Jair Bolsonaro, sem nenhuma prova, sem nenhum indício de irregularidade, tem um discurso contrário às urnas eletrônicas. Isso é porque ele está cada vez mais impopular e precisa ter um pretexto para desacreditar as eleições que deverá perder em 2022. Nesse contexto, houve-se bem o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao determinar medidas de maior fiscalização por parte da sociedade civil do processo de habilitação das urnas, inclusive com a participação das Forças Armadas. Tais procedimentos, desde já, esvaziam o discurso bolsonarista de fraudes. Para ganhar, é preciso ter votos, coisas que Bolsonaro perde todos os dias. O TSE está tirando o argumento dessa gente tosca que quer ganhar no grito e na pressão.
788 – DINHEIRO NO EXTERIOR. A revista Piauí, num consórcio investigativo com outros jornalistas e veículos no país e no exterior, descobriu que o ministro Paulo Guedes, da Economia, tem cerca de R$ 51 bilhões em paraíso fiscal, mais precisamente nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. Enquanto os brasileiros compram ossos, botijão a mais de R$ 100, sofrem para pagar a conta de luz, enfrentam uma cruel fila do desemprego, ele vai muito bem, obrigado.
787 – ASSÉDIO JUDICIAL. O bolsonarista Luciano Hang tem uma tática muito cirúrgica para calar opositores que o acusam de integrar o gabinete paralelo de Jair Bolsonaro, de defender o tratamento com remédios ineficazer ou de obter operações privilegiadas no BNDES. Ele usa e abusa do assédio judicial. Desde o início do governo Bolsonaro, ele já entrou com 64 processos contra seus críticos como forma de intimidação. De acordo com o Uol, "pouco mais da metade dos processos (31) estão pendentes de decisão em primeira instância; em dez deles Hang obteve decisão favorável em primeira instância e, em 19, desfavorável. Um foi arquivado sem análise de mérito. As ações com sentença estão em fase de recurso".
Como se vê, os bolsonaristas vivem querendo solapar as instituições, mas, quando veem seus interesses contrariados, não hesitam em apelar à Justiça para pressionar seus desafetos ou obter habeas corpus para não terem que depor sobre suas condutas duvidosas.
786 – INFRAÇÃO. A ministra Rosa Weber, do STF, recusou parecer da Procuradoria-Geral da República, elaborado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que isentou Jair Bolsonaro da prática do delito de infração de medida sanitária, punível de um mês a um ano, com multa. Ela não viu nexo causal entre o não uso de máscara e as mortes na pandemia. Ou seja, leva livre Bolsonaro. Todavia, de acordo com a retórica republicana, ninguém está acima da lei e ela vale para todos. Foi por isso, diante da evidente proteção dispensada a Bolsonaro, com teor de prevaricação, que a ministra pediu novo parecer. Essa medida mostra bem por que o presidente é contra o STF. Quem não o apoia em seus delitos, ele entende que está contra ele. A lei parece ser apenas um detalhe e o que vale mesmo para ele é a imposição de seus interesses.
785 – MICEF. O Ministério Público Federal do Distrito Federal abriu procedimento para investigar a influência da primeira-dama Michelle Bolsonaro na concessão de empréstimos para tomadores via Caixa Econômica Federal. As operações favoreceriam microempresários de suas relações. Essa investigação é muito bem-vinda e poderia incluir uma outra, que o Brasil inteiro quer saber: por que Fabricio Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da senhora Bolsonaro?
784 – ARTIGO 142. Os defensores de Jair Bolsonaro são muito crédulos e facilmente manipuláveis, características comuns a um contingente no qual a maioria não gosta de estudar nem de se informar adequadamente. Assim, é corrente que caiam em falácias e interpretações rasas. Um desses entendimentos distorcidos diz respeito ao artigo 142, da Constituição Federal:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
As Forças Armadas, não obstante terem no presidente da República seu chefe administrativo hierárquico, respondem aos três poderes de forma subordinada, sem distinções. E elas só podem intervir sob convocação de um destes poderes para garantir a lei e a ordem e nunca para subvertê-la, como quer Bolsonaro. Ou seja, essa requisição prevista é para restabelecer o equilíbrio e não para criar desestabilização. Além disso, é preciso explicar com giz e lousa que as Forças Armadas não são um poder moderador, mas uma instituição de funcionalidade definida e institucionalmente controlada. Dessa forma, aquele ridículo "Eu autorizo" golpista dos bufões bolsonaristas, relegado às calendas gregas depois que entregaram 10% da mercadoria do que seria um sete de setembro gigante, não tem nenhuma base lógica, racional ou constitucional.
783 – PREJUÍZO. O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury foi ouvido na CPI da Covid-19 (30.9.2021) e fez coro a todas as posições de Jair Bolsonaro. Negou as vacinas, confrontou as medidas sanitárias, mentiu sobre as fases dos imunizantes e controle da Anvisa e reconheceu financiar canais e blogues negacionistas. Por uma postagem homofóbica contra o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), teve que se desculpar, embora não tenha sido convincente. Vale ressaltar que suas afirmações, ao contrário do que ele diz, não estão abarcadas pela liberdade de opinião, como os bolsonaristas costumam falar, mas constituem ilícito penal por apologia ao crime.
782 – FILHO DA MÃE. Luciano Hang foi à CPI da Covid com uma postura de confrontar a comissão, para delírio dos apoiadores de Jair Bolsonaro, de uma forma até diferente dos demais depoentes. Ele colou sua imagem e seu destino ao do presidente, ratificando tudo o que foi feito por Bolsonaro e assumindo a condição de cúmplice. Incentivo aos remédios ineficazes, boicote às medidas sanitárias e infração da legislação penal correlata, assessoria paralela ao governo na pandemia, incentivo a notícias falsas. Afora esses crimes associados, afloraram outros delitos, como falsificação ideológica (como no atestado de óbito de sua mãe), uso inadequado de financiamentos públicos (diz faturar R$ 30 milhões por dia e se vale de recursos do BNDES) e participação na farsa da pesquisa da Prevent Senior sobre fármacos ineficientes. Também chamou a atenção ele afirmar que seus vídeos são bem-humorados em relação a temas sensíveis, apresentando um escárnio perante a morte de quase 600 mil mortes. Sua corresponsabilidade nos milhares de óbitos deverá ser apurada em paralelo com Bolsonaro, só que sem foro privilegiado. E, diante disso, de pouco deverá adiantar sua ênfase performática e seu deslumbre de novo rico.
781 – PREJUÍZO. O gasto do governo federal foi de R$ 1,06 milhão em apenas três motociatas de Jair Bolsonaro. Os eventos ocorreram no Rio de Janeiro e em São Paulo, em maio de 2021, e em Chapecó, Santa Catarina, no mês de junho de 2021. O montante incontroverso foi admitido pela própria Presidência da República e pelo Gabinete de Segurança Institucional e consta em um relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União. Enquanto falta alimentos e remédios na casa dos brasileiros, o vagabundo Bolsonaro desperdiça recursos públicos em atividades de gente desocupada e confusa, com apoiadores que, incrivelmente, o apoiam a manter seus privilégios enquanto eles mesmos ficam mais paupérrimos. É a lógica do autoempalamento.
780 – PACTO CRIMINOSO. Não foram poucas, na CPI da Covid, as revelações da advogada Bruna Morato em relação às conexões estabelecidas entre a Prevent Senior e o governo federal, que firmaram um pacto para dar legitimidade a remédios falsos em relação ao coronavírus e às tentativas de minar o distanciamento social e as medidas sanitárias. O que se vê é que houve uma verdadeira associação criminosa envolvendo a empresa, um gabinete paralelo de Jair Bolsonaro, o próprio Bolsonaro, o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina, que dava aparência de cientificismo às teses negacionistas. O resultado disso tudo são milhares de vidas perdidas, milhões de infectados ou sequelados, uma recessão por conta do enfrentamento tardio da pandemia e um país de luto.
779 – REALISMO TRÁGICO. Jair Bolsonaro, em pronunciamento concernente aos mil dias do seu governo, lembrou uma máxima que diz que tudo o que está ruim ainda pode piorar. Foi bem realista. Com ele na presidência, tudo certamente vai piorar. A frase define sua capacidade de governar.
778 – MIL DIAS. O governo de Jair Bolsonaro chegou aos mil dias. São mil dias a serem lamentados. A inflação pulou de menos de 4% para cerca de 10%, são aproximadamente 15 milhões de desempregados, o governo, seus integrantes e apoiadores estão envolvidos até o pescoço em delitos como peculato (rachadinhas), contrabando, funcionários fantasmas, notas frias, diárias superfaturadas, fraudes no cartão corporativo, lavagem de dinheiro e negociatas em vacinas. São quase 600 mil mortos na pandemia, sendo que muitas dessas perdas se devem ao boicote governista à imunização e às medidas sanitárias. Igualmente lamentável o sucateamento dos serviços públicos, o corte no orçamento das instituições de ensino e de pesquisa, a permissividade com grileiros e desmatadores na questão ambiental, a aplicação de uma política genocida contra os povos indígenas e quilombolas, a busca da impunidade para a família bolsonarista e seu entorno, a não atualização da tabela do IR (com confisco de salários), a implementação das emendas secretas no orçamento para favorecer o Centrão, a tentativa de implementar um regime ditatorial via golpismo, um aumento de milhões de brasileiros no universo dos famintos, entre outros inúmeros pontos. Os mil dias de Bolsonaro são uma página de obscurantismo na história de um país que retrocedeu na civilidade, na empatia, na solidariedade, no bom senso e no respeito à dignidade humana. A mentira, nesse governo, passou a ser orientação oficial e subsídio para sua atuação institucional e malévola contrária aos interesses maiores do povo brasileiro, que viu suas condições de vida piorarem sob o jugo de um delinquente mais empenhado em se safar dos ilícitos pessoais e familiares cometidos do que em governar com um mínimo de razoabilidade.
777 – CORRUPÇÃO SAZONAL. Primeiramente, Jair Bolsonaro afirmou na ONU que não há corrupção no seu governo. Agora, está admitindo que existem casos em alguns ministérios e que a corrupção diminuiu muito em seu governo. Ora, diante da realidade inarredável, já está mudando o discurso. Só que não são ocorrências isoladas. Esse governo está totalmente atolado em crimes e em desvio de recursos do erário. E a família de Bolsonaro, bem como ele próprio, é protagonista nesse processo de saquear os cofres públicos.
776 – DESMENTIDO. O governo do Reino Unido negou a afirmação de Jair Bolsonaro de que o primeiro-ministro Boris Johnson lhe solicitou ajuda para importar alimentos. Ora, se isso de fato fosse verdade, haveria uma pauta entre representantes dos dois governos, o que não houve nem foi cogitado. Realmente, tudo indica que Bolsonaro mudou de patamar: além de mentiroso nacional, passou agora a ser um mentiroso de renome internacional. E com êxito. Afinal, não é todo dia que um presidente de um país é desmentido pelo chefe de Estado de uma outra nação.
775 – DEPOIMENTO. O bolsonarista Luciano Hang, das Lojas Havan, convocado pela CPI da Covid, deve explicações sobre muitos pontos e não apenas sobre o atestado de óbito de sua mãe, com indícios de alteração duvidosa. Ele precisa esclarecer sobre sua participação no gabinete paralelo de Jair Bolsonaro de assessoramento na pandemia e também no patrocínio de blogues de divulgação de ameaças aos membros do STF, de incentivo ao tratamento precoce e de conteúdo anticonstitucional, com apoio do deputado federal Eduardo Bolsonaro, extrapolando o direito de livre expressão e ingressando na seara da apologia ao crime, como no caso do patrocinado Allan dos Santos.
774 – SILÊNCIO SUSPEITO. Nesta quinta-feira, 23.9.2021, a CPI da Covid ouviu, ou melhor, tentou ouvir Daniel Trento, diretor da empresa Precisa, envolvida num contrato superfaturado da vacina Covaxin produzida pela indiana Bharat Biotech. O valor era de 15 dólares a dose, totalizando R$ 1,6 bilhão, para 20 milhões de doses. O que ele fez foi permanecer em silêncio, mesmo diante de perguntas básicas como o endereço de suas atividades empresariais. Claro que a CPI já tem muitos elementos para indiciá-lo. Interessante é que ele é autor de um manual para fraudar licitações no Ministério da Saúde, uma obra que deve ter grande saída no governo de Jair Bolsonaro.
773 – ENTREVISTA. Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista a dois integrantes do movimento negacionista Querdenken, da extrema-direita alemã, Markus Haintz e Vicky Richter. Novamente, repetiu suas insanidades, como a de que houve notificações superestimadas de Covid-19, que muita gente morreu de outra doença e teve atestado de óbito com coronavírus e voltou a defender o tratamento precoce com remédios descartados pelas autoridades de saúde. Também reclamou das urnas eletrônicas, embora nunca se tenha provado nenhuma fraude. Como sempre, o presidente decadente repetiu aquilo que costuma falar para animar seu cercadinho.
