"Como dois e dois são quatro/Sei que a vida vale a pena/Embora o pão seja caro/E a liberdade pequena" (Ferreira Gullar)
Landro Oviedo
"Somente buscando palavras é que se encontram pensamentos" (Joseph Joubert)
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Meu Diário
30/09/2015 01h12
UM SONETO PARA CAMÕES ASSINAR

    Tenho lido muitos sonetos ao longo da minha vida e, de alguns, algumas frases esparsas nos grudam como carimbos poéticos. Quem não se lembra de vez em quando de “Amor é fogo que arde sem se ver”, de “De repente, do riso fez-se o pranto” ou de “Ó, tu, que vens de longe, ó, tu, que vens cansada”? São verdadeiras ourivesarias dos versos, imagens sonoras antológicas que nos remetem a uma dimensão lírica sempre antiga e, ao mesmo tempo, sempre ressignificada.
    Pois bem, o soneto que vou mostrar a vocês é da lavra do poeta passo-fundense Ubiratan Porto, recentemente falecido, que também já morou e atuou em Porto Alegre como advogado e ativista cultural e em Capão da Canoa. Está no livro “O voo do visor”, de 1981. Para mim, é um dos mais lindos sonetos já escritos na língua portuguesa. Qualquer coincidência com os grandes vates da última flor do Lácio não é mera coincidência. Mas também não é mera semelhança.

SONETO DE DESAMOR

Não falar de amor... nem por amor buscar
Que amar não é o fim, mas o meio e traga
A ilusão e a inocência, qual a vaga
De um coração por tenebroso mar.

Não lembrar de amor... embora em dor a paga
Seja o sonho irreal da solidão e no olhar
Outros olhares seu alento façam orar:
Que por um seio amigo nunca um ser naufraga.

Não lamentar... apenas salmo de tristeza
Reter na alma o acalanto da ternura e mudo
Velho anseio no amanhã por uma nova amada;

Simplesmente passar... e por amor, sem surpresa
Ver que ele já pousou na vida (quem sabe o tudo)
Ou nunca existiu... para morrer (talvez de nada!)

Publicado por Landro Oviedo
em 30/09/2015 às 01h12
 
28/09/2015 23h56
MORDOMIAS POUCO REPUBLICANAS

    Os governantes brasileiros parecem viver num mundo particular, no qual imperam suas próprias leis de vida abastada, gastando o dinheiro do contribuinte de forma acintosa. A coluna de Clésio Boeira, a seguir, trata de dois casos que mostram a essência dessa elite. Dilma (PT) voa lá, Sartori (PMDB) voa aqui. O céu é de brigadeiro para eles, o cotidiano é de privações para a maioria do povo brasileiro.

Dilma usa helicóptero para se locomover em Brasília

Enquanto o governo do Chile congela os salários da presidente Michelle Bachelet, ministros, deputados, senadores e líderes regionais (teriam reajuste de 4,5% em dezembro) e políticos da Suíça e da Suécia se utilizam de trens, diariamente, além de aviões de carreira para viagens longas, a presidente Dilma Rousseff usa helicóptero para se locomover em Brasília.

Sem dar exemplo pessoal de austeridade, diante da crise que já tirou o emprego de 1 milhão de pessoas e levou milhares de empresas à falência, Dilma exige um helicóptero – aquele mesmo que solta labaredas – para ir do Palácio da Alvorada (onde mora com todas as despesas pagas) até a Base Aérea de Brasília, distante 13 quilômetros em linha reta.

De acordo com a coluna Expresso, do jornalista Murilo Ramos, na revista Época, o custo/hora do deslocamento dessa natureza é mais caro, de 12 mil reais, porque a pequena distância não oferece tempo suficiente para a aeronave ganhar altitude e desativar os trens de pouso.

Caso se programasse melhor, Dilma poderia optar por carro, com direito à escolta. A economia de dinheiro público seria bem-vinda em tempos de cortes. Nas pesquisas de popularidade, Dilma voa baixo, mas, nas “viagens”, está por cima.

Helicóptero de Sartori
Em fevereiro, o governador José Ivo Sartori foi criticado por pregar união para enfrentar a crise financeira gaúcha, na abertura da colheita do arroz, em Tapes, e, em seguida, voar de helicóptero para um compromisso político em Capão da Canoa, depois de ter utilizado a aeronave para ir de Porto Alegre a Tapes.

A conexão Porto Alegre-Tapes-Capão da Canoa, feita uma única vez, ao custo de 13 mil reais para os cofres do Estado, escandalizou alguns jornalistas. O uso contumaz pela presidente do Brasil, país em crise também, para andar 13 quilômetros em Brasília não sensibiliza os mesmos profissionais. A notícia não mereceu sequer uma linha aqui na província. (Clésio Boeira, jornal O Sul, 28.9.2015)

Publicado por Landro Oviedo
em 28/09/2015 às 23h56
 
25/09/2015 22h57
ZERO HORA SEMPRE EM DEFESA DOS PEDÁGIOS

     "Governos falidos não investirão em estradas. Se é para a segurança, que voltem os pedágios",  escreve a colunista Rosane de Oliveira (ZH, 25.9.2015). Mas que parcialidade! (Ou seria "Mas que barbaridade!?"). Ora, por que o povo, que está falido, tem que pagar duas vezes por algo que ele já paga com altos tributos? E quantos quilômetros podem ser restaurados por ano com a verba da pensão para ex-governador? E com os salários dos CCs? E com a remuneração dos nomeados sem concursos para o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas? E com as diárias dos deputados estaduais, tanto da base do governo como da oposição? Um pouco de moralidade faz bem à saúde, ao jornalismo e às estradas.

 

Publicado por Landro Oviedo
em 25/09/2015 às 22h57
 
04/09/2015 02h13
PROGRAMA CHASQUE DE CULTURA – SETEMBRO DE 2015

Programa produzido e apresentado por Landro Oviedo. Ênfase na obra de autores, escritores, poetas, músicos, compositores e cantores do RS sem deixar de considerar a arte brasileira e latino-americana. Boa oitiva a todos.
Destaques do programa: Capitão Furtado, Téo Azevedo, Ramiro Barcellos, Martín Coplas, Prof. Massaretti, Valdir Garcia, Leyde e Laura, Malando e sua orquestra, Marianito Mores, Ivo Pelay, Francisco Canaro, Assis Angelo, Biro Biro e Claudinho.

Para ouvir, clique abaixo:

http://www.landrooviedo.com/audio.php?cod=67041

Publicado por Landro Oviedo
em 04/09/2015 às 02h13
 
31/08/2015 20h45
SAIU O MEGALUPA 33 – SETEMBRO-OUTUBRO DE 2015

Leia nesta edição: // - A falsa dívida de um Estado falido com uma União usurpadora // - Telefonia: operadoras reclamam de perdas // - Caderno de Notas (REGIME MILITAR, CARGOS PÚBLICOS, ELEVADORES, EX-GOVERNADORES) // - Na mão-grande / Dilma Rousseff rima com CPMF // - Lançamento – prefácio da obra / A voz do Tango em Porto Alegre
Para ler, clique em
http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/5366059.pdf

Publicado por Landro Oviedo
em 31/08/2015 às 20h45
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