772 – PRONTUÁRIOS. Durante a pandemia, Jair Bolsonaro insistiu com tratamentos precoces e ineficientes, como os realizados com cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e outros. Foi aí que fez um acordo com a empresa Prevent Senior, da área da saúde, para que ela realizasse uma pesquisa que desse o resultado que o governo queria, atestando a eficácia desses remédios. Foi assim que a empresa fez uma pesquisa não autorizada oficialmente com mais de 630 pacientes e obteve os dados que Bolsonaro usou em uma publicação. Só que havia uma fraude em tudo isso. As pessoas eram internadas com coronavírus, tratadas com o kit Covid, esse coquetel de fármacos ineficazes e, depois de 14 ou 21 dias, os médicos do levantamento, sob ordem da direção bolsonarista da Prevent, trocavam o CID (Classificação Internacional de Doenças) e, quando a pessoa morriam, colocavam outra causa no atestado de óbito. Uma fraude e, provavelmente, um crime doloso, porque essas pessoas não tinham nenhuma chance de enfrentar a doença. Enquanto isso, Bolsonaro e seu estafe negacionista celebravam nas redes sociais o sucesso de um tratamento inidôneo ao mesmo tempo em que ele se negava a avançar nas negociações por vacinas com empresas sérias.
771 – REINCIDENTE NO CRIME. Jair Bolsonaro não se conformou com a derrota da medida provisória no Senado e no STF e mandou para o Congresso, na segunda-feira, 20.9.2021, um projeto de lei com as mesmas medidas que dificultam a remoção de conteúdos ilícitos e exclusão de contas e perfis de redes sociais, ainda que envolvam disseminação de informações falsas ou desinformação, conhecidas como fake news. Bolsonaro não é um presidente conservador. Na verdade, ele está disposto a destruir tudo o que estiver no seu caminho para atingir a tão necessária impunidade para si e para sua família, evitando assim o julgamento por seus delitos, tanto em nível nacional quanto no Tribunal Penal Internacional (TPI).
770 – PRESENTE DE GREGO. A comitiva de Jair Bolsonaro levou um presente de grego para os norte-americanos. Pelo menos dois integrantes foram constatados com Covid-19, sendo que um é o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Sem falar em Jair Bolsonaro, que se recusa a informar sua real condição de saúde, se se vacinou ou não, quantas vezes foi infectado, se tem realizado testes periodicamente. Também é importante lembrar que Bolsonaro nunca quis fornecer o número de assessores vitimados pelo coronavírus no Planalto do Planalto. Agora, a Anvisa está recomendando que todos os que fizeram parte da delegação que foi aos EUA fique em quarentena de 14 dias. Alguém imagina que o presidente fará isso? Ele é um vetor da pandemia e até faz a disseminação com uma indiferença cruel. Tudo indica que o cavalo de Troia não voltou vazio.
769 – OBRAS NO EXTERIOR. Um mantra que está sempre na boca dos bolsonaristas é o financiamento de obras por parte do BNDES no exterior, como em 15 países da África e na América Latina, como Venezuela, Cuba, Argentina, Angola e Moçambique. Alegam que houve muitos calotes e acusam que os valores não pagos foram custeados pelos crimes públicos. Não é verdade. O banco desembolsou 10,49 bilhões de dólares e recebeu 12,455 bilhões de dólares, sendo que ainda há 1,29 bilhão de dólares a ser adimplido. Eventuais diferenças ficam a cargo do sistema garantidor, ou seja, têm seguro. Essa foi outra mentira de Jair Bolsonaro contada na Assembleia Geral da ONU.
768 – MENTIRAS NA ONU. A participação de Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU foi constrangedora. Mentiu do início ao fim. Entre outras coisas, culpou prefeitos e governadores pela crise econômica, defendeu o tratamento precoce, disse que seu governo instituiu um auxílio emergencial (na verdade, ele era contra), informou falsamente que dobrou o orçamento para a fiscalização ambiental, falou em milhões na rua no sete de setembro (foram apenas milhares), citou uma preservação inexistente de áreas nativas, entre outras inverdades. O país passou vergonha em nível internacional.
P.S.: Disse que não há corrupção em seu governo.
767 – BARRADOS. Jair Bolsonaro foi a Nova Iorque com uma comitiva onerosa para participar da Assembleia Geral da ONU. Ocorre que ele não está vacinado e o protocolo para circular pela cidade exige vacinação e medidas sanitárias, tudo o que ele se recusa a cumprir no Brasil. Foi assim que eles tiveram de patrocinar o vexame internacional de ter que comer na rua, pois foram barrados e não puderam entrar nos restaurantes. E ainda levaram de presente um infectado para os norte-americanos. Por outro lado, Bolsonaro está tendo muito destaque na imprensa internacional, mas as notícias não são nada animadoras. É mais ou menos como aquele corno de bairro, do qual todo mundo fala, que fica famoso, mas com um destaque que não garante uma eleição de vereador.
766 – PIOR QUE O CÂNCER. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do governo federal, suspendeu, por tempo indeterminado, a produção de insumos para tratamento de câncer e já estão faltando remédios para os pacientes. Tudo porque o governo de Jair Bolsonaro cortou 46% da verba do órgão em 2021, faltando R$ 89,7 milhões para dar continuidade aos serviços. Engraçado, as emendas eleitoreiras de relator na Câmara tiveram R$ 16,2 bilhões, eu disse bilhões, no orçamento para 2022. E Bolsonaro tem o desplante de cortar menos de R$ 100 milhões para a saúde pública. Trata-se do mesmo sadismo bolsonarista na pandemia, quando o Capitão Cloroquina fez piada da situação das vítimas da Covid-19.
765 – PAULO FREIRE. O pedagogo Paulo Freire é uma das maiores autoridades em educação do mundo. Seu método de ensino pressupõe uma valorização do contexto social em que o aprendizado se realiza como forma de elevar o senso crítico do educando para que ele compreenda a sociedade em que está inserido e se aproprie das ferramentas para transformá-la para melhor. Isso está presente, por exemplo, no ato da alfabetização e continua nas demais etapas. Pois agora, o governo Bolsonaro, que só boicota o ensino e já escolheu três ministros incompetentes para o cargo (o atual diz que o povão não deve fazer faculdade), resolveu eleger Paulo Freire como seu inimigo e responsável pelo caos no setor justamente no ano do centenário do eminente professor. Como sempre, Bolsonaro tem que achar um culpado pela sua própria incompetência no cotidiano e foi buscar na história um maligno imaginário, sem nenhum nexo causal com a realidade. Na verdade, a contribuição de Paulo Freire para a educação brasileira é inversamente proporcional à de Bolsonaro e de sua família organizada, que, em mais de três décadas de mandatos, nunca apresentaram sequer um projeto em favor da educação. Nenhum. E no atual mandato de presidente, Bolsonaro continuou com a mesma ênfase de sempre, ou seja, não fazendo nada. Para os bolsonaristas, bom mesmo é Olavo de Carvalho. O mundo reverencia a obra de Paulo Freire enquanto Bolsonaro será lembrado, quiçá condenado, pelos seus crimes contra a humanidade.
764 – PELOS FUNDOS. Diante de uma manifestação contra seu governo em Nova Iorque (19.9.2021), Jair Bolsonaro teve que entrar pela porta dos fundos do Hotel Intercontinental Barclay. Ele está nos EUA para participar da assembleia geral da ONU. Desta vez, não houve manifestantes a favor, o que é bem sintomático do seu desgaste em termos de popularidade. Tudo indica que ele vai afrontar os demais dirigentes mundiais ao orgulhar-se de não ter se vacinado. Pobre Brasil, vai ficar ainda mais isolado e motivo de chacota em nível internacional.
763 – IMPEDIMENTO OU MORTES. De acordo com o Datafolha, 56% dos brasileiros são a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, com 41% contrários e 3% que não souberam opinar. Isso indica, até o momento (19.9.2021), a maior rejeição ao seu governo. É sabido e consabido que o apoio ao impedimento é crescente e majoritário, embora não tenha havido ainda atos massivos de rua, isso porque os segmentos de oposição ainda observam as normas sanitárias na pandemia, coisa que os apoiadores de Bolsonaro se recusam a fazer. Mesmo assim, o presidente bolsonarista da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) se recusa a colocar os mais de 130 pedidos de impeachment em votação. Ocorre que isso atende ao interesse do governo e também do PT, que quer sangrar Bolsonaro para derrotá-lo como candidato combalido nas urnas. Todavia, o que Lira e o próprio PT não consideram é que isso poderá ter um custo alto para o país, inclusive em termos de vidas. Bolsonaro tem um discurso de fraudes contra as urnas e então vai mobilizar seus seguidores contra um resultado adverso, podendo causar tumultos e atentados, o que é bem provável, uma vez que ele já garantiu o acesso às armas para sua escumalha exatamente para que ela vá às ruas ensandecida e inflamada por suas denúncias criminosas e sem sentido. Se isso acontecer, a culpa será de Lira, que se recusou a colocar o impeachment para deliberação na Câmara, e também de Lula e do PT, que preferem um Bolsonaro fraco nas urnas, só que, e este é o perigo, muito mais delinquente, irresponsável e insano, até porque não terá mais nada a perder diante da iminência da condenação por seus variados crimes no exercício da Presidência. O custo mais baixo para a nação parece ser votar agora o seu afastamento. No ano que vem, as perdas podem ser muito maiores.
762 – IOF. "Ninguém aguenta pagar mais imposto", afirmou Jair Bolsonaro em agosto de 2020. No entanto, ele acaba de aumentar o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF). Isso além de contrariar seu discurso de campanha, também agrava a situação dos endividados num país com 71 milhões nessa condição. Quem tomar um empréstimo, usar cheque especial ou entrar no rotativo do cartão de crédito já estará pagando mais caro e se afundando na inadimplência. Sem falar que muito disso será repassado aos consumidores finais, encarecendo produtos e serviços.
761 – SUSPENSÃO CRIMINOSA. Pressionado por Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes que não tenham comorbidades nem estejam privados de liberdade. Tudo indica que as causas disso são a oposição do governo à ciência e a falta de vacinas. A suspensão da imunização contraria recomendação da Anvisa e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Bolsonaro parece não estar contente com os quase 590 mil óbitos e com os 2 mil adolescentes mortos fruto de sua omissão criminosa. E a pandemia continua fazendo vítimas, apesar do avanço da imunização, num montante que equivale à queda de dois aviões de passageiros por dia. Imaginem se o país estivesse à mercê da inércia bolsonarista da imunidade de rebanho, ou seja, mandando todo mundo às ruas para um encontro fatal com o coronavírus.
760 – GASOLINA. Vejo os bolsonaristas, em relação à gasolina, fazendo o que sempre fazem em relação a tudo: deturpação dos fatos. Que tal usar como fonte a própria Petrobras? A composição do valor tem o inicial da empresa, Cide e PIS e COFINS (tributação federal) e o custo do etanol anidro, totalizando 61,8% do valor final, sendo complementado por ICMS (27,6%) e distribuição e revenda (10,6%). Repetindo: 61,8%. A mentira virou nota oficial no governo Bolsonaro. Segue o linque:
759 – DUPLA DERROTA. Pela inconstitucionalidade e por não atender aos requisitos da urgência e da relevância, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu ao Executivo a Medida Provisória (MP) 1068/2021, que limitava a remoção de conteúdos ilícitos publicados nas redes sociais. Também a ministra Rosa Weber, do STF, concedeu liminar para suspender essa MP. Bolsonaro está isolado e não parece saber disso. Claro que os bolsonaristas não vão avisá-lo de sua verdadeira situação, até porque, em seus delírios, pensam que o sete de setembro foi gigante.
758 – DELITOS DE BOLSONARO. Uma comissão de juristas coordenada pelo advogado Miguel Reale, a título de subsídio, está entregando ao relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, um estudo sobre os principais crimes passíveis de serem imputados a Jair Bolsonaro na gestão da pandemia e que podem constar no relatório do parlamentar. Entre eles, estão crime de responsabilidade pela violação de garantias individuais, crime de epidemia, crime de infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, prevaricação e crimes contra a humanidade. Um rol que é um verdadeiro horror.
757 – CHACOTA. Os bolsonaristas e o próprio Jair Bolsonaro viraram motivos de chacota. Primeiro, foi o tal do sete de setembro gigante que gorou. Depois, a viralização nas redes sociais dos apoiadores do governo emocionados comemorando o Estado de Sítio que não houve. Teve ainda o áudio de Marcelo Adnet fazendo troça dos caminhoneiros. Para piorar, o ghostvamper de Bolsonaro, Michel Temer, participou de um jantar em que um humorista fez uma performance ridicularizando e ironizando o Capitão Cloroquina. Desgraça pouca é bobagem. Ah, e tudo indica que Zé Trovão, líder dos caminhoneiros, não tem habilitação para dirigir caminhões. Esse governo e seus asseclas são uma fraude completa.
756 – EX-FILIAIS. Os integrantes do governo se regozijaram que os atos contra Jair Bolsonaro organizados pelo MBL, Vem pra Rua e Livres foram esvaziados. Essa gente realmente não bate bem da bola. Esse pessoal que passou para a oposição fez parte da campanha bolsonarista e teve um papel importante na eleição de Bolsonaro. Ou seja, essa gente comemora até defecções. Isso só mostra o isolamento crescente do bolsonarismo.
755 – LUNÁTICOS. É de causar espécie as reações do foragido Zé Trovão e do blogueiro Oswaldo Eustáquio à decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que negou o habeas corpus para Trovão. Fachin alegou que um integrante da Corte não pode dar o "remédio heroico" para alguém que tem ordem de prisão (que Trovão chama de "mandato de prisão") emitida por um outro colega. Pois bem, diante da negativa, eles chegaram a comemorar, assumindo a lógica do julgador, e afirmaram que não houve derrota, que o habeas será apreciado por... Alexandre de Moraes, o mesmo que foi ofendido pelo caminhoneiro. A vida é assim: onde o bom senso enxerga problemas, alguns enxergam oportunidades. Vá entender.
754 – IRONIA. Com cerca de 15 milhões de desempregados e muitos outros milhões e milhões de desalentados, Jair Bolsonaro lança um programa de educação financeira, sob coordenação do MEC, para estudantes. Ora, com as famílias passando fome, tendo que comprar ossos para a sopa, com o botijão de gás com o preço nas alturas, nem há orçamento para administrar. Esse programa é um acinte contra os pobres.
753 – INCORRIGÍVEL. Horas depois de ter publicado uma nota de aventado recuo em suas posições anticonstitucionais e golpistas, Jair Bolsonaro já demonstrava que seu caráter não permite qualquer transigência em suas teses e posturas. Numa live na quinta-feira, 9.9.2021, ele voltou a atacar a imprensa e, o que é pior, a se dirigir ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF, de forma pejorativa e com falas de duplo sentido. Desse jeito, ele nem agrada ao gado raivoso nem consegue incutir confiança naqueles que até querem mantê-lo no poder, mas não a qualquer custo.
752 – CARTA. Nada como ter um governo que se diz independente na teoria, mas que é um trapalhão na prática: a declaração de Jair Bolsonaro em tom de desculpa à nação depois de ter agredido verbalmente o ministro Alexandre de Moraes foi redigida por Michel Temer. É isso que dá não ter se dar bem com a lógica, ter um vocabulário reduzido de cerca de 500 palavras e um raciocínio tortuoso. Precisa de uma pena de aluguel, terceirizando a tarefa da escrita. Aliás, Bolsonaro já terceirizou outras coisas também.
751 – PATACOADA. Como constitucionalista, Jair Bolsonaro é um excelente miliciano. Blefou no ato de 7.9.2021 dizendo que convocaria o Conselho da República e que essa instância inclui o presidente do STF, Luiz Fux, o que não é verdade. Mostra que nem sabia do que estava falando. Acabou convocando apenas os ministros do seu governo num tipo de reunião que, como se sabe, tem um histórico nada recomendável, a julgar pelas intervenções insanas do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente, aquele da boiada e do contrabando ambiental. Aliás, essa sessão de 22.4.2020 passou para a história como um dos episódios mais constrangedores de uma República que entrou em apuros com o advento de um governo golpista e voltado ao acobertamento dos crimes de uma família criminosa.
750 – RACHADINHA DA BOA. Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, ex-assessor da família Bolsonaro, deu entrevista ao portal Metrópoles em que revela que, inicialmente, a rachadinha no gabinete do então deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro e do vereador carioca Carlos Bolsonaro era controlado pela esposa de Jair Bolsonaro na época, a advogada Ana Cristina Valle. Ele mesmo foi incluído no sistema dos funcionários fantasmas e tinha que devolver cerca de 80% do seu salário durante os 14 anos em que trabalhou para o clã, o que ocorreu a partir de 2003. A operadora do direito e do esquema foi substituída quando Bolsonaro descobriu que tinha um sócio oculto nas atenções da sua mulher, um bombeiro da sua escolta que passou a escoltar demais seu cônjuge, e então ele passou para os filhos diretamente a função de arrecadar os valores. Foi aí que se abriu um espaço para que Fabrício Queiroz viesse a atuar nessa função de operador financeiro da família organizada.
749 – O CORNO E SEU TRANSTORNO. Jair Bolsonaro e sua horda não dão folga ao país nem em feriado. Neste 7 de setembro de 2021, foram às ruas para defender pautas criminosas e cometer delitos. Em seus discursos em Brasília e em São Paulo, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao atacar o Judiciário, seus ministros e ao dizer que vai descumprir ordem judicial. O simples ato de afirmar já é ilícito, porque vai contra a dignidade da Justiça, tudo previsto no artigo 85 da Constituição federal, além da incidência das modalidades de crimes contra a honra. Há severos indícios de que o corno mais famoso do país está vivendo um profundo transtorno psicológico e psiquiátrico diante da possibilidade de vir a ser processado e punido por todos os seus malfeitos, que envolvem peculato, contrabando, funcionários fantasmas, notas frias, diárias superfaturadas, fraudes no cartão corporativo, lavagem de dinheiro e negociatas em vacinas. Em seus delírios, reuniu sua escumalha igualmente sociopata para investir contra as instituições que o impedem de levar o país para o caos golpista de uma ditadura criminosa e miliciana, apta a conquistar a tão desejada impunidade para si, para sua família e para seus cúmplices. Felizmente, o que se viu é que o sacripanta está isolado e só se comunica com o bolsão dos seus tresloucados seguidores, numa retroalimentação entre o bolha e a bolha. Agora, cabe ao Judiciário e ao Congresso Nacional, a par com outras instituições que são de Estado e não de governo, retirar do poder esse projeto de ditador e julgá-lo pelos danos causados à população, principalmente na pandemia, com recorde de mortos e de infectados pelo boicote aos imunizantes e às medidas sanitárias. Nunca o impeachment esteve tão bem posto na ordem do dia e nem mesmo seu fiel escudeiro, Arthur Lira, presidente da Câmara, deverá ter a força necessária para salvar seu malvado favorito.
748 – DERROCADA. Com base nas observações que costumo fazer nas redes sociais, a mim me afigura que este 7 de setembro de 2021 assinala a derrocada de Jair Bolsonaro nessas plataformas. Ficou tão evidente seu discurso golpista, sua pauta antidemocrática e seu interesse em proteger a si e a sua família mediante o uso da máquina pública diante das acusações de crimes diversos, que milhões de seus eleitores o abandonaram, decepcionados com suas insanidades. Os que continuam na sua bolha não são suficientes para lhe dar sustentação e é por isso que ele radicaliza o discurso, buscando um contencioso civil e militar que possa livrá-lo das penas da lei e da cadeia. Observando os comentários, vejo que a maioria deles é contrária ao governo e, a seu favor, os mais caninos, alguns robôs pagos para impulsionar notícias falsas e gente ressentida que expia sua raiva com o mundo na catarse bolsonarista.
747 – DISCURSO CÍNICO. Em seu discurso golpista e recheado de mentiras, na Esplanada do Ministérios, neste 7 de setembro, durante manifestação esvaziada, Jair Bolsonaro afirmou que existem presos políticos no Brasil, os seus apoiadores, por ordem do ministro Alexandre de Moraes (STF). Não, não são presos políticos. São bandidos, que fazem ameaças de homicídio ou de estupro, entre outros delitos, e devem continuar fechados à espera da companhia de Bolsonaro.
746 – ACORDO CRIMINOSO. A cúpula do Exército nos anos 80 fez um acordo para salvar o medíocre tenente que queria explodir os quartéis. Ele pedia baixa e eles reverteriam a condenação de primeira instância, apesar da farta documentação, depoimentos e laudos, aposentando-se como capitão. Ele ficou livre para concorrer a vereador e assim começar sua carreira de sanguessuga dos cofres públicos. Evoluiu bastante a ponto de se tornar o grande líder de uma família organizada envolvida com peculato, contrabando, funcionários fantasmas, notas frias, diárias superfaturadas, fraudes no cartão corporativo, lavagem de dinheiro e ladroagens em vacinas. Escapou da prisão no passado porque seus delitos foram acobertados, mas agora já não poderá fazer isso e a cadeia, seja pela legislação interna, seja pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), por certo será o seu destino diante dos crimes imprescritíveis e inafiançáveis que cometeu. É por isso que ele tenta dar o golpe, mas sua perda de popularidade só o deixou com os bolsões bolsonaristas que mais ladram que metem medo.
https://www.extraclasse.org.br/.../grande-farsa-absolveu.../
745 – MEDIDA CRIMINOSA. O presidente Jair Bolsonaro emitiu uma medida provisória notadamente inconstitucional alterando o Marco Civil da Internet com a finalidade de dificultar a remoção de perfis criminosos, de conteúdos ilícitos e de discursos de ódio das redes sociais. O sonho de todo delinquente é legislar em causa própria. Esse é o objetivo de Bolsonaro. Não vai levar.
744 – AVALIAÇÃO EXTERNA. De acordo com uma avaliação do pesquisador José Caballero, do IMD da Suíça, desde 2019 vem ficando claro uma queda da imagem do Brasil no exterior, na percepção dos executivos, provavelmente por questões de fraqueza nas instituições, enorme burocracia, corrupção, falta de transparência e preocupação com o Estado de Direito. Pois é, não foi nenhum perigoso comunista apreciador de criancinhas que falou isso, mas um executivo de uma consultoria especializada em assessorar grandes capitalistas do mundo inteiro. A corrupção é notícia que chega longe.
743 – CHIFRE IMPRESSO. Numa iniciativa que demonstra a mais recente designação que lhe é atribuída, Jair Bolsonaro foi recepcionado com a inscrição "Fora, Corno" em Santa Cruz do Capibaribe (PE). Trata-se de um chifre impresso e auditável. Veja mais clicando abaixo.
https://br.noticias.yahoo.com/bolsonaro-e-recebido-com-fora-corno-em-pernambuco-203449799.html
742 – PROVOCAÇÃO. Um bolsonarista de nome Márcio Giovani Nique, vulgo Professor Marcinho, também está atrás dos seus minutos de fama atrás das grades. Divulgou um vídeo em que alega saber de um grande empresário que teria oferecido muito dinheiro para alguém que elimine o ministro Alexandre de Moraes. E aduziu que nada o fará revelar o nome do suposto mandante. É preciso que a Polícia Federal vá atrás desse criminoso para apurar essa história e colocar os delinquentes envolvidos na cadeia.
741 – PRÓ-RICOS. Jair Bolsonaro, como bom boçal dos ricos, é contra a regulamentação da taxação das grandes fortunas, prevista na Constituição. Ou seja, nem dá para dizer que a proposta é coisa de comunista. Aliás, as elites brasileiras já transformaram o texto constitucional num lençol de retalhos, mas só para normas que interessam pra eles. Um exemplo é a alteração constitucional do senador Houveram (Luis Carlos Heinze-RS) diminuindo o prazo para os trabalhadores rurais reinvindicarem seus direitos trabalhistas. Outro é a reforma da Previdência. No Brasil, seis pessoas têm a renda de cem milhões e é essa indecência social que Bolsonaro quer manter.
740 – CAMINHONEIROS. Os bolsonaristas estão tentando vender um terror nas redes sociais e afirmam que contam com o apoio dos caminhoneiros. Ocorre que nenhuma das entidades da categoria apoia o tal 7 de setembro. Pelo contrário, sabem que seus patrões querem usá-los para conseguir suas pautas no Congresso e no STF. Aliás, seriam idiotas se fossem para as as ruas apoiar um governo que coloca o valor dos combustíveis nas alturas.
739 – SUPERFATURAMENTO. O governo de Jair Bolsonaro pagou R$ 8,65 reais por unidade de máscara facial imprópria para o uso de profissionais de saúde. Em compras anteriores, foram adquiridas máscaras tipo PFF2, uma das mais eficientes para proteger contra a Covid-19, por R$ 3,59, com um superfaturamento de 141%. No total, foram gastos no contrato mais de R$ 340 milhões. Desvios de verbas públicas, peculato, negociatas, favorecimentos, propina e corrupção têm sido a tônica no governo da família organizada.
738 – REBELDIA. Uma cerimônia de formatura de novos diplomatas foi realizada sem a presença de Jair Bolsonaro e fechada ao público porque os formandos decidiram homenagear o diplomata José Jobim (1909-1979), morto e torturado pela ditadura militar porque divulgara que estava pensando em escrever um livro com revelações sobre a corrupção nas obras da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Parabéns pela coragem desses novos servidores de carreira, que mostram que o país pode sair do atraso na diplomacia mundial em que o governo Bolsonaro o colocou. O passado pode ser negado, mas não pode ser erradicado. Os passivos da ditadura militar estão aí para servirem de alerta para todos.
737 – BANDEIRA EXTRA. O governo de Jair Bolsonaro está aprofundando a bandeira vermelha e criando uma bandeira extra no valor de R$ 14,20. Diante de sua incompetência para gerir a crise hídrica e com a omissão perante o desmatamento que altera o fluxo das chuvas, optou pelo caminho mais fácil para ele e mais caro para os consumidores. Os bolsonaristas ganharam um motivo a mais para comemorar no dia 7 de setembro, o maior aumento nas contas de luz, que "vai ser gigante". Vem junto um certificado de otário.
736 – CARESTIA NA CASERNA. O Exército Brasileiro divulgou nota na qual admite que está faltando comida nos quartéis. De acordo com a instituição, "a inflação e a pandemia levaram ao desabastecimento de alimentos em quartéis da Força em Brasília. Falta óleo de cozinha, enquanto arroz e feijão devem acabar em dois dias. Para evitar que os soldados fiquem sem refeições, o Comando Militar do Planalto cogita exigir apenas meio expediente de trabalho". A publicação é do jornal Metrópoles. Isso mostra que Jair Bolsonaro, que tem um cartão corporativo ilimitado e come picanha a R$ 1.800 o quilo, não está nada preocupado com a real situação da tropa. Só quer que ela faça figuração nos seus delírios golpistas.
735 – CRITICADO. Jair Bolsonaro está desagradando até mesmo aos grandes capitalistas do país. Entidades representantes da indústria e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estão articulando um manifesto no qual pedem diálogo e expressam textualmente: "O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população". Bolsonaro não gostou porque, mesmo com diplomacia, viu que o grande PIB do país está insatisfeito com seu governo, assim como os pobres. Como retaliação, ameaçou retirar BB e CEF da associação dos bancos. O fato é que seu governo é um rotundo fracasso e só serve para defender sua família organizada.
734 – CONTA DE LUZ. Diante da sua incompetência para gerir a crise hídrica, que está levando o preço da conta de luz às alturas e colocando a bandeira vermelha para todos, inclusive, para quem sempre defendeu que sua bandeira nunca seria vermelha (às vezes também é laranja), o que faz Jair Bolsonaro? Manda a população desligar um bico de luz. Nada como um gestor com soluções estratégicas.
733 – "EGIGENTE". O presidiário bolsonarista Roberto Jefferson escreveu uma carta à mão neste domingo, 29.8.2021, afirmando que não aceita ser transferido da cadeia para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Que bom, a gente nem queria soltá-lo mesmo. Pelo jeito, vai continuar fechado com Bolsonaro.
732 – CARLUXO. O que era apenas uma suspeita, vai ganhando ares de realidade. A revista Veja confirmou que Jair Bolsonaro pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e armou toda a confusão porque recebeu uma informação da Polícia Federal de que Carlos Bolsonaro, o mentor do gabinete de noticias falsas, seria preso logo após Roberto Jefferson. A família organizada, para ele, está acima de tudo e de todos.
731 – ICMS. Os bolsonaristas estão divulgando uma notícia falsa de que a gasolina está cara por causa do ICMS dos estados. Trata-se de mentir para esconder a realidade. Esse é um tributo que não é parafiscal e, portanto, não pode ser alterado por decreto, apenas por lei. E, na verdade, o percentual é o mesmo há anos. O que aumentou foi o preço do produto, tanto pelo dólar, atrelamento em prol dos acionistas, quanto pela má gestão da Petrobrás, que se desfez de ativos e agora está pagando mais caro pelos mesmos serviços de antes, como no caso de subsidiárias e gasodutos (Lembram a privatização da Liquigás e a promessa de Paulo Guedes de baixar o preço do botijão de gás?). Jair Bolsonaro, como sempre, como péssimo gestor que é, busca transferir responsabilidades. Quer que os estados arquem com sua incompetência. Sobre a tabela do IR, que aí sim lhe cabe e continua desatualizada, consumindo os salários dos mais pobres, ele não faz nada.
730 – FEIJÃO. Em declaração no cercadinho no Palácio do Planalto para seu gado particular, Jair Bolsonaro declarou que quem quer comprar feijão é idiota e aconselhou a comprar fuzil. Como sempre, ele chama de idiota quem discorda de suas falas criminosas e delituosas. Decerto, espertos são os que o apoiam, como os motoqueiros, que fazem motociatas em seu favor, com gasolina a R$ 7. Ou os que não se vacinaram e transmitiram a doença, morreram e ficaram com sequelas. Bolsonaro conta com a idiotia alheia para garantir a própria impunidade.
729 – CHORORÔ. Depois da recusa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Dem-MG), de receber o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro deu declarações com ar choroso. Alegou que sua demanda teve tratamento diferenciado de quando o ministro Luis Roberto Barroso determinou que fosse instalada a CPI da Covid e ele o fez. Isso porque, desta vez, Pacheco acolheu os argumentos da Advocacia-Geral do Senado. Ora, Bolsonaro não sabe sequer a diferença entre ordem judicial e parecer jurídico. Ordem judicial se cumpre, parecer jurídico se acata ou não. Pacheco não tinha a opção de aceitar ou não o comando do STF. Mas seria difícil para um miliciano concordar com isso.
728 – PERGUNTA CRUEL. Os pobres de direita já podem se inscrever para responder à pergunta do ministro Paulo Guedes: “Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”. Para ele, nenhum problema. Para Jair Bolsonaro também não. E para o povo?
727 – RECONDUÇÃO. Augusto Aras, poste-geral da República, foi reconduzido ao cargo de vassalo-mor de Jair Bolsonaro com os votos dos bolsonaristas e dos petistas, aliança que já vem se ensaiando há muito tempo e que sela um pacto pela impunidade, como ocorreu no afrouxamento da Lei de Improbidade Administrativa. Se o Ministério Público Federal (MPF) é o titular da ação penal, e Aras é o chefe do MPF, isso significa que não haverá ação penal contra os crimes de Bolsonaro. Tudo indica que a CPI da Covid-19 vai entregar seu relatório para nada. Não é de hoje que petistas e bolsonaristas brigam por privilégios, mas se unem para garantir a impunidade pela prática de delitos contra o patrimônio público.
726 – SETE DE SETEMBRO. Os bolsonaristas estão anunciando um ato a favor do governo do Capitão Cloroquina. O Brasil é um país surreal. Traficante cheira, cafetão se apaixona e governo que já é governo faz ato para governar e não governa. A escumalha esculhambou a lógica.
725 – LOBISTA. Uma apuração da Folha de São Paulo indicou que o senador Houveram (Luis Carlos Heinze - PP-RS), grande defensor da Cloroquina, fez lobby para que empresas do ramo veterinário passassem a produzir vacinas. Além disso, ainda fez contato com Precisa, aquela que nunca produziu nenhuma dose, para que ela também integrasse esse complexo junto com os laboratórios Boehringer Ingelheim Brasil, Ourofino Saúde Animal e Ceva Saúde Animal. Uma vergonha saber que esse senhor ajudava a desdenhar dos fornecedores idôneos e negociava com gente que poderia lhe oferecer propina ou negócios de ocasião, ainda que não tivesse expertise de vacinas.
724 – RECLAMAÇÃO. A subprocuradora da República, Lindôra Araújo, está sendo alvo de reclamação no Conselho Nacional do Ministério Público por escusar Jair Bolsonaro de usar máscara na pandemia. Ela tem dois pesos e duas medidas, pois no caso do desembargador Eduardo Siqueira, do TJ de São Paulo, fez uma representação contra o infrator, alegando "veementes indícios de autoria e materialidade". Esse pessoal bolsonarista não se importa com coerência ou com leis quando se trata de defender seu mito miliciano.
723 – SEM MÁSCARA. Jair Bolsonaro foi multado pela sexta vez em São Paulo, desta vez na cidade de Ribeira, por não usar máscara em lugares públicos. O valor, com base em legislação federal, pode chegar a R$ 4,5 milhões. Isso só mostra o desrespeito desse senhor pela saúde da população. Não é difícil imaginar a mortandade que teríamos se seu entendimento de imunidade de rebanho tivesse prevalecido. Um exemplo de sua indiferença é aquele vídeo em que imita um doente, debochando: "Ai, estou com Covid!".
722 – ESPERNEANDO. Em causa própria, de sua família e de seus asseclas, Jair Bolsonaro ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para que a corte não possa abrir inquérito de ofício. Ora, se qualquer um do povo pode prender alguém em flagrante delito, por que, na mesma situação, não poderia o STF abrir um inquérito com base no seu regimento interno, de elaboração constitucionalmente autorizada? Se qualquer cidadão pode o mais, por que o Supremo poderia menos? Ainda mais com um PGR como Augusto Aras, que é um capataz bolsonarista no órgão que deveria ser o fiscal da lei, mas que é omisso diante das falcatruas de Bolsonaro e seu governo. O gado berra e a mangueira vai abrindo as porteiras para bem acolhê-lo.
721 – ORAÇÕES. Tudo indica que Jair Bolsonaro encontrou um jeito maçante de se vingar do STF. O seu indicado e terrivelmente evangélico para a corte, André Mendonça, terá a missão de abrir as sessões com uma oração, impondo o rito religioso aos demais ministros. Embora no Brasil, constitucionalmente haja a separação entre igreja e Estado, os religiosos, notadamente os evangélicos, gostam de se imiscuir nos negócios públicos para ganhar dinheiro fácil. E não basta financiar: eles gostam de ver todo mundo pagando e rezando. Haja saco! O risco é suas excelências renunciarem pela chatice de Mendonça e assim abrirem mais vagas para as indicações de Bolsonaro. Esse Mendonça é o mesmo que chorou copiosamente numa cerimônia em que o Capitão Cloroquina confirmou que o indicaria, num dramalhão digno de ser sonorizado por Sérgio Reis.
720 – MÁSCARAS. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anda colocando rolhas em lugares frágeis. Tudo porque ele não quer desagradar a Jair Bolsonaro e seus desarvorados apoiadores e, ao mesmo tempo, não quer ser tachado como embusteiro. Assim, ele vai à CPI da Covid e diz que é a favor da obrigatoriedade do uso de máscaras como medida sanitária. Chegou a dizer que tal uso é tão importante como a vacina. De outra banda, deu uma entrevista a um portal bolsonarista dizendo que é contra a medida. "Quem é você que não sabe o que diz? / Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!", já diria Noel Rosa.
719 – INAUGURAÇÃO. Nesta quarta-feira (18.8.2021), Jair Bolsonaro, com uma comitiva que incluiu os pastores lambe-botas Marco Feliciano e Silas Malafaia, inaugurou um conjunto habitacional em Manaus, obra do prefeito David Almeida (Avante). Só que o complexo, que conta com verbas federais, já tem unidades destinadas a familiares do mandatário, que não cumprem os requisitos para a contemplação, mostrando que a direção bolsonarista da CEF não está zelando pelos recursos públicos. Quanto à comitiva, de novo a conta fica para o contribuinte, a exemplo de uma inauguração de uma ponte em maio, em São Gabriel da Cachoeira (AM), quando os gastos de deslocamentos para essa inauguração foram três vezes maiores do que o valor da própria obra.
718 – BLOGUEIRO. A valentia dos bolsonaristas tem densidade limitada. Depois de ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ameaças ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF, o blogueiro Allan dos Santos afirmou que não fez o que está amplamente documentado. Essa gente tem uma vergonhosa valentia virtual que se desvanece na medida em que são chamados a responder por suas condutas criminosas.
717 – O PENSAMENTO BOLSONARISTA. Eu leio muito os argumentos dos bolsonaristas para entendê-los. Vejo que 95% não produzem seus próprios textos, só repassam o que recebem e escrevem muito mal, com alto déficit de escolaridade que eles não percebem. Pensam que criticar Bolsonaro é defender Lula. Não conhecem a admiração bolsonarista por Chávez. Não admitem que Bolsonaro contratava funcionários fantasmas, inclusive o próprio filho Eduardo. Negam as rachadinhas e desconhecem que o Poder Judiciário só age quando provocado, como pela Polícia Federal ou pelos senadores para implementar a CPI da Covid. Acreditam que a imunidade de rebanho é solução e não voucher para milhares e milhares de mortos e que as medidas sanitárias são meramente ideológicas. Acham que a pesquisa e a ciência são despesas e acreditam que o comunismo diz respeito a tomar o que as pessoas não têm. Acham que têm uma procuração para falar em nome de Deus e que os erros do governo é porque não o deixam governar, embora tenham comprado o Centrão para isso. Entendem que a terra dos índios são improdutivas e não se importam se a livre expressão for um disfarce da apologia ao crime. Pensam que as Forças Armadas são um poder moderador e destinado a uso pessoal do presidente. Tanta coisa que essa gente pensa, ou melhor, que as fazem pensar.
716 – MAUS-TRATOS IDIOMÁTICOS. A maioria dos ministros de Jair Bolsonaro, que praticamente ninguém sabe quem são, fazem muito bem quando não fazem nada. Esse Milton Ribeiro, da Educação, por exemplo, estava passando despercebido, o que só soma para a população em relação ao padrão bolsonarista, até que resolveu defender que a universidade é para poucos e que crianças especiais atrapalham o desenvolvimento dos infantes "normais" (pura eugenia). Mas não para por aí: parece que para ser ministro da Educação precisa ter dificuldade de se expressar na língua portuguesa. Houve um ministro que falava outro idioma e um que escrevia "paralização" e "imprecionante". Pois agora o senhor Ribeiro postou "dirije" numa resposta ao senador Romário. Lembro-me de que ele anunciou que vai examinar antecipadamente as questões do Enem. Imaginem ele e o Bolsonaro fazendo isso: acho que nem prova com consulta adianta.
715 – ESTRUTURA GOLPISTA. O babaca do Sérgio Reis falou tantas asneiras que acabou deprimido com as consequências do seu servilismo a Jair Bolsonaro. Todavia, ele falou algo que, a par de outros delitos, merece investigação. Disse que os manifestantes em Brasília seriam bancados nos seus custos e nas refeições. Quem pagaria? Seria a Aprosoja, que defende os produtores? Essa associação é suspeita, uma vez que seus produtores rurais defendem as pautas bolsonaristas, entre elas, o voto impresso, a reviravolta entre os Poderes da República a favor do Executivo e a peculiar tese governista da defesa da soberania nacional. Eles também concordam com a forma como Bolsonaro lida com as questões de meio ambiente, flexibilizando a legislação e permitindo o desmatamento, e como ele age nas disputas pelo mercado externo, apesar das bravatas. Essa Aprosoja é uma entidade suspeita e merece levar uma devassa.
714 – MAMATA PRÓPRIA. A pedido da Polícia Federal (os bolsonaristas sempre fazem parecer que os juízes decidem por conta contra eles), o ministro Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou o cancelamento por parte do governo do repasse de verbas para mídias, portais, canais e páginas que veiculem notícias falsas sobre as eleições, comprometendo a verdade sobre a lisura do pleito. A apuração da PF está inserida no inquérito aberto pelo TSE para investigar ataques sem provas feitos por Jair Bolsonaro às eleições brasileiras. Pelo jeito, ao contrário do que dizem os seguidores do Capitão Cloroquina, a mamata não acabou e continua ativa, só que agora a favor deles. Uma espécie de mamata própria. Com essa, eles concordam.
713 – NOVO FRACASSO. Para aprovar a PEC do voto impresso, o governo de Jair Bolsonaro teria que obter 308 votos. Mesmo comprando o Centrão, conseguiu apenas 229, insuficiente para aprovar uma lei complementar e talvez até uma lei ordinária. Mas a coisa não para por aí. Agora, vem à tona a revelação de que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não conseguiu nem mesmo a instalação de uma CPI para confrontar o TSE, o que exige um quórum de 171 signatários. A coisa está osca pro lado desse governo mambembe e os caras ainda vêm falar em golpe ou em retirar ministros do STF. Não se enxergam. Em tempo: esse Sérgio Reis como cantor é um excelente animador do coral dos milicianos.
712 – BARROS. Na CPI da Covid, Ricardo Barros, líder do governo, alegou que a CPI está afastando potencial vendedores de vacinas. Trata-se de uma alegação de um delinquente, uma vez que quem se recusou a comprar vacinas dos verdadeiros fornecedores foi Jair Bolsonaro, que preferiu negociar propinas com atravessadores enquanto desautorizava as negociações com laboratórios idôneos.
711 – TEATRO. Depois da acertada prisão de Roberto Jefferson, Jair Bolsonaro, que o incentivara a cometer seus crimes de fanfarronice, pressionado pela sua base popular que derrete a cada dia, resolveu anunciar que vai pedir para o Senado Federal o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, por, pretensamente, extrapolarem os marcos da Constituição em seus atos e decisões. Para começar, Bolsonaro, como constitucionalista, é um excelente miliciano. Segundo, que os ministros, como juízes, decidem quando provocados, como no caso da prisão de Jefferson, que foi pedida pela Polícia Federal. Terceiro, que não comete nenhum delito o magistrado que decide nos marcos legais e constitucionais, como fizeram ambos os ministros. O cerco está se fechando e Bolsonaro espirra para todos os lados, mas seu desejo de impunidade vai ficando cada vez mais distante.
710 – MANIPULAÇÃO. O Ministério da Saúde houve por mal reduzir o número de vacinas destinadas ao estado de São Paulo. Até antes dessa decisão, o montante era definido pela proporção populacional, mas, como tem oposição à vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, Jair Bolsonaro resolveu mudar os critérios e se vingar do governo paulista, que recorreu ao STF. Isso é próprio de um presidente que coloca sua pauta de impunidade acima do interesse público e da saúde da população.
709 – NO XADREZ. Aos poucos, os valentes bolsonaristas das redes sociais vão enfrentando o xilindró. Entre outros, já foram presos o brutamontes deputado federal Daniel Silveira, a confusa Sara Winter, o pseudojornalista Osvaldo Eustáquio e agora o boquirroto Roberto Jefferson. Por enquanto, Jair Bolsonaro vai se safando por conta da imunidade do cargo, mas, em breve, também deverá fazer parte dessa lista de delinquentes e atravessadores da moral e da honestidade.
708 – VOTO IMPRESSO. Pelo jeito, a negociata de Jair Bolsonaro, que teve na votação do voto impresso um teste decisivo, não funcionou. O Centrão é caro e infiel. Esse abraço com a velha política e o "toma lá dá cá" são um voucher para o atraso e para a corrupção. O Brasil tem o melhor sistema eleitoral do mundo e eu, que já fui tantas vezes mesário, pude comprovar isso de perto. Na verdade, Bolsonaro está com sua popularidade derretendo a cada dia por conta de sua omissão criminosa na pandemia e, por isso, tenta, de todas as formas, melar as eleições. Não só não conseguirá como tem tudo para acabar na cadeia, como merecem todos os delinquentes.
707 – FUMACÊ. Os tanques da Marinha que as Forças Armadas trouxeram para desfilar perante Jair Bolsonaro serviram apenas para desmoralizar a instituição. Além de veículos defasados, um deles expirava fumaça no melhor estilo fumacê para combater o mosquito da dengue. Temos aqui uma versão mais recente que honra "O Incrível Exército de Brancaleone", filme de 1966.
706 – COVARDES. Os bolsonaristas costumam se mostrar muito valentes, principalmente em atos golpistas e nas redes sociais. Alguns defendem a revogação da Constituição, a volta do regime militar e a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas quando são convocados para depor perante órgãos de controle, não hesitam em apelar para o STF para não precisar responder aos questionamentos. São falastrões quando não têm que se explicar, mas viram verdadeiros "bundões" quando têm que sustentar suas posições. Isso é típico dessa gente. Foi o que fez o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que ficou conhecido por fazer ataques gratuitos às instituições. Na hora de confirmar o que disse, recorreu ao Supremo. Não honra as divisas. Faz lembrar quando Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, foi assaltado estando armado e, dizem, se borrou nas calças.
705 – SINISTRO DA EDUCAÇÃO. Os capitalistas têm predileção por apresentar o capitalismo como sinônimo de uma democracia. Democracia é quando as pessoas têm poder de escolha e podem escolher o que é melhor para elas, exercendo sua cidadania com dignidade e com condições econômicas para tanto, principalmente no tocante à sua carreira. Pois agora o senhor pastor reacionário Milton Ribeiro vem dizer que a universidade não pode ser para todos. Que é preciso preparar mais técnicos e menos graduados e pós-graduados. Ora, para começar, mesmo para formar técnicos é preciso investimento em educação básica, o que esse governo não faz. Em segundo lugar, se existem profissionais de nível superior desempregados, a culpa não é deles, mas de um sistema econômico que privilegia o capital em vez da força de trabalho. De novo está se culpando os efeitos em vez das causas. Ministro, o senhor é uma marionete nas mãos de Bolsonaro e só aparece em público para falar rematadas asneiras.
704 – INVESTIGADO. O TSE solicitou ao STF que Jair Bolsonaro seja investigado por quebra do sigilo de um inquérito da Polícia Federal que investigou um ataque, malsucedido, ao sistema do órgão em 2018. Interessante é que Bolsonaro é contra o sigilo, e até comete crime ao violá-lo, quando isso lhe interessa. Já quando envolve suas falcatruas, ele é a favor do sigilo. Foi assim no caso da investigação de crime militar por parte do general Eduardo Pazuello. O governo decretou cem anos, cem anos, vejam bem, de sigilo nesses documentos. A lei só serve para os criminosos à medida que os beneficia.
703 – NADA A VER. Numa motociata em Santa Catarina neste sábado de 7.8.2021, quando questionado sobre o aumento da gasolina e da inflação, Jair Bolsonaro "contra-argumentou" com voto impresso e outras aleivosias. O cara não tem resposta para nada que diga respeito à melhoria do nível de vida da população. Tudo se resume a continuar no poder para não ir para a cadeia junto com sua familia, ainda mais depois das rachadinhas, das propinas nas vacinas e na omissão no combate ao coronavírus. Já são mais de 560 mil mortes.
702 – EXEMPLO? Jair Bolsonaro em declaração a empresários, com registro pela CNN Brasil: "Parte do STF quer a volta da corrupção". Como se ele e sua família organizada, enfiada em rachadinhas, diárias e notas frias, corrupção em vacinas, fossem exemplos de honestidade e de lisura.
701 – HUMOR CORROSIVO. Não é à toa que os regimes autoritários sempre buscam perseguir os humoristas, porque o humor é revolucionário. Agora mesmo, por ocasião da insistência de Jair Bolsonaro com o voto impresso, as redes sociais foram inundadas por uma boa dose de ironia. Há gente defendendo a volta do telex, do videocassete, de lojas tradicionais que foram extintas, do mimeógrafo e da máquina de escrever. O anacronismo da proposta de Bolsonaro mostra que ele quer um país que ande para trás, inclusive em termos de regime, com saudosismo do golpe militar. Mas o povo sabe como reagir e a desmoralização da proposta bolsonarista está bem avançada.
700 – CACETADA DE VOLTA. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aquela do turismo remunerado na Espanha, tentou tirar onda em cima do youtuber Felipe Neto quando ele anunciou que tomaria a vacina contra a Covid-19. No Twitter, ela o mandou agradecer a Bolsonaro. Com toda sua verve, expertise e vocação para o debate, o rapaz, que tem cerca de 15 milhões de seguidores, devolveu a ironia: "Prezada Carla Zambelli / Minha vacina será aplicada com absoluto atraso, graças à incompetência e corrupção do governo federal. / Pq vc não manda essa mensagem para as famílias dos 554 mil mortos no país? / Toma vergonha nessa cara, aliada de assassino". A escumalha bolsonarista não tem senso de oportunidade.
699 – CALOTE. O ministro Paulo Guedes está armando um calote para os credores de precatórios, que são as sentenças transitadas em julgado que devem ser pagas pela União. Jair Bolsonaro está assentado em privilégios, comendo picanha a R$ 1.800 o quilo, usando sem limites o cartão corporativo, e assim fica fácil de tramar não pagamento do que é dinheiro dos outros.
698 – TSE. Diante dos ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele seja investigado pelos ataques antidemocráticos ao processo. Como Bolsonaro está cada vez mais impopular, ele tenta virar a mesa. Até mesmo o presidente Luiz Fux, que sempre esteve lhe estendendo a mão, leu uma nota contundente contra suas acusações infundadas. Os golpistas serão derrotados nas urnas e nas ruas.
697 – MANIFESTAÇÕES. Neste domingo, 1º.8.2021, os bolsonaristas fizeram manifestações em todo o país pelo voto impresso e com palavras de ordem golpistas. Basta ver as imagens divulgadas pela imprensa para se ver que os atos estão cada vez mais esvaziados, com enormes claros entre o gado pingado. Viram-se muitos dos participantes fazendo pouco das aglomerações e não usando máscara. A julgar pela frequência cada vez menor nas atividades de apoio ao presidente, o que está de acordo com as pesquisas sobre seu governo, o grande negócio do momento é comprar os butiazinhos pelo preço que valem e revender pelo que eles julgam valer. Claro, se houver compradores.
695 – FRAUDE. Jair Bolsonaro fez o maior estardalhaço e anunciou que na live de quinta-feira, 29.7.2021, apresentaria provas de fraudes nas urnas eletrônicas. Como bom boquirroto que é, não apresentou nada. A maior fraude é ele mesmo.
694 – ORALIDADE. Mas é um show de preliminares orais. Diante das denúncias dos Mirandas sobre as irregularidades na compra da vacina Covaxin, Jair Bolsonaro diz que avisou oralmente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, por sua vez, também encaminhou o assunto de forma oral para o seu secretário-executivo, Élcio Franco. Esse pessoal é muito bom de boca e a cada mentira tem que inventar uma nova para sustentar a anterior.
693 – INCÊNDIO. Um incêndio atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira. Na matéria, o G1 destaca: "Em julho de 2020, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) entrou com uma ação na Justiça contra a União por abandono da Cinemateca Brasileira. A promotoria questionava a falta de contrato para gestão da instituição". O governo de Jair Bolsonaro encara a cultura, a memória nacional e o patrimônio público com um descaso criminoso. E ainda se orgulha de cortar os investimentos, como faz com as universidades e com o setor de pesquisa do país.
692 – MINISTÉRIO DO TRABALHO. Jair Bolsonaro recria o Ministério do Trabalho e claro que essa medida não é para defender os trabalhadores, que, como bom admirador de ditadores, ele tanto odeia. A verdadeira razão é para acomodar Onix Lorenzoni, aquele das notas frias. Esse senhor de tantos serviços prestados ao Capitão Cloroquina, como naquela entrevista em que mentiu sobre a vacina Covaxin, está agora sendo recompensado pelo servilismo com um cargo de primeiro escalão. O "toma lá dá cá" é a natureza desse governo corrupto e antissocial.
691 – PROMESSA VÃ. Diante da péssima repercussão da aprovação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, Jair Bolsonaro prometeu vetar a medida. Todavia, já está voltando atrás. Até já fala num fundo de R$ 4 bilhões. Ora, mesmo assim é um montante absurdo de dinheiro. Partidos políticos são entidades de regime jurídico de direito privado e jamais deveriam receber verbas públicas, ainda mais num país com enormes carências em saúde, educação, saneamento, infraestrutura e no mercado de trabalho. Como sempre, Bolsonaro se volta contra o interesse público atuando em favor dos ricos e poderosos.
690 – NAZISTA AMIGA. Jair Bolsonaro teve um encontro cheio de mesuras com a deputada alemã Beatrix von Storch no Palácio do Planalto. Neta de um ministro de Adolf Hitler, ela faz parte do partido Alternativa para a Alemanha, sigla reconhecida por difundir ideias neonazistas. Ao se alinhar com os genocidas do holocausto judeu, Bolsonaro mostra seu desapreço pela vida dos outros, como evidenciou durante a pandemia no país.
689 – PERSEGUIÇÃO. O ministro Kassio Nunes solicitou à Procuradoria-Geral da República (aquela do Aras do Bolsonaro) apuração de supostos crimes cometidos pelo professor Conrado Hübner, da USP, em artigo no qual critica a decisão do magistrado bolsonarista de liberar o funcionamento de igrejas durante a pandemia, decisão que foi revertida pelo plenário do STF. Esses bolsonaristas não guardam nenhuma coerência. Quando realizam ameaças, como o deputado federal Daniel Silveira, consideram livre expressão. Quando são criticados por opinião contrária, consideram crimes. Gente oportunista e leviana.
688 – SUBEMPREGO. O ministro Paulo Guedes defende o fim dos encargos trabalhistas, que, para ele, comprometem a criação de empregos. Ora, num país com alta concentração de renda, querer acusar os pobres pelo desemprego é de uma crueldade inaceitável. O governo de Jair Bolsonaro já aprovou uma reforma que praticamente inviabiliza a aposentadoria e agora quer criar subempregos para aumentar os lucros da classe patronal. A direita está fazendo o trabalho sujo a serviço de uma minoria de ricos que detém o poder de mando.
687 – MÃE DO CENTRÃO. Jair Bolsonaro está nomeando o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) para a Casa Civil. Com isso, sua vaga ficará para... sua mãe, Eliane Nogueira. Isso é o Centrão, isso é Jair Bolsonaro. Fica tudo em família.
686 – AMEAÇA. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, mandou um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, condicionando a realização das eleições de 2022 à aprovação do voto impresso, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Isso é inaceitável e mostra o caráter golpista do governo de Jair Bolsonaro. Já vivemos numa democracia meramente formal e não se pode aceitar que militares que quebraram o país em tempos idos venham agora a dar pitaco na política do país. Por que não te calas, Braga Netto?
685 – REFORMA MINISTERIAL. No templo da religião positivista, sincretismo insólito com sociologia e política que só teve terreno fértil no RS, há uma inscrição que diz que os vivos são cada vez mais governados pelos mortos. Discutível, embora seja evidente o peso da tradição no passado, inclusive na ciência. Todavia, no caso do zumbi Bolsonaro, ele está cada vez mais sendo governado pelos mais vivos do Centrão, o mesmo que seu chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República disse que se "gritar pega Centrão / Não fica um, meu irmão". Gritaram "pega Centrão!" e ele pegou o presidente numa pseudorreforma ministerial. Está refém desse grupo fisiológico, o que não é de se estranhar. Afinal, do Centrão veio e ao Centrão retorna.
684 – PRONUNCIAMENTO. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, realizou um pronunciamento em que defende a volta imediata das aulas nas escolas, aduzindo que "a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a retomada das aulas". Nenhuma novidade. O governo de Jair Bolsonaro sempre quis abrir tudo, apostando na imunidade de rebanho, sem vacina. E continua investindo criminosamente contra a imunização.
683 – FUNDÃO POR TRÉGUA. A bancada bolsonarista no Congresso, incentivada por Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, houve por fim realizar uma manobra arriscada. Para evitar que a CPI da Covid continuasse funcionando, eles votaram pela LDO com o fundão partidário de R$ 5,7 bilhões. Enquanto a LDO não fosse votada, não haveria o recesso e a interrupção dos trabalhos da CPI. Votaram conscientemente com o projeto de lei sabendo que havia o fundão para barrar a CPI por 17 dias. E depois alegaram que não sabiam o que estavam votando. Ficou feio. Bolsonaro afirmou que vai vetar esse fundo indecente. Nas eleições passadas, ele prometeu a mesma coisa e não o fez. Se vetar, não vai impedir o desgaste de sua base aliada, que mentiu para a população. Enquanto isso, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ficou buzina por ser acusado pela bancada governista de ter encaminhado por conta a aprovação da emenda. Vem rolo por aí.
682 – FEZ BEICINHO. Jair Bolsonaro vem variando suas declarações sobre eleições. Há poucos dias, afirmou que, se não houver o tal do voto impresso, não haverá eleições em 2022. Vendo sua reputação e votos decairem, agora diz que poderá não disputar as eleições. O desespero leva a opiniões oscilantes.
681 – PELO TRIPLO. Na CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, com todas as letras e sons, que nunca participava em negociações de vacinas, que isso era feito por um escalão inferior do Ministério da Saúde. Nada como um vídeo depois do outro. Agora, apareceu uma gravação em que ele aparece negociando a Coronavac, por meio de uma intermediaria de Santa Catarina, pelo triplo do valor. Ou seja, tendo propina, tendo superfaturamento, a vacina é bem-vinda. A do Butantã, oferecida por dez dólares, foi recusada. A mesma vacina, oferecida por uma atravessadora, a 28 dólares, foi aceita. Pode isso, pessoas razoáveis?
680 – CEREJA. Eis a cereja do pretendido cocô do presidente: a bancada bolsonarista votou a favor do aumento do fundo partidário de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. E alguns parlamentares governistas têm seus apoiadores como tolos: alegam que votaram enganados. Interessante é que o engano é sempre contra os cofres públicos, nunca a favor.
679 – SIGILO ESTRANHO. O governo federal decretou sigilo de cem anos no caso do médico gaúcho Victor Sorrentino em relação aos documentos do caso. Muito estranho determinar sigilo em grau máximo no caso de uma pessoa que infringiu as leis daquele país ao tratar de forma ignominiosa uma cidadã egípcia. Que privilégio para um mau brasileiro machista! O que não deve ter de negociata nisso, hein?
678 – VACINA RUSSA. De acordo com um relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo dos Estados Unidos, por imposição de Donald Trump, o órgão pressionou para que Jair Bolsonaro não adquirisse a vacina russa Sputnik V em 2020. O serviçal, claro, concordou e o resultado de mais essa omissão está aí, nas mais 530 mil mortes que enlutam o Brasil de norte a sul.
677 – DECLARAÇÃO. O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, fez uma declaração contra o que seria uma crítica do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, contra o envolvimento de militares em corrupção, além de defender o general Eduardo Pazuello, da ativa e péssimo ministro da saúde no tempo em que exerceu o cargo. Pois bem, o aeronauta de farda parece estar nas nuvens mesmo, porque a grande maioria que assistiu ao que o senador falou percebeu que ele falava de uma minoria. Na verdade, esse tom corporativo tem o objetivo de intimidar para que as investigações não cheguem aos oficiais envolvidos em corrupção nem ao principal mandante, que é Jair Bolsonaro.
676 – MANIPULAÇÃO. O governo federal tomou a iniciativa de excluir o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na aferição do desmatamento, colocando essa atribuição para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura, o do agronegócio, como forma de manipular os dados da devastação ambiental. A maquiagem de dados é um desrespeito ao meio ambiente e serve para dissimular crimes de contrabando de produtos florestais.
675 – PREVARICAÇÃO. O "jurista" Jair Bolsonaro entende que não pode ser acusado de prevaricação, que é deixar de fazer aquilo a que se está obrigado de ofício. Essa tese vem bem a calhar no momento em que sua tese sobre o que teria feito a partir das denúncias dos irmãos Mirandas sobre a Covaxin está desmoronando. Aliás, teses, porque a cada momento ele muda a versão.
674 – SEM PARTIDO. Jair Bolsonaro tentou criar o partido Aliança pelo Brasil e fracassou por falta de adesões. Depois, negociou com diversos partidos sua filiação para disputar a presidência em 2022, como o PP de Ciro Nogueira, o PL de Valdemar Costa Neto, o PTB de Roberto Jefferson e o nanico Patriota, que o rechaçou por uma oposição interna. Na cabeça do Capitão Cloroquina, os partidos iriam brigar para acolhê-lo. Diante de sua crescente impopularidade, nada disso está acontecendo. Os bolsonaristas estão cada vez mais rechaçados pela população, que está vendo o caos em que jogaram o país. Um caso ilustrativo é o da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aquela do turismo remunerado na Espanha. O pai, irmão e cunhada de Carla Zambelli perderam as eleições em SP em 2020. Sem falar que o afetado Carlos Bolsonaro teve uma queda na votação no RJ quando esperava aumento. De 106.657 votos, mais votado, caiu para 71 mil em 2020. As bolhas de Bolsonaro parecem encolher a cada dia.
673 – IMPEDIMENTO. Já indicando a queda de popularidade de Jair Bolsonaro, o instituto Datafolha realizou pesquisa que mostra que, pela primeira vez, desde abril de 2020, a maioria dos brasileiros é indubitavelmente a favor do impeachment do presidente. O levantamento evidencia que 54% são favoráveis à medida, 42% são contrários e 4% não sabem ou não quiseram opinar. Resta agora ir para as ruas e pressionar os líderes da oposição para que assumam essa bandeira, uma vez que muitos preferem que Bolsonaro sangre para derrotá-lo nas urnas, plano que pode naufragar por diversos motivos. Não se pode ter nenhuma condescendência com o Capitão Cloroquina. A memória dos mais de 530 mil mortos não comporta essa vacilação.
672 – GURU. O defensor público Clóvis B. Neto comentou em seu Twitter: "Quero saber como Olavo de Carvalho conseguiu um leito do SUS para tratamento especializado com essa velocidade, estando fora do país? Nesse momento, tenho dezenas de liminares descumpridas determinando internações de pacientes graves, sem a menor previsão de vaga". Gente como esse astrólogo, guru do Jair Bolsonaro, adora criticar o sistema público, mas não hesita em usufruir dos recursos do erário quando lhe é conveniente. É preciso investigar esse caso de fura-fila.
671 – ELEIÇÕES. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) emitiram nota em defesa do sistema eleitoral brasileiro, totalmente informatizado. À medida que perde apoio na população, como indicam todas as pesquisas sérias, Jair Bolsonaro lança acusações sem provas contra os órgãos de apuração. O Brasil é internacionalmente reconhecido pela lisura do seu processo eleitoral. Instado a comprovar o que fala, Bolsonaro nada apresenta. As eleições vão ocorrer sim e os golpistas serão derrotados.
670 – COZINHEIRO 'INFIEL'. O cozinheiro Eduardo Lazzari, do Hotel Spa do Vinho, de Bento Gonçalves, assim que soube que teria que cozinhar para Bolsonaro, escreveu nas redes sociais: “Vou ter que cozinhar para este diabo ainda, que raiva”. Foi preso pela Polícia Federal e teve que dar explicações. Eu, no lugar dele, também ficaria inconformado. Além de pagar a picanha de R$ 1.800 que ele come, leite condensado e outras coisas superfaturadas, ainda ter que cozinhar para esse sacripanta é demais. Sem falar que ele não se orgulha do que ingere, mas do que caga. Chef Eduardo, minha solidariedade!
669 – CAGÃO. Em vez de uma resposta à CPI da Covid sobre o envolvimento do líder do governo Ricardo Barros (PP-PR) nas negociatas com vacinas, deputado cuja mulher ganhou um cargo milionário em Itaipu para uma reunião bimestral, Jair Bolsonaro afirmou que está "cagando" para a CPI. Ora, quem caga é literal e metaforicamente um cagão.
668 – PGR BLINDADO. Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) entraram com um pedido no Conselho Superior do Ministério Público para que o CSMP investigue a conduta omissa do procurador-geral da República Augusto Aras na pandemia. Nomeado por Jair Bolsonaro, ele fez do órgão um puxadinho do Palácio do Planalto e disse amém a todos os malfeitos do presidente. Aliado de Aras, o vice-procurador da República, Humberto Jacques de Medeiros, travou o procedimento e deu um parecer secreto. Diante disso, o subprocurador José Bonifácio entrou com um mandado de segurança na Justiça do DF para que o referido parecer seja tornado público e anulado. O Judiciário já intimou Humberto Jacques para que preste esclarecimentos. Aras e Bolsonaro estão juntos na busca pela impunidade.
667 – SEM CONDIÇÕES. A servidora Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, afirmou na CPI da Covid que se afastou do governo porque não havia a compra de vacinas nem campanhas de esclarecimento à população sobre as medidas sanitárias. Confirmou o que já se sabia, mas é importante que venha de alguém que fez parte da equipe do Ministério da Saúde. O boicote de Jair Bolsonaro ao enfrentamento da pandemia surtiu efeitos danosos e letais.
666 – QUATRO MILHÕES. O mundo alcançou, nesta quarta-feira, 7.7.2021, o montante de 4 milhões de mortos na pandemia. Deste total, o Brasil tem 528 mil óbitos, um número que até sem maiores cálculos chama a atenção. O país, tendo apenas 2,7% da população mundial, apresentou 13,2% das mortes totalizadas oficialmente. Qual parte dessa tragédia se deve ao boicote de Jair Bolsonaro à ciência, às medidas sanitárias e às vacinas?
665 – NOTA DO EXÉRCITO. O comando do Exército lançou nota criticando falas do senador Omar Aziz (PSD-AM), que aventou conivência da instituição com atos de corrupção. Aziz até já se retratou, mas o que fica é que não basta lançar notas defendendo uma suposta idoneidade, uma vez que as Forças Armadas se imiscuíram de um jeito tal no governo federal que já são cúmplices dos malfeitos, como a inútil produção de cloroquina e a proteção indecente ao ex-ministro Eduardo Pazuello. Tem que mostrar que não está em mancomunação. Quem se mostra servil para corruptos está sujeito a ser igualmente questionado.
664 – POSTAGEM ACINTOSA. Em março, o ministro Onix Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, postou um twitter em que elogiava um tratamento de nebulização com hidroxicloroquina realizado pela médica Michelle Chechter, ginecologista, ginecologista, na paciente Jucicleia de Sousa Lira, técnica em radiologia, sem autorização da família, em Manaus. O tratamento foi realizado sem a anuência da família e a médica induzia a enferma, em vídeo, a dizer que estava bem. Alguns dias depois, ela faleceu. Sob influência de Bolsonaro, essa gente não se contém em ser negligente. Quer mais, quer realizar procedimentos ineficazes para testar suas teorias sem embasamento científico com pessoas pobres que são transformadas em cobaias. E muitas, na sua agonia, foram imitadas em live pelo presidente em clima de afetação. Empatia é uma palavra que não existe no reduzido vocabulário do Capitão Cloroquina.
663 – VACINA VIRTUAL. A história parece roteiro de governo trash. Um cabo PM e um reverendo sem nenhum mandato oficial oferecem o fabuloso montante de 400 milhões de vacinas que não existem de uma empresa de material de construção que não tem nenhuma dose e são recebidos pelo alto escalão do Ministério da Saúde numa negociação superfaturada em que a única coisa verdadeira é o R$ 1,6 bilhão que o governo de Jair Bolsonaro empenhou (destinou no orçamento) e que só não foi pago porque se descobriu antes a falcatrua. Parece até golpe do WhatsApp. O serviço de desinteligência do governo federal tem tudo para ser uma referência no mundo.
662 – RACHADONAS. A ex-cunhada de Jair Bolsonaro, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, revelou em áudios que ele manteve um esquema de rachadinhas em seu gabinete como deputado federal (entre 1991 e 2018). Ela (no gabinete de Flávio Bolsonaro) e seu irmão André (no gabinete de Messias) foram funcionários fantasmas e tinham que devolver a maior parte dos salários recebidos. Inclusive esse irmão foi despedido porque não entregava todo o valor combinado, o que irritou Bolsonaro. Quem fazia a coleta era um tio dela, Guilherme Hudson, coronel reformado e ex-colega do presidente na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). A família organizada encontrou no peculato um modo criminoso de aumentar seu patrimônio.
661 – MÃO DE VACA. Conta a deputada federal Joice Hasselman que estava estimulando um projeto social numa região muito pobre de São Paulo e que levou a iniciativa para conhecimento e apoio de Jair Bolsonaro. Para não despertar ciúmes nas hostes bolsonaristas, sugeriu que o programa fosse capitaneado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Foi aí que Bolsonaro negou a adesão afirmando que, como essa função não tem orçamento, ele teria que pagar as passagens do bolso dele. Quer dizer, comer picanha privada de R$ 1.800 à custa do erário pode, mas colocar alguma quantia do seu supersalário em prol dos mais necessitados não pode. Eis como age um gigolô dos cofres públicos.
660 – COMPLICOU. A ministra Rosa Weber, do STF, autorizou abertura de inquérito para que a Procuradoria-Geral da República investigue Jair Bolsonaro por prevaricação no caso da vacina Covaxin. Ele foi alertado pelos irmãos Mirandas e nada fez. Aliás, primeiro Bolsonaro falou que os Mirandas nada lhe falaram. Quando essa versão se tornou inverossímel, ele alegou que avisou o então quase ex-ministro Eduardo Pazuello. É ruim quando os fatos estragam as combinações. Essa é aquela vacina mais cara pela qual Bolsonaro se tomou de repentino interesse depois de recusar negociações com laboratórios idôneos e reconhecidos.
659 – INTERESSE ESCUSO. O governo federal recusou as ofertas de vacinas que vieram direto das empresas com laboratórios, como no caso da Pfizer e da Coronavac, e se empenhou para comprar daquelas que tinham atravessadores. A tentativa de propina falou mais alto. No caso da Covaxin, Jair Bolsonaro chegou a enviar uma carta para o governo indiano, além de enviar uma comitiva para aquele país. Enquanto milhares de pessoas morriam no país, o presidente se empenhava em negociações escusas e duvidosas.
658 – POSTAGEM APAGADA. Senador das rachadinhas (entenda-se peculato), Flávio Bolsonaro apagou postagem no Twitter, dia 27.2.21, comemorando o contrato da Covaxin, a vacina superfaturada. Ele não só comemorou como intermediou reunião com o dono da Precisa Medicamentos, empresa atravessadora da venda da vacina indiana, com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Tudo indica que estava querendo financiar com recursos públicos o laboratório que ofertava a vacina mais cara do mercado. Sobre apagar postagens, depois da CPI, os bolsonaristas deram para apagar áudios e vídeos, como fez o jornalista Alexandre Garcia e a deputada federal Carla Zambelli, aquela do turismo remunerado na Espanha. Sobra cinismo, falta personalidade.
657 – MANOBRA DESMASCARADA. O policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante da empresa Davati Medical Supply, confirmou a exigência da propina de um dólar por cada dose, exigida pelo servidor Roberto Dias. O negócio não andou porque a empresa não deu o sinal verde. Talvez culpando o deputado bolsonarista Luis Miranda (DEM-DF) pelo não fechamento do negócio, o depoente Dominguetti apresentou um áudio enviado pelo representante da Davati no Brasil em que o denunciante Luis Miranda da corrupção na compra da Covaxin estaria envolvido com negociações de vacinas. Todavia, o áudio em nenhum momento dá escopo à tese, já que é do ano passado e trata da negociação de outros itens. A tentativa do governo federal de melar as denúncias da Covaxin não deu certo. É difícil, para quem tem um passado sujo pela frente, editar uma linha do tempo.
656 – O DÓLAR COBRADO. Outra denúncia de corrupção abala a republiqueta da família organizada: um representante da empresa Davati Medical Supply afirmou que proposta de propina de um dólar por vacina saiu no Ministério da Saúde. De acordo com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em nome do governo em um jantar em restaurante do Brasília Shopping em 25 de fevereiro. Em vez de explicar, Jair Bolsonaro ataca a CPI da Covid. Suas vociferações não encontram respaldo nos fatos.
655 – EMPENHO. Geralmente, Jair Bolsonaro é acusado da falta de empenho pelas vacinas. No caso da Covaxin, não cabe essa imputação. O governo federal fez um empenho bilionário para pagamento, no total de R$ 1,6 bilhão. Essa reserva de recursos mostra Bolsonaro realmente muito empenhado na negociação.
654 – ENERGIA ELÉTRICA. O aumento da conta de luz é falta de investimentos em energias limpas, mas, também, é fruto do desmatamento recorde sob o governo de Jair Bolsonaro. A devastação da Amazônia, segundo especialistas, altera a estação das chuvas e também seu ciclo e lugares de precipitação, causando enchentes em algumas áreas e secas em outras, notadamente onde se situam as reservas das hidrelétricas. Evidentemente que esse problema não é de hoje, mas, neste governo, nada, absolutamente nada, foi feito para resolver a iminência de apagões. Pelo contrário, a devastação dos ecossistemas está cobrando seu preço. E como bandeira vermelha.
653 – FALAS. Do vereador bolsonarista Jairinho ao pai do menino Henry (Leniel Borel), morto por ele: "Vire a página e faça outro filho". De Jair Bolsonaro sobre milhares de mortes na pandemia: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre". Qualquer semelhança na indiferença e na falta de empatia não é mera coincidência.
652 – MINISTÉRIOS. Jair Bolsonaro não é original nem nas desculpas. Diante das evidências de uma corrupção de monta no caso da vacina Covaxin, ele alega que não pode saber tudo que ocorre nos ministérios. Ora, ele tem a obrigação de saber pelo cargo que ocupa. E pelo jeito sabia muito, já que se empenhou pessoalmente pela realização do negócio de R$ 1,6 bilhão.
651 – CANCELAMENTOS. Sérgio Camargo, o negro com alma de direita que preside a Fundação Palmares, excluiu várias personalidades da lista de homenageados da entidade, como Martinho da Vila e Leci Brandão, além da exclusão de livros e obras de referência, como textos de Machado de Assis. Quando um negro vira capitão do mato, é preciso mostrar a ele que a luta dos negros e de outros segmentos oprimidos, como os povos indígenas, vai continuar contra toda forma de intolerância. A propósito, sua postura me faz lembrar de uma máxima da minha terra: "Quer aparecer? Coloca uma melancia no pescoço". A hora desse meliante servil também vai chegar.
650 – IR MANIPULADO. Com objetivo eleitoral, Jair Bolsonaro resolveu finalmente reajustar a tabela do IR. Agora passam a ser isentos os que ganham até R$ 2.500. Sem esquecer que ele havia prometido isenção para quem recebe até cinco salários mínimos (R$ 5.500) e nunca cumpriu. A tabela não é reajustada desde 2015 e, se fosse atualizada pela inflação, deveria estar hoje com isenção para quem ganha até R$ 4.022,89. O IR no Brasil é um tributo desproporcional e os que ganham menos pagam mais, uma vez que as faixas de incidência têm percentuais iguais para todos. Sem esquecer que mesmo os de baixa renda pagam impostos elevados no consumo. A injustiça fiscal, que não é apenas deste governo, continua escancarada e servindo para os ricos ficarem mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
649 – AVICO. Surgiu em Porto Alegre, que costuma ter um papel de vanguarda em várias questões humanitárias e sociais, uma associação para defender as vítimas e familiares da Covid-19. Trata-se da Associação das Vítimas da Covid-19 (Avico) e que terá o papel de representar os interesses de quem foi alvo da doença, tanto judicial como extrajudicialmente. Uma das medidas iniciais foi encaminhar uma análise da possível conduta criminosa de Jair Bolsonaro na pandemia à Procuradoria-Geral da República (PGR). Sem dúvida, essa iniciativa é bem-vinda e deverá ser replicada por todo o país. É preciso apurar todas as responsabilidades nesta tragédia que ceifou milhares de vidas e deixou muita gente com sequelas físicas e psicológicas. Avante, Avico!
648 – SEGUIDOR. O deputado Luis Miranda (Dem-DF) é um contumaz apoiador de Jair Bolsonaro, tendo apoiado o governo em 99% dos casos. E foi com o instinto de apoiador que ele foi levar ao presidente as denúncias de superfaturamento da vacina Covaxin no dia 20 de março. Bolsonaro não deu a mínima, seja por omissão, seja porque estivesse envolvido na negociata. Foi assim que o parlamentar, vendo seu irmão, que ocupava um cargo de destaque no Ministério da Saúde, sofrer pressão, resolveu levar o caso adiante. Bolsonaro ouviu e não fez nada, o que é próprio dos prevaricadores e corruptos. Diante da repercussão, depois de uma primeira versão sem norte apresentada por Onix Lorenzoni, resolveu afirmar que avisou o demissionário ministro Eduardo Pazuello, que nada fez. Claro que nada fez, pois já estava de saída, nunca foi avisado e vai de novo servir de bode expiatório. Bota na conta do Pazuello que ele aguenta.
647 – STAND UP CONSTRANGEDOR. Vou fazer uma campanha de arrecadação de vergonha para o ministro Onix Lorenzoni, já que a dele já prescreveu há muito tempo. O que foi aquela cena forçada dele querendo se mostrar indignado perante as denúncias de corrupção na compra da vacina Covaxin? Armou como se estivesse mostrando um documento verdadeiro e um falso, juntado pelo servidor Luis Ricardo Miranda. Na verdade, a empresa Precisa, atravessadora na negociação, já confirmou a veracidade de ambos os documentos e afirmou que já havia emitido três deles. Desesperados, os bolsonaristas montaram às pressas uma versão de denunciação caluniosa que não resiste à menor análise séria. Foi uma apresentação indecorosa por parte do ministro, sem sequer dar espaço para a imprensa perguntar. É preciso não ter espinha moral para se submeter a um papel de mandalete como fez Sua Excelência. A ascensão de Osmar Terra, Bibo Nunes, Luis Carlos Heinze e o próprio Onix Lorenzoni mostram que nem tudo está perdido porque sempre pode piorar mais.
646 – INDÍGENAS. A CCJ da Câmara votou pela continuidade de tramitação de um projeto de lei que agride os direitos dos povos indígenas às suas terras. O PL, que conta com o apoio do governo de Jair Bolsonaro, fixa que os índios precisarão provar a posse de suas terras após a Constituição de 1988 e que elas poderão ser usadas para exploração econômica. Trata-se de mais uma articulação de grileiros, madeireiros, mineiros e ruralistas para se apropriar de áreas que não lhes pertence. Índios e negros continuam a ser alvo políticas genocidas de governantes que fixam o extermínio como meta oficial. As alegações em favor dessa proposta são trágicas e só por isso não podem ser consideradas como risíveis.
645 – MEIO AMBIENTE. A troca no Ministério do Meio Ambiente, promovida por Bolsonaro, com a substituição de Ricardo Salles pelo ruralista Joaquim Álvaro Pereira Leite, mostra que agora assumiu de vez o boiadeiro para tentar passar a boiada.
644 – VACINA COM ATRAVESSADOR. É sobejamente conhecido o boicote de Jair Bolsonaro às vacinas. É por isso que causa espanto sua intervenção para que o Ministério da Saúde adquirisse, sem a aprovação da Anvisa, a vacina Covaxin por meio de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos, com preço mil vezes maior que o valor do custo anunciado há seis meses pelo laboratório indiano responsável pela produção das doses (1,34 dólar). Em relação à Pfizer, o governo ignorou por cerca de onze meses as inúmeras tentativas da empresa de vender as vacinas ao país. Já no tocante à Covaxin, esse tempo não chegou nem a cem dias e o valor de aquisição é de quatro vezes o pago pelos imunizantes de outros fornecedores, ficando em torno de R$ 80. E tem mais aberrações: essa empresa que intermedeia o negócio faz parte de um grupo que já negociou com o MS e não entregou os remédios contratados, no valor de R$ 20 milhões, ou seja, é inidônea. Será que o agravamento do mau humor do Capitão Cloroquina, que anda tão irascível e afetado, tem a ver com a descoberta dessa sigilosa negociata em que se estava armando um grande golpe contra os cofres públicos? A CPI está cumprindo seu papel, para desespero da escumalha bolsonarista.
643 – VULGAR E COVARDE. Jair Bolsonaro, infrator contumaz das medidas sanitárias, agrediu verbalmente a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda (SP), afiliada da Rede Globo, além de insultar a emissora por ela denunciar seus malfeitos. Interessante é que esse poltrão não teve essa valentia quando foi assaltado, estando ele armado, no Rio de Janeiro. Por pouco não levou um chute no traseiro. Esse é o mito do rebanho descerebrado, vulgar, covarde e miliciano honorário.
642 – SEM GÁS. Diante do preço escorchante do botijão de gás, que hoje está em torno de R$ 100, o que se vê é que com a privatização da Liquigás, subsidiária da Petrobras, ao contrário do que afirmou o ministro achista Paulo Guedes, o preço da unidade de 13 quilos não caiu pela metade, mas aumentou absurdamente. E nem dá para acusar os governos estaduais, como fazem os bolsonaristas, uma vez que o ICMS, na média é de 15% e não cerca da metade do valor, como anda sendo divulgado por meios inidôneos, e, em cada R$ 100, distribuição e revenda embolsam R$ 36. A mesma falsa promessa está sendo feita em relação à privatização da empresa nacional de energia elétrica, a Eletrobras. Quem se candidata a acreditar?
641 – IMPRENSA INTERNACIONAL. Jair Bolsonaro costuma atribuir à imprensa do país o noticiário negativo sobre seu governo, como se ela não se restringisse a informar fatos. Chega até a dizer que a cobertura é contrária porque muitos veículos perderam verbas, asneiras que são repetidas por seus papagaios de presépios. Contudo, sua lógica tosca não explica que também a imprensa internacional o critique de forma contundente, como ocorreu agora quando o país atingiu a triste marca de meio milhão de mortos pela Covid-19. Essa tragédia foi destaque nos jornais britânicos The Independent e The Guardian, na BBC, no espanhol El País, no jornal The Times of Israel, no americano The Washington Post, no jornal argentino El Clarín e em muitos órgãos de imprensa ao redor do mundo. Só falta Bolsonaro alegar que também esses meios de comunicação deixaram de receber verbas governamentais e por isso estão se voltando contra ele. Na teoria da conspiração, cabe até a terra plana.
Leia os itens anteriores nos linques abaixo:
https://www.landrooviedo.com/blog.php?idb=58731 (De 340 a 640)
https://www.landrooviedo.com/blog.php?idb=55291 (De 1 a 339)
Leia clicando abaixo a matéria sobre o poeta, cantor, compositor e declamador Mario Cezar Castro.
https://rl.art.br/arquivos/7267003.pdf
O livro, publicado pela Biblioteca Municipal de Itaqui em homenagem ao centenário de nascimento de Rui Barbosa, no seu fechamento, traz o seguinte registro, efetuado pelo saudoso jornal O Município de Itaqui.
Registro da Imprensa
O jornal local, o Município de Itaqui, em sua edição de 12 de novembro de 1949, publicou o seguinte:
As homenagens prestadas à memória de Rui Barbosa, pela cidade de Itaqui, sob os auspícios da Biblioteca Pública, por ocasião de seu nascimento, patentearam o fervoroso culto voltado ao grande brasileiro pelos itaquienses.
Assim é que, cumprindo o programa de antemão traçado e ao qual nos reportamos em o número 589 deste jornal, as referidas homenagens tiveram o seguinte desenvolvimento.
Concurso de redação dos alunos do colégios primários
Fizeram-se representar os seguintes educandários: G. E. Osvaldo Cruz, G. E. Aureliano Barbosa, Colégio Sagrado Coração de Jesus e o Instituto Itaquiense, sagrando-se vencedora a aluna Walkiria Silveira, aluna do 5º ano do Colégio Sagrado Coração de Jesus, e conquistando o 2º lugar o aluno Renato Zanella, do 5º [ano] primário do G. E. Osvaldo Cruz.
Comemorações nas escolas e no 1° R. C.
Discorrendo sobre a vida e a obra do eminente brasileiro produziram-se notáveis conferências, pela manhã do dia 4, nos colégios locais e no 1° R. C., os seguintes cidadãos:
No Ginásio Santa Tereza de Jesus — o tenente Washington Bermudes; no Instituto Itaquiense — o doutor Laurentino Cunha; no G. E. Osvaldo Cruz — o doutor Otoni M. Piffero; no G. E. Aureliano Barbosa —o doutor Edgard Mondadori; no G. E. Tito Corrêa Lopes — o senhor Reynaldo Mendes da Fonseca; e finalmente, no 1° R. C., — o senhor doutor Osvaldo P. Degrazia.
Sessão Cívica
À noite teve lugar, no Teatro Przewodowski, que se achava artisticamente ornamentado e literalmente cheio, a solene sessão cívica.
Aberta a sessão pelo senhor doutor Otoni M. Piffero, presidente da Biblioteca Pública, convidou para fazerem parte da mesa as seguintes pessoas: doutor Togo Lima Barbosa, prefeito municipal; doutor Osvaldo P. Degrazia, presidente da Câmara dos Vereadores; doutor Roque Degrazia, cônsul do Brasil na vizinha cidade de Alvear; senhor Emilio Martinez, vice-cônsul da Argentina nesta cidade; senhor doutor Alvaro de Moraes, promotor de Justiça; reverendo padre Thiago Kieling, vigário da paróquia, que não compareceu; senhor tenente José de Oliveira Macedo, comandante do destacamento da Brigada Militar, aqui sediado; senhor coronel Eurico Ribeiro Torgo, comandante do 1° R. C., que não compareceu; doutor Dinarte M. Pinto, vice-prefeito; senhor tenente Washington Bermudes; senhora Edy Krause, representando o G. E. Osvaldo Cruz; senhorita Leocadia Monteiro, representando o Ginásio Santa Tereza; a menina Walkiria Silveira, aluna vencedora do concurso de redação; senhor Armando Beux, pastor metodista; senhorita Hilda Silva, secretária da Biblioteca Pública, e, finalmente, o senhor doutor Ruy Ramos, orador oficial da solenidade.
Após o que, o senhor presidente da Biblioteca Pública passou a presidência dos trabalhos ao senhor doutor Togo Lima Barbosa, prefeito municipal, que convidou a assistência para entoarem o hino nacional.
O primeiro orador que se fez ouvir foi o senhor doutor Dinarte M. Pinto, dissertando belamente sobre a notável ação jurídica do ilustre homenageado.
A seguir, em nome de suas colegas do G. E. Osvaldo Cruz, a professora Edy Krause leu uma comovente "Mensagem a Rui".
Em continuação, a menina Walkíria Silveira, aluna do 5º ano primário do Colégio Sagrado Coração de Jesus, procedeu à leitura do seu trabalho , classificado em 1° lugar no Concurso de Redação instituído pela Biblioteca Pública, após o que, a convite do presidente da mesa, o senhor Otoni M Piffero fez entrega do prêmio conquistado pela referida aluna.
A seguir, o tenente Washington Bermudes demonstrou seus invejáveis dotes oratórios com o seu magnífico trabalho — uma admirável invocação a Rui.
Logo após, a menina Maria Leocadia Monteiro, aluna da 4ª série do Ginásio Santa Tereza, leu interessante trabalho de sua lavra.
Finalmente, o orador oficial, doutor Ruy Ramos, pronunciou uma conferência na qual, com grande eloquência, dissertou brilhantemente sobre a vida de Rui Barbosa, sua ação fulgurante no cenário nacional e mundial e sobre a fonte inesgotável de ensinamentos que foi, que é e será sempre a vida do grande brasileiro.
Encerrando a sessão, o doutor Togo Lima Barbosa congratulou-se com os presentes pela cordial acolhida que souberam dar à iniciativa da Biblioteca Pública de Itaqui, isto é, a de reverenciar a memória de Rui Barbosa.
Nota: com ortografia atualizada e negritos pelo autor da postagem.
Depois da minha publicação nas redes sociais, recebo um retorno ímpar do meu conterrâneo Elton Saldanha:
É um domingo de maio
E mateio desde cedo
E vejo no Facebook
Discos de buenos recuerdos
Mil gracias pela homenagem
Meu amigo, Landro Oviedo!
Três discos da minha lavra
São LPs dos antigos
Trazendo a primeira tropa
De sonhos que ainda persigo
Cantigas que se fazia
Para compartir com os amigos
O primeiro foi caborteiro
Depois o diário de Porto Alegre
Aí veio Aldebarã
Noite adentro de alma leve
E pelos bolichos do pago
A cantoria prossegue.
Landro Oviedo, tu conheces
Muito bem minha trajetória
Somos lá do Itaqui Viejo
Da chacra de antigas glórias
Nestes três discos aparece
O começo da minha história!
"GRACIAS PELA DISTINÇÃO, MEU AMIGO!